Capítulo 2

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– Curte The Killers? Beatles? Smiths?

Katherine sentiu um burburinho no peito quando ele falou sobre The Killers, era sua banda favorita.

Foi impossível conter o sorriso que veio logo em seguida.

– Eu amo The Killers! – ela disse, contente por ele conhecer a banda. – Smiths e Beatles também.

Castiel deu aquele sorriso galanteador e deu mais um trago.

– Quanto bom gosto, senhorita.

Katherine não havia provado bebida alcoólica muitas vezes na vida, mas tinha certeza de que estava embriagada e totalmente envolvida pela voz de Castiel.

Ele tinha um sotaque diferente, algo que soava ligeiramente familiar para ela.

– E você, que tipo de música você ouve? – ela perguntou a Castiel, ainda um pouco tímida.

– Gosto de rock, Hard Rock, Led Zeppelin, Pink Floyd, Aerosmith, essas coisas, rock clássico e um pouco de indie-rock também – ele deu o último trago e apagou o cigarro com a ponta dos dedos. – Escuta, quer ir para outro lugar?

Os olhos dela demonstravam total espanto com o questionamento.

– O quê? – Ela perguntou. - N-não sei se...

– Vem, vamos comer um lanche.

Ele levantou e, sem esperar uma resposta de Katherine, ele a conduziu pela mão e foi lhe guiando até a saída. Eles saíram sem ser notados ou chamados, e logo já estavam no carro de Castiel em direção ao Mc Donald's.

Katherine colocou o cinto e passou alguns minutos refletindo sobre aquilo, sobre estar no carro dele e o breve diálogo que haviam tido há alguns minutos atrás.

– Por que você está sendo legal comigo? – Katherine perguntou, indignada com sua gentileza em lhe tirar daquela festa.

Castiel lhe lançou um olhar confuso.

– Hã? - Questionou.

– Bem, a gente mal se fala e de repente você puxa assunto comigo e....

Ele suspirou e as palavras dela cessaram.

– Não sei - Castiel disse de maneira franca - É que eu sempre te vi com a minha irmã e tudo mais, achei que você seria uma pessoa legal.

Ela deu de ombros.

– Tudo bem – disse.

– Por que esse espanto todo? – Ele indagou, de forma risonha.

Katherine riu.

– Eu sou uma "zé ninguém". Não tenho muitos amigos, nem vida social, e, de repente, você vem falar comigo, o cara mais descolado do colégio. Isso é estranho, cara, leve isso em consideração.

Ele deu de ombros.

– Não é tão estranho assim – disse ele.

– Acredite – insistiu ela.

– Se você diz... – Ele desistiu de argumentar e resolveu ligar o som do carro.

Katherine reconheceu a música do The Killers no mesmo instante.

– Somebody told me! – Ela falou.

Breaking my back just to know your name – ele começou a cantar e ela o acompanhou.

Seventeen tracks and I've had it with this gameeeee...

Até pareciam velhos amigos de longa data. Mas então Katherine voltou a si e começou a sentir o rosto em chamas, se sentia tão descontraída e confortável, parecia até uma menina oferecida, que horror. Ela parou de cantar e jogar o cabelo e se retraiu no banco, sentindo-se envergonhada.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora