Meu Stalker Possessivo 🔞

29- Redenção

Dimitri Solokov

Eu estava com uma dor de cabeça insuportável, foi isso que me fez acordar e perceber que Elena não estava na cama comigo. O quarto estava revirado. Havia cacos de vidro no chão, os quadros estavam quebrados e logo flashbacks da noite passada vieram a minha mente. Eu lembrava da raiva, lembrava do sangue. Desci até a sala para tomar meu café e vi Bóris lendo um jornal no sofá.

- Bom dia, Bóris.

- Como está se sentindo depois da dose de sedativo que eu lhe dei?

- Espera aí, você me sedou?

- Era isso ou você mataria todos nós.

- Foda-se, cadê a Elena? Eu não a vi hoje na nossa cama.

- Acha mesmo que ela dormiria ao seu lado depois do que fez com ela ontem a noite?

- Ontem a noite? O que eu fiz?

- Depois que você chegou do interrogatório, você teve mais uma das suas crises de raiva e perdeu o controle.

- Eu transei com ela?

- Não, você fez bem pior. Você partiu o coração dela e agora ela nem sequer deseja olhar pra você.

- O que eu falei?

- Acusou ela de trair você, tudo isso por causa do seu maldito ciúme! Aprenda uma coisa, Dimitri: Se você ama ela, deveria começar a se tratar primeiro.

- Porra, onde ela tá? Preciso me desculpar com ela!

- Deixei ela no meu apartamento e não se preocupe. Ela dormiu sozinha. Eu a deixei lá e vim pra cá dormir no sofá, porque diferente de você, eu respeito a sua noiva, garoto.

- Preciso vê-la.

- Dimitri, dê um tempo á ela.

- Eu quero ela de volta.

- Você a ofendeu! Ela está magoada.

- Me deixe vê-la!

- Não, saia de perto dela, Dimitri. Deixe ela em paz. Ela ficou arrasada.

- Por que não a impediu?

- Eu tentei, mas ela me disse que queria te ajudar, ela me disse que você precisava dela e foi aí que eu vi o quanto ela gosta de você, mas por culpa do seu ciúme, ela se afastou e você a magoou, seu insensível de merda!

- Bóris, eu imploro. Me deixe ir atrás dela.

- O que irá fazer com ela?

- Me redimir. Ela merece todas as desculpas do mundo.

- Dimitri, um menino sempre irá se desculpar, mas um homem de verdade sempre irá atrás do perdão. Agora, me diga: você é homem ou um moleque?

- Eu quero ser um homem de verdade para ela!

- Então peça perdão. Vá atrás da garota que você ama e não a perca. Vai agora e não me desaponte. Tome, vai precisar disso.

- Ela tirou a aliança?

- Você acusou ela de te trair. Acho que tirar a aliança é bem compreensível. Agora vai e corra atrás dela.

- Obrigado, Bóris!

Eu peguei a chave do apartamento dele e fui em direção ao meu carro. Dei partida pisando no acelerador rumo á cidade. Dirigi por cerca de uma hora até chegar no prédio residencial que Bóris morava. Subi as escadas em direção ao terceiro andar e achei o apartamento dele. Bati na porta várias vezes e chamei por Elena, mas ela não respondia.

- Elena, eu sei que está aí e sei que você sabe que eu não vou embora até falar com você. Abre, por favor.

- Não!

- Ou você abre ou eu abro.

- Sai daqui, porra!

- Tá bom.

Eu destranquei a porta e entrei disparado atrás dela, que correu para trás do balcão de cozinha.

- Sai daqui ou eu chamo a polícia!

- Pode chamar, não me importo. Só quero que me ouça.

- Eu já te ouvi ontem a noite e ouvi tudo o que você pensa de mim, Dimitri. Sinceramente, eu cansei. Eu desisto de você, sai da minha vida e me deixa em paz.

- Não faça isso, amor. Eu imploro. Me perdoe pelas coisas que eu disse, eu estava descontrolado.

- Dimitri, é na hora da raiva que as pessoas falam a verdade. Se você acha que eu te traí, se você não confia em mim, então não temos porque continuar juntos. Já falei com Bóris e pedi que ele me levasse de volta á Inglaterra. Quero a minha vida de volta.

- Não faça isso comigo, não me deixe.

- E me acusar de te trair pode? Eu confiei em você! Deixei que me tocasse, que me desse prazer e o que eu ganho em troca? Ser usada como um objeto. Lamento, Dimitri, mas o mundo não gira em torno de você e eu não vou ficar com alguém que me usa e não confia em mim.

- Elena, eu não falei sério! Eu estava com raiva, com ciúmes e deixei que isso me dominasse. Eu confio em você, mas eu tenho medo de perder você. Eu não quero te deixar ir, eu sei que é egoísmo e totalmente doentio, mas eu não consigo te deixar ir.

- Você quebrou a sua promessa. Você disse que nunca me machucaria e foi isso que você fez comigo ontem. Eu nunca senti tanto medo de você quanto ontem. O seu olhar de ódio era nítido. Dimitri, você e eu não damos certo. A melhor coisa é nos afastarmos e cada um seguir sua vida.

- Não, nunca. Eu nunca vou te deixar ir, eu nunca vou deixar você fugir, porque eu estou completamente apaixonado por você. Eu te amo, Elena. Um mundo sem você, não existe pra mim. Você é o que me traz vida. Se você me deixar, eu deixo de viver. Por favor, me dê outra chance.

- Eu te dei todas as chances. Me diga, Dimitri: se eu não tivesse saído daquele quarto, o que você teria feito comigo?

- Elena, não...

- Você teria me estuprado?

- Não me obrigue á dizer...

- Já tenho a resposta. Pode ir embora agora.

- Não vou sair sem você!

- Vai sim, porque eu não vou voltar enquanto você não melhorar. Você me quer de volta? Então volte para a terapia e tome os remédios, senão eu fujo daqui e nunca mais olho na sua cara.

- Tudo bem, é o que você quer? Então tá! Eu tomo, eu volto pra terapia! Eu faço tudo pra voltar pra você, amor.

- Então só volte aqui quando estiver controlado, senhor Solokov. Até a próxima.

- Elena...

- Tchau, Dimitri.