Capítulo 25

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Permaneci o trajeto de volta completamente sem dizer uma palavra, apenas remoendo o que havia acontecido naquela sala há poucas horas. Eu estava sendo vigiada por Luke vinte e quatro horas por dia sem saber de absolutamente nada. Pior era saber que o homem que eu estava prestes a construir uma vida ao lado nunca confiou em mim, e então eu começava a me perguntar até quando ele continuaria com aquilo? Pude ver claramente quem era o manipulador ali. Luke sempre se dizia apaixonado, amável, que eu era a pessoa mais importante de sua vida, e até mesmo já disse que confiava em mim. Mas é muito fácil confiar quando se tem uma microcâmera instalada em sua retina lhe mostrando cada passo que dava. 


Em pensar que me senti mal por ter ficado com Henry de o ter ferido de alguma forma por ficar com o cara que ele mais odiava na vida. Claro que não há justificativa para o meu erro, todos nós erramos, mas eu tenho certeza que Henry nunca faria isso comigo, ele sempre foi seguro demais de si para chegar ao ponto de ter que me transformar em um Frankstein só para saber se eu o traia ou não. Se houver traição da outra parte, quem perdia o jogo era a pessoa em si e não ele. Expulsava a pessoa da sua vida e acabou, erguia a cabeça e tudo voltava ao normal. Às vezes tenho inveja da capacidade que tem de enfrentar as coisas, mas eu sei o que teve que enfrentar para ser assim dessa forma. Já Luke é inseguro demais, não sabe lidar com as decepções, não sabe lidar consigo mesmo, era um fraco e eu estava com muita raiva dele agora. 

  -Está tudo bem, gracinha? -A voz de Henry soou carinhosa enquanto ele dirigia o carro acariciando minhas pernas. Ele havia mudado tanto nesses últimos dias...

-Só quero tirar essa coisa dos meus olhos. -Murmurei fazendo uma cara de piedade.

-Faremos isso agora mesmo, tudo bem? -Sorri de lado sentindo o seu apoio.

Em menos de minutos estávamos em uma clínica, tudo estava preparado para a remoção da microcâmera, parecia até que ele havia feito com antecedência, apenas esperando para que eu pedisse e ele atendesse. Senti uma luz forte queimar os meus olhos enquanto eu estava deitada imóvel naquela maca, um médico vestido adequadamente para uma cirurgia se posicionava ao meu lado com uma seringa nas mãos se aproximando cada vez mais de mim. Foi aí que tudo se apagou.

Acordei um pouco grogue algum tempo depois e Henry se encontrava ao meu lado, sentando me observando.

-Acabou gatinha. -Sussurrou ele. -Não há mais nada aí. -Sorri aliviada me sentindo segura mais uma vez, me sentindo em paz de novo.

(...)

Estávamos juntos deitados na cama um ao lado do outro sem dizer nenhuma palavra inicialmente. Meus pensamentos estavam longe demais, os conflitos sentimentais dentro do meu coração me impediam de falar. Henry devia está pensando também, olhando para o teto usando apenas uma cueca, barba por fazer e cabelos soltos, estava lindíssimo, eu usava um baby doll. Nossas mãos entrelaçadas denunciava a nossa conexão. Eu daria tudo para saber o que passava em sua cabeça. Girei o meu corpo para olhar para ele, me apoiei com o cotovelo para não ficar totalmente deitada.

  -Não acredito que Luke sabia de tudo que rolava. -Deixei os meus pensamentos transformar em palavras. -Via nós dois juntos... -Henry deu uma risadinha.

-Não me importo com isso. Faz o que quer, ver o que não quer. É tão simples.

-Você sabia de tudo, e mesmo assim...Foi um jogo? -Eu precisava saber se o motivo de Henry ter aceitado ficar comigo mesmo sabendo que Luke presenciava, foi uma questão de competição. Aquilo era tão óbvio, mas eu quis perguntar mesmo assim.

-No começo...sim. Meu irmão se fazia de esperto, mas sempre foi um idiota, quis mostrar quem é o amador aqui.

  -E...depois? -Eu não deveria entrar em uma expectativa que estava entrando agora, sentir o meu coração disparar tanto por conta do que Henry poderia dizer a partir de agora, mas eu realmente não pude evitar.

Henry se levantou da cama o suficiente para se sentar no meio dela, segurou minha mão e me pus de frente para ele entre suas pernas. Levei minhas mãos em seu peito nu enquanto eu sentia suas mãos perpassarem em meus cabelos, ele me olhava tão diferente, com carência.

