Capitulo XVII

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SE VOCÊ ME MANDOU O NUMERO E NAO FOI ADICIONADO NO GRUPO, MANDE DE NOVO POR FAVOR.

Capitulo novo para vcs minhas delicias <3

Bjs Scent

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Giulliana

Apesar da noite mal dormida, acordei tarde e com o corpo descansado, Lorenzo não estava mais na cama. E para minha infelicidade em nenhum outro lugar na casa.

Tomei meu café tranquilamente. Sai para checar Luminositá, e fiquei em casa, apesar do tédio, estar na minha casa é muito bom. Meu dia se passou calmo.

De noite acabei dormindo no sofá, e acordei nele de manhã, ontem ele não veio, e nem deixou um telefonema.

Minhas costas reclamaram quando me levantei, parabéns! Ótima ideia dormir no sofá Giullia! Fui até a cozinha e abri a geladeira, entortei a boca quando notei que estava quase vazia, peguei o último iogurte e fui até a mesa. Enquanto me alimentava ia anotando as coisas que faltavam.

Depois de terminar meu pequeno café da manhã fui tomar um banho, logo eu ja estava na rua.

Coloquei tudo que tinha que comprar no carrinho e fui até o caixa, senti a sensação de estar sendo observada, olhei em volta, mas não notei ninguém.

Sai do mercado com a sacola de papel nos braços, estava atravessando a rua mas um farol me cegou e eu vi um carro vindo em alta velocidade para cima de mim.

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Lorenzo

A atendente me entregou uma rosa branca.

-Grazie.-Agradeci, saindo da pequena floricultura.

Enquanto caminhava pela rua sorri ao lembrar de Giulliana adormecida em meus braços. Eu acordei e sai de sua casa, hoje não era um dia feliz para mim, então achei melhor ficar sozinho

Meu telefone tocou me despertando do meu transe.

-Pronto.

-Enzo! Esqueceu que tem uma irmã?

-Cristina! Quanto tempo! Me desculpe, ando muito ocupado.

-Só liguei para saber como está.

-Estou indo bem...só hoje que...

-Eu sei...não vou poder estar com você, o trabalho está tomando todo meu tempo.

-Tudo bem minha pequena.

-Bom...preciso ir, me ligue sempre que puder.

-Claro, tchau Cristina.

-Tchau Enzo.

Sorri encarando o celular em minhas mãos, minha irmã mora em Barcelona, e trabalha em uma grande empresa de moda. Ela é meu orgulho, e eu sou a única pessoa da família que se importa com ela de verdade.

Entrei em meu carro e dirigi até o meu destino, haviam poucos carros hoje. Andei pela grama, e a cada passo que dava meu humor parecia ficar mais para baixo, assim que cheguei soltei minha respiração e me agachei, deixei a rosa na terra, e encarei o que estava escrito na lapide. "Giovanne Di Sernni, amado filho e irmão".

Suspirei e esfreguei uma mão na outra.

-Olá irmão, faz um bom tempo que eu não venho, acho que hoje foi um dia essencial para eu voltar, afinal faz 4 anos que você se foi...sabe...quando o acidente aconteceu...eu me sentia culpado, por não ter te impedido de sair naquele carro, culpado por...você morrer tão jovem, e eu ter uma vida inteira pela frente, mas ao longo do tempo eu fui apenas acreditando que era sua hora de ir, eu me lembro de quando...nós nos sentávamos na frente da piscina, e ficávamos jogando agua um no outro, até um dia que eu te derrubei e...-Rio fraco e uma lágrima escapa de meus olhos.-Algumas pessoas tem jeitos diferentes de lidar com traumas, eu...fiquei com raiva do mundo, já Giulliana...ela guardou a dor dela para si, e se fechou para o mundo, eu não te falei sobre ela...eu vou ser pai! Eu a amo muito mas...ela ainda guarda suas dores, como disse antes...é um menino. Eu só queria que.-Um soluço escapa da minha garganta.-Você estivesse aqui para segurar seu sobrinho no colo, para me dar seus conselhos que ja me ajudaram tanto, eu só queria que você...estivesse vivo...-Eu disse chorