– Oh, meu Deus, me deixe ver seu rosto. Você está machucado?
– Eu estou bem, Cat.
– Não, não está. Venha aqui.
Ela acendeu a luz da cozinha de sua casa e arrastou Castiel para lá. Ela correu até a geladeira e pegou um pedaço de bife cru congelado e colocou sobre a maçã levemente inchada do rosto de Castiel.
– Acho que assim vai melhorar um pouco – ela disse. – Mantenha a carne pressionada no seu rosto. Deixe-me ver sua mão.
– Eu estou bem – ele insistiu.
– Cale essa boca – ela retrucou tomando a mão dele entre as suas.
Ele havia lavado a mão na torneira da garagem de sua casa, o que deixava o inchaço mais evidente.
Katherine apanhou uma vasilha e encheu de água e gelo. Em seguida, encharcou um pano de prato na água gelada e aplicou sobre o dorso machucado dele.
– A gente nunca dá umas porradas e sai completamente ileso – ele deu de ombros.
Ela baixou os olhos.
– Obrigada – ela disse. - Mas nunca mais faça algo assim.
– Não há de quê, doutora – Ele sorriu.
Katherine riu e sentiu as bochechas ruborizadas.
Eles trocaram um olhar e ficaram quietos durante um período. Katherine permaneceu com os olhos baixos e mordeu o próprio lábio enquanto Castiel continuava lhe fitando, só agora havia se dado conta de como estavam próximos.
Castiel tirou o bife de seu rosto e o pano molhado de sua outra mão. Ele segurou o rosto dela entre suas mãos e lhe deu um beijo na testa.
Katherine fechou os olhos e respirou pesado, sentia como se o ar houvesse sumido. Ele se afastou de sua testa e encostou seu nariz no dela. Sua respiração tocou os lábios de Katherine e ela segurou sua mão, como se pedisse, silenciosamente, para não se afastar.
Suas bocas se encostaram devagar, e de novo e de novo, e repetidamente. Castiel sentiu o coração acelerado e ela correspondeu ao beijo, pensando em todas as vezes que desejou por aquele momento.
Ele passou a mão por sua nuca e lhe segurou pela cintura com a outra mão. Katherine segurou o rosto dele, sentindo vez ou outra os cabelos macios e escuros dele entre seus dedos. Eles cambalearam juntos para trás até encontrar a pia da cozinha. Seus lábios se separaram e os dois respiraram fundo, ainda de olhos fechados.
Katherine abriu os olhos devagar, como se tivesse medo de acordar de um sonho bom, mas aqueles olhos azuis intensos ainda estavam ali, fitando sua boca como se fosse uma fonte de água há quilômetros.
Castiel a colocou em cima da pia e as pernas dela contornaram sua cintura, o trazendo para perto, para mais um beijo. Mais uma vez, seus lábios se tocaram, de forma lenta, acelerando aos poucos.
O corpo de Katherine estava suado, ela conseguia sentir Castiel emanando calor e só queria que aquilo tudo não tivesse fim.
Até que uma batida desesperada na porta os fez se separar subitamente. Eles se olharam com o peito arfante e a surpresa estampada em seus rostos.
– Cat, é a Miley! Abre aqui – Miley bateu novamente na porta.
Katherine mal havia recuperado o fôlego, mas desceu da pia e passou por Castiel direto até a porta.
– Já vou – ela disse.
Ela respirou fundo antes de abrir a porta, arrumou sua saia, o cabelo e manteve o foco em respirar normalmente.
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Quase Sem Querer
RomanceKatherine Bathory tem 17 anos, é alemã, dançarina de balé clássico e está no último ano do ensino médio. Ela leva uma vida antissocial e sem muitas expectativas para o futuro, exceto pelo seu sonho de ser bailarina profissional. Castiel Watson era o...