-Depois eu... -Sorriu de leve balançando a cabeça, talvez não acreditando o que estava prestes a dizer. Voltou a olhar nos meus olhos, sério agora -Tudo mudou.

Sua voz saiu um pouco falha e meu coração pulsou de uma forma que fiquei sem ar.

-Não me peça pra dizer mais nada, está bem? -Pediu.

-Não vou pedir mais nada, eu só...Há muitas coisas ainda que eu não entendo, eu queria muito entender.

-E vai, mas não agora. Agora é arriscado demais. -Abaixei minha cabeça com mais um pensamento em mente, aliás um súbito de memória ao qual me fez tremer.

-Henry se Luke sabia de tudo que rolava aqui, então ele sabe do seu plano para anular o testamento, ele pode te denunciar a polícia. -Ele riu tranquilo, sem se importar muito.

-Luke chamaria de qualquer jeito Vick, mas eu quis que fizesse isso, quis que soubesse. Nada acontece aqui sem eu ter controlado antes. -Fiz um vinco em minha testa.

-Então você quer ir pra cadeia, é isso? -Mordeu o lábio e balançou a cabeça.

-Eu não quero ir a lugar algum, eu só quero ficar aqui. -Seus dedos esfregaram em meus lábios, e pela emoção de ter entendido que quis dizer, meu corpo todo entrou em chamas e no meu estômago esvoaçaram borboletas. -Com você.

Eu também queria ficar ali com ele, queria ama-lo, queria senti-lo, queria tê-lo para mim mais uma vez. Queria tudo que estava disposto a me dar naquele momento, não ser capaz de pensar em mais nada a não ser nele, apenas nele.

-Eu também quero, eu quero você.

Minhas mãos prenderam em sua nuca o trazendo para perto de mim para que eu pudesse beija-lo. E quando nossos lábios se encontraram pude notar que a mesma intensidade que eu tinha dentro do meu coração em tê-lo daquela forma, foi a mesma que ele tinha pelo modo que me acariciava, e me detinha em seus braços com ânsia, agonia e desespero. Eu só queria fazer amor com ele, senti-lo. Era uma necessidade que estava fora da minha compreensão, estava além das minhas forças. Eu não queria pensar em nada, a não ser sentir tudo que eu precisava senti, ser livre em seus braços, sem culpa, sem medo, sem receio.

Montei em seu colo ainda nos beijando muitíssimo, as mãos dele entraram dentro da minha blusa tirando em seguida. Aquele sorriso que tinha nos lábios, aqueles cabelos lisos e brilhantes contrastando com a luz do sol que entrava pela janela, eu estava apaixonada por ele de uma forma que me dava vontade de chorar, de uma forma que me deixava plena, como se minha vida estivesse em suas mãos, se dependesse desse homem para continuar valendo.

Meus seios foram acariciados de uma forma que jamais fez, com delicadeza, com carinho. Eu havia dito que Henry estava carinhoso nesses últimos dias, mas só disse por conta do seu modo comigo, seu modo de falar e de se preocupar, até mesmo as suas ações. Mas agora prestes a nos fundir em um só percebi que realmente estava diferente, sem aquele rompante exasperado de excitação que fazia dele um animal no cio, não. Ele estava calmo. Deus ele era meu! Eu era dele, e eu não me aguentava dentro de mim de emoção.

Seu membro entrou dentro de mim de uma forma suave após estarmos completamente nus. Minhas costas afundando no colchão fofo assim que me deitou, se deitando sobre mim. Suas mãos acarinhando o meu cabelo, nossos beijos não cessavam. Ora beijando minha boca, ora o meu pescoço, descendo pelo colo pairando nos seios. Suas investidas cálidas, mas ainda assim prazerosa, ainda assim com êxtase. Henry não abandonava a sua forma deliciosa de me dar prazer. As gotas de suor escorrendo de nosso corpo, eu sugando o ar entre os dentes a cada prazer mais intenso que eu sentia, as mordidas de leve que eu dava em seus ombros, os meus olhos revirando, seus dentes cravando em seus próprios lábios. Nossos sexos pulsaram juntos e ambos gememos alto com o clímax que nos atingiu ao mesmo tempo.

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Pelo visto Henry está apaixonado pela Vick. Será? 

Muitas emoções ainda estão por vir, fiquem aqui comigo <3 

Segunda, volto com mais capítulo. 

Comentem e dê estrelinhas. Obrigada.

Eu quero Você I - Ambiciosos (Sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora