– Curte The Killers? Beatles? Smiths?
Katherine sentiu um burburinho no peito quando ele falou sobre The Killers, era sua banda favorita.
Foi impossível conter o sorriso que veio logo em seguida.
– Eu amo The Killers! – ela disse, contente por ele conhecer a banda. – Smiths e Beatles também.
Castiel deu aquele sorriso galanteador e deu mais um trago.
– Quanto bom gosto, senhorita.
Katherine não havia provado bebida alcoólica muitas vezes na vida, mas tinha certeza de que estava embriagada e totalmente envolvida pela voz de Castiel.
Ele tinha um sotaque diferente, algo que soava ligeiramente familiar para ela.
– E você, que tipo de música você ouve? – ela perguntou a Castiel, ainda um pouco tímida.
– Gosto de rock, Hard Rock, Led Zeppelin, Pink Floyd, Aerosmith, essas coisas, rock clássico e um pouco de indie-rock também – ele deu o último trago e apagou o cigarro com a ponta dos dedos. – Escuta, quer ir para outro lugar?
Os olhos dela demonstravam total espanto com o questionamento.
– O quê? – Ela perguntou. - N-não sei se...
– Vem, vamos comer um lanche.
Ele levantou e, sem esperar uma resposta de Katherine, ele a conduziu pela mão e foi lhe guiando até a saída. Eles saíram sem ser notados ou chamados, e logo já estavam no carro de Castiel em direção ao Mc Donald's.
Katherine colocou o cinto e passou alguns minutos refletindo sobre aquilo, sobre estar no carro dele e o breve diálogo que haviam tido há alguns minutos atrás.
– Por que você está sendo legal comigo? – Katherine perguntou, indignada com sua gentileza em lhe tirar daquela festa.
Castiel lhe lançou um olhar confuso.
– Hã? - Questionou.
– Bem, a gente mal se fala e de repente você puxa assunto comigo e....
Ele suspirou e as palavras dela cessaram.
– Não sei - Castiel disse de maneira franca - É que eu sempre te vi com a minha irmã e tudo mais, achei que você seria uma pessoa legal.
Ela deu de ombros.
– Tudo bem – disse.
– Por que esse espanto todo? – Ele indagou, de forma risonha.
Katherine riu.
– Eu sou uma "zé ninguém". Não tenho muitos amigos, nem vida social, e, de repente, você vem falar comigo, o cara mais descolado do colégio. Isso é estranho, cara, leve isso em consideração.
Ele deu de ombros.
– Não é tão estranho assim – disse ele.
– Acredite – insistiu ela.
– Se você diz... – Ele desistiu de argumentar e resolveu ligar o som do carro.
Katherine reconheceu a música do The Killers no mesmo instante.
– Somebody told me! – Ela falou.
– Breaking my back just to know your name – ele começou a cantar e ela o acompanhou.
– Seventeen tracks and I've had it with this gameeeee...
Até pareciam velhos amigos de longa data. Mas então Katherine voltou a si e começou a sentir o rosto em chamas, se sentia tão descontraída e confortável, parecia até uma menina oferecida, que horror. Ela parou de cantar e jogar o cabelo e se retraiu no banco, sentindo-se envergonhada.
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Quase Sem Querer
RomanceKatherine Bathory tem 17 anos, é alemã, dançarina de balé clássico e está no último ano do ensino médio. Ela leva uma vida antissocial e sem muitas expectativas para o futuro, exceto pelo seu sonho de ser bailarina profissional. Castiel Watson era o...