No dia seguinte, Fátima acordou e, sem hesitar, pegou o celular e ligou para Diana. Queria saber como ela estava se adaptando ao novo apartamento e, quem sabe, convidá-la para almoçar.
— Oi, Diana! Como estão as coisas no apê novo? Que tal almoçar aqui em casa hoje?
Do outro lado, Diana deu uma pausa. Ela ainda estava irritada com o jeito como Robson havia tentado se aproximar dela recentemente e a ideia de encará-lo novamente a incomodava.
— Ah, Fátima... Eu agradeço, mas estou aqui arrumando o apartamento. Ainda tem muita coisa fora do lugar — respondeu, tentando disfarçar a hesitação.
Fátima suspirou, tentando não demonstrar decepção.
— Tudo bem, fica pra próxima... — disse, tentando manter o tom leve.
— Ok! — Diana respondeu, mas, ao desligar, se arrependeu do tom seco que usou. Olhando para o celular, decidiu mandar uma mensagem logo em seguida.
**"Quer passar aqui no apê? Podemos almoçar e você me ajuda a terminar de pintar!"**
Fátima, ao ler, abriu um sorriso espontâneo e respondeu animada:
**"Chego em breve!"**
Pouco tempo depois, ela pegou um Uber e, com o coração acelerado, seguiu para o apartamento de Diana.
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Quando Fátima chegou e tocou a campainha, Diana abriu a porta de sutiã e um short curtinho, com manchas de tinta espalhadas pelo corpo e até pelo rosto. Fátima soltou uma risadinha ao ver a cena.
— E aí? Tá rolando uma guerra aí dentro? — brincou, olhando para a pintura inacabada na parede.
Diana fez um biquinho manhoso e deu um suspiro dramático.
— Tá difícil pintar aqui sozinha, viu?
— Ah, percebi — respondeu Fátima, rindo e analisando o estado de Diana. — Você tá mais se pintando do que pintando a parede.
Diana revirou os olhos e riu, pegando um pincel e sujando de leve o queixo de Fátima com tinta.
— Engraçadinha, né? Vamos ver se você consegue pintar melhor que eu.
As duas riram e Fátima pegou o pincel da mão de Diana, entrando no espírito da brincadeira. Diana olhou para ela e disse, com um sorriso:
— Melhor você tirar a blusa, se não vai acabar toda suja de tinta.
Fátima arqueou uma sobrancelha, um pouco surpresa com o comentário, mas, entrando na brincadeira, tirou a blusa, ficando de sutiã. Diana a observou com atenção, mordendo de leve o lábio.
— Sabe... Muita beleza pra uma mulher só, né? — comentou, com um brilho no olhar.
Fátima, divertida e um pouco envergonhada, riu e respondeu:
— E você não fica atrás, viu?
Elas continuaram pintando, mas logo a diversão virou um jogo de pequenas provocações. Diana encostou o pincel no ombro de Fátima, que revidou sujando a perna dela. Em poucos minutos, estavam rindo, com manchas de tinta colorindo os braços, os rostos e até os cabelos.
Quando pararam para recuperar o fôlego das risadas, Diana se aproximou, ainda com um brilho travesso nos olhos.
— Acho que você vai precisar de um banho depois dessa "ajuda" — disse, mordendo o lábio enquanto olhava para Fátima com intensidade.
— E quem disse que eu vou embora antes de tomar um banho? — Fátima respondeu, mantendo o olhar em Diana, cheio de desejo.
Diana sorriu, pegando na mão dela e levando-a para o banheiro. As duas se olharam por um momento, e Diana puxou Fátima para um beijo, sem pressa, como se cada segundo fosse uma redescoberta. O apartamento, ainda meio desarrumado, parecia ser o cenário perfeito para o momento delas, sem ninguém para interromper.
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Minha DOCE vizinha
Hayran KurguEm um momento onde a luta pela liberdade é constante, Diana e Fátima, vizinhas e casadas, se tornam aliadas em suas batalhas pessoais. Enquanto Diana vive sob o domínio de um marido possessivo, ciumento e luta para criar sua filha em um ambiente seg...