Jogos do Destino-Série Jogos da Vida

Capitulo III

Giulliana

Abri os olhos,e entrei em pânico logo em seguida.

-Il mio bambino!

-Calmati!-Olhei para meu pai,ele estava pálido.

-E-Ele...papá...eu não vou aguentar de novo...

-Tenha calma,o médico já está vindo,la speranza è l'ultima a morire.

-Grazie,papá.

Um homem de cabelos grisalhos entrou no quarto e sorriu fracamente para mim.

-Olá senhorita Bertamontti,sou o médico encarregado do seu caso.

-Meu bebê está bem?!

-Sim ele está,porém sua gravidez é de risco,por isso recomendo repouso absoluto,você não pode ter nenhum tipo de estresse,e manter a alimentação extremamente saudável.

-Tudo bem...

Assim que o médico saiu do quarto,eu olhei para meu pai.

-Papá,quem vai cuidar da empresa?!

-Eu posso muito bem cuidar da empresa,e também estou com saudade das pessoas de lá.

-Obrigada papá.

*Il mio bambino:Meu bebê.

*Calmati:Tenha calma!

*la speranza è l'ultima a morire.:A esperança é a última que morre.

*Grazie:Obrigada.

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No final da tarde recebi uma visita inesperada,Lorenzo entrou no quarto.

-Oi.

-Oi.

-Como está?

-Bem.

-E ele?

-Bem também.

Ele se sentou na poltrona ao meu lado.

-Você vai voltar a trabalhar?

-Não,preciso de repouso absoluto,meu pai vai assumir por um tempo.

-Ótimo,você vai para minha casa.

Olhei para ele incrédula.

-Nessun modo!

-Ah sim,você vai.

*Nessun modo:De jeito nenhum!

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Bufei irritada,entrei naquele apartamento grande e vazio,me sentei no sofá e bufei novamente.

-Estou te ajudando,se fosse você,demonstraria mais contentamento.

-Como vou ficar contente,ficando enjaulada em um apartamento que nem tv tem. Pelo menos me diga que tem wi-fi.

-Não.

-Mas o que?! Que ridículo,eu vou embora dessa casa AGORA!

-Eu não uso essa casa,é a única que você pode usar,até depois de amanhã vai ter internet,não faça um escândalo. Eu preciso ir trabalhar agora,volto antes das oito horas.

-Ok.

Ele saiu e me deixou sozinha,já disse como odeio apartamentos? Sim eu os odeio,meu medo de altura tem um pouco haver com isso.

Dei uma investigada no lugar,tudo parece tão...frio. Me sentei no sofá e joguei a cabeça pra trás,não tinha nada pra fazer.

Peguei um livro que trouxe e comecei a ler,as horas passavam e eu me virava de um lado para o outro.

Quando notei ja era 19h me levantei e prendi o cabelo,ia fazer o jantar,ja que não tinha nada para fazer,eu não sou a melhor na cozinha mas o pouco que aprendi com a minha mãe deve ajudar.

Fiz uma lasanha com molho vermelho,ouvi a porta abrindo enquanto olhava o forno.

Lorenzo apareceu atrás de mim,eu sorri para ele.

-O que está fazendo?

-Lasanha.

-Sabe cozinhar?

-Um pouco,da pra comer.-Ele fez uma careta.

Depois de alguns minutos ja estavam comendo.

-Está bom?

-Sim.-Lorenzo estava um pouco distante.

Depois da janta lavei a louça ,não era muita coisa,mas Lorenzo ficou irritado comigo,me deitei e fiquei lendo o livro até adormecer.

"Olhei para aquele homem asqueroso,e só queria sair daqui.

Não tinha ideia do que ele faria comigo,tentei puxar meus braços mas estavam presos em correntes,entendi tudo na hora,ele estava planejando isso a tempos."

Alguém me sacudia e eu abri os olhos,algumas lágrimas se formaram neles. Lorenzo me abraça e eu choro em silêncio.

Acabo adormecendo abraçada a ele.

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Lorenzo

Mio Dio!

Quando ouvi Giulliana gritando me fez ver que deveria parar o que eu estava planejando,ela era quebrada demais.

Me bati internamente por quase perguntar o por que,havia algo muito errado em tudo isso.

Ao longo dos dias percebi,o quão fechada ela era,não a vi abrir um sorriso,a não ser...

Havia chegado em casa,estava um silêncio estranho,fui até o quarto de Giulliana e a vi alisando a barriga plana,ela sorria e conversava com o bebê.

Acho que no final vou deixar o bebê com ela,o que eu faria com uma criança? Nem sei lavar minhas próprias roupas.

*Mio Dio:Meu deus!

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Giulliana

Terminei de ver a série no meu ipad e suspirei,estou sobrevivendo a netflix por uma semana já.

Mantive minha mão em cima da minha barriga,suspirei e olhei em volta,decidi ligar para meu pai.

-Pronto.

-Papá! Como vai?

-Bem minha boneca,acabei de sair de uma reunião,não me recordava de como era difícil trabalhar aqui,acho que me acostumei ao comodismo.

-Tem certeza que não precisa da minha ajuda?

-Sim! Descanse tudo bem? Prezo pela sua saúde e do meu nipote.

-Tudo bem...tchau papá.

-Tchau mia bambola.

Suspirei e me virei,e adormeci.

*Pronto:Alo.

*Nipote:Neto.

*Mia bambola:Minha boneca.