Raiva silenciosa

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Diana atravessava o caminho até a casa de Fátima enquanto o sol da manhã iluminava o condomínio, tornando a caminhada agradável. Ao chegar, ela tocou a campainha e esperou, observando o verde ao redor e aproveitando a brisa fresca da manhã.

Fátima abriu a porta com um sorriso acolhedor.

– Di! Que bom que você veio. Já tava ansiosa por essa manhã.

Diana sorriu, sentindo-se mais leve.

– Claro que eu viria. Precisamos desse tempo só nós duas.

As duas conversaram um pouco na sala, atualizando-se sobre as novidades, até que Fátima olhou pela janela para o céu claro, parecendo ter uma ideia.

– Que tal a gente ir pra piscina? – sugeriu, animada. – Tá uma manhã tão linda, a água vai estar ótima.

Diana concordou, animada com a ideia.

– Gostei da ideia. Um banho de piscina agora vai ser perfeito.

Elas foram se trocar rapidamente, vestindo biquínis, e logo estavam na área da piscina. Sentaram-se à beira, mergulhando os pés na água enquanto conversavam. O clima estava leve, e logo Fátima trouxe uma garrafa de vinho para acompanhá-las enquanto riam e compartilhavam histórias.

Depois de um tempo, Diana olhou para a jarra quase vazia e, sorrindo, propôs:

– Acho que podemos tomar mais um vinho, né?

Fátima concordou e pediu que Diana fosse buscar uma nova garrafa na cozinha. Diana levantou-se, passou a toalha rapidamente e entrou na casa, ainda molhada e com o biquíni, andando até a cozinha.

Enquanto ela pegava o vinho, a porta se abriu de repente, e Robson entrou, chamando em voz alta:

– Fátima? Cheguei mais cedo hoje! Cadê essa mulher agora?

Ele andou pela casa, impaciente, até ouvir um som vindo da cozinha.

– Ah, já tá comendo, é? – comentou com sarcasmo, aproximando-se.

Ao entrar na cozinha, ele viu Diana de costas, distraída com a garrafa de vinho. Ele sorriu com malícia e, sem perder a oportunidade, soltou uma de suas observações grosseiras:

– Olha só quem tá por aqui... Quem diria que você escondia um corpo desses debaixo dessa postura toda, hein, Diana?

Diana se virou, encarando-o com uma expressão de puro desprezo. Ela tentou manter a compostura, mas não deixou de responder, seca:

– O que você pensa que está fazendo, Robson?

Ele se aproximou com um ar convencido.

– Tava procurando a Fátima, mas acabei ganhando a sorte grande. Não sabia que você gostava de andar assim, à vontade, pela casa dos outros...

Diana o encarou ainda mais intensamente, sentindo a raiva crescer.

– Se você está insinuando alguma coisa, sugiro que pense duas vezes antes de continuar.

Ele riu, dando um passo mais perto.

– Nossa, não precisa se irritar, tô só elogiando. Sabe, você devia relaxar mais... Quem sabe não dou uma força?

Diana, irritada, respondeu com firmeza:

– Relaxa, Robson, que a sua presença é a última coisa que me faria relaxar. Aliás, não tem nada pra você aqui.

Nesse momento, Fátima apareceu na porta da cozinha, percebendo o clima tenso entre os dois e ficando desconfiada.

– Por que a demora, Di? O que tá pegando aqui?

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