Capítulo 22

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O sábado chegou e, junto com este, o aniversário de Katherine. Ela acordou, tomou café, limpou as sujeiras Luke, deu comida para ele e tudo pareceu absurdamente rotineiro.

Nenhuma ligação, nem mensagem de texto.

É, aquela era a sua vida, o que ela podia fazer?

Castiel havia lhe dito que lhe levaria para sair de noite, para que eles pudessem pelo menos comemorar um pouco.

Mas como a noite ainda não havia chegado e era sábado, ela se arrumou para ir à casa de sua avó. Ela varreu a casa, passou um pano, lavou o banheiro e arrumou a louça.

Logo, foi se arrumar e estava com dó de deixar Luke sozinho e acabou levando-o também. Recentemente havia comprado uma bolsa de transporte para ele, para em casos de necessidade como ir ao veterinário.

Ela o havia levado no veterinário há alguns dias, onde ele fez alguns exames de sangue para saber se estava tudo bem, tomou as vacinas necessárias e o vermífugo. Na volta, ela ainda o deixou no petshop, para que tivesse o dia de reizinho que tanto merecia.

Katherine esperou pacientemente pelo ônibus, que pareceu demorar mais do que o habitual naquele dia.

Ah, como ela odiava seu aniversário.

Chegando a casa dos Pappenheimer, Kimi foi o primeiro a lhe recepcionar, porém Luke não pareceu gostar muito daquela recepção e miou em um tom nervoso dentro da bolsa de transporte.

– Vovó? Vovô? – Katherine bateu à porta, mas como não obteve resposta, resolveu simplesmente entrar, já que a porta parecia destrancada.

A casa estava completamente escura, o fino raio de sol entrou junto com ela através da porta e ela acendeu a luz. Estava tudo tão quieto...

Será que eles haviam saído e esquecido a porta aberta?

Ela deixou a bolsa de transporte com Luke no sofá e seguiu andando pela casa vazia e escura. Na cozinha não havia ninguém, nos fundos da casa também não.

Então ela resolveu voltar para a sala e subir as escadas para procurar por alguém. Ela subiu pelo segundo, terceiro, quarto andar...

É, pelo visto, a casa estava completamente vazia.

Ou não.

Ela estava indo descer as escadas do quarto andar quando ouviu um ruído vindo do terraço. Katherine seguiu na direção da escadinha do terraço e abriu o alçapão velho para poder investigar o som estranho. Seu avô deveria estar consertando o telhado.

– Surpresa!

A luz lhe cegou por alguns instantes até que ela se desse conta do que estava acontecendo. Havia uma mesa grande, um bolo, doces e salgadinhos. Castiel estava ali, Miley, seus avós, sua mãe e sua visão ficou borrada quando viu seus irmãos.

Katherine não acreditou no que viu naquele momento.

Por mais que fosse durona, ela não conseguia segurar as lágrimas que inundavam seus olhos de forma involuntária. Agora estava explicado o misterioso sumiço de todos. Eles estavam ali e haviam preparado uma surpresa para ela.

– Oh, meu Deus – Ela levantou-se no terraço e foi recebida por um caloroso abraço de sua mãe.

– Parabéns, minha bailarina linda! – Wise disse.

Katherine nem mediu esforços para secar as lágrimas, deixou-as fluírem por seu rosto naturalmente, sentia-se como uma criança que havia se perdido dos pais e finalmente havia os encontrado.

De repente, todo aquele estresse e tensão da semana se dissiparam. Era um choro tão denso e carregado de emoções que ela não conseguia se conter.

– O-obrigada – Katherine falou com a voz embargada.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora