Capítulo 8

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Eu não conseguia pensar em mais nada a não ser sobre a família do meu futuro marido, tudo estava confuso demais e muitas perguntas não respondidas, muitos assuntos não esclarecidos. 


Luke estranhava o meu rompante distanciamento, mas eu não pude evitar, não tinha como ignorar aquele mar de mistério e obscuridade que se chama Henry Johnson, nem mesmo se eu quisesse.


-Tudo bem, meu amor? 


Senti as mãos de Luke tocar meu rosto com suavidade me tirando dos devaneios. Levantei minhas vistas para capturar seu rosto.


Sua camisa branca social estava completamente aberta, revelando seu peitoral definido, a gravata com o nó desfeito caído por seu pescoço -aquela expressão preocupada-, seus cabelos castanhos caindo em seu rosto.


-Claro! -Assenti tentando afastar os pensamentos para prestar atenção em meu noivo. -Sim, sim estou bem.

-Não parece. -Senti seu tom firme me cortando com aspereza. -Na verdade está diferente desde que esteve com o bastardo do meu irmão, quando lhe deu a carona. -O que ele estava querendo dizer com aquilo? 

-Não tem nada a ver, Luke. Só estou preocupada com o casamento e nada mais. -Levantei do sofá da sala sem paciência, mas logo Luke capturou meu braço rudemente me fazendo parar de súbito.


Olhei para sua mão  segura em meu braço e depois para seu rosto, com um vinco de confusão em minha testa. Ele estava mesmo fazendo isso comigo?


-Olha eu só... -Largou meu braço rapidamente se dando conta da sua atitude impulsiva. -Só quero saber o que aquele idiota disse para você. O que ele fez com você?

-Ele não fez nada. -Reafirmei minha resposta. -O Henry não quer nada comigo, Luke. Ele quer a empresa, sendo assim eu não significo nada, nem mesmo o plano que você acha que ele faria. Quer dizer...- Reformulei minha resposta em seguida. -Ele não me sequestraria, ou faria algum mal.

-Você é que pensa...-Seu olhar estava perdido ao nada e eu percebi que essa frase foi mais um constatação do que de fato uma suposição.

-O que você quer dizer Luke? -Alterei um pouco a voz já cansada de tanto mistério. -Você está sabendo de alguma coisa? Acha que seu irmão é capaz de mais alguma coisa, alguma coisa mais grave?

-Só estou dizendo que você precisa ficar longe dele. Henry destrói tudo que ele toca, tudo que coloca a mão vira lixo e eu não quero que nada aconteça com você. Meu pai sabia muito bem disso, foi a ultima pessoa que o viu antes de morrer.


Mas que merda era aquela que eu acabava de ouvir? Eu estava mesmo ouvindo aquilo? Não, claro que Henry não seria capaz de fazer algo com o próprio pai. É claro que a obsessão dele pelos negócios não ultrapassaria os limites do bom senso. Claro que não, não é? Repeti aquilo por diversas vezes em minha mente até tentar me convencer.


-Ele não seria capaz, Luke. -Minha voz saiu com tanta firmeza e convicção que eu mesmo me espantei. 


A final o que eu sabia sobre Henry Johnson? Sabia que ele comprou a empresa da família com o dinheiro que roubou, e que conseguiu todos os direitos legais sobre ela, Deus sabe como e que agora que Luke conseguiu de volta estava mais louco que nunca para tê-la novamente. Eu não sabia de onde saia aquela convicção.


-Eu não estou tão certo disso. -Dito isso, Luke saiu de minha presença. E eu me senti péssima por isso.

-Luke espera! -Fui atrás dele, querendo não discutir por conta desse assunto. -Não vamos falar do Henry, tudo bem? Não quero que isso machuque ainda mais.


Luke segurou minha cintura me puxando para o seu corpo, depositando um beijo forte e estralado em minha testa. 


Foi então que percebi que não queria mais me envolver nesses assuntos, que queria deixar Henry com a vida dele, bem distante de mim. Que queria seguir a minha vida em paz com o meu noivo e ser feliz assim como eu sempre desejei.


Percebi um sorriso lindo no rosto do meu noivo, aquele sorriso que tanto me dava paz, que tanto eu sabia compreender bem. Meu coração se encheu de amor, coisa que era bem normal ao lado dele.


Luke tomou meus lábios para si, me beijando com carinho, aumentando o ritmo gradativamente. Senti minha respiração ofegante enquanto eu levava minhas mãos em seu peito nu terminando de tirar sua camisa perpassando-a por seus ombros.


-Eu amo você, meu amor. -Sua voz rouca adentraram meus ouvidos e eu me senti contrair.


Suas mãos passaram a acariciar o meu corpo enquanto tirava minha blusa, seus lábios quentes percorriam pelo meu pescoço.


-Eu também te amo.


Luke me penetrava com delicadeza assim que estávamos devidamente deitados em nossa cama, completamente nus. Seus lábios continuavam a me beijar calidamente e fazíamos amor do jeito de sempre. Amor, carinho, cumplicidade, tesão, orgasmo. Assim, nessa exata ordem. Me fazendo crer de uma vez por todas que Luke era o homem da minha vida, que nos pertencíamos, ontem, hoje e sempre.


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Vick ainda está em dúvida em relação a Henry, mas os próximos capítulos a seguir, o destino irá se encarregar de aproximá-los, e aí, Luke definitivamente não terá vez.

Galera, quero agradecer a vocês que estão lendo. Se gostarem, por favor, comentem e votem. Obrigada.


Eu quero Você I - Ambiciosos (Sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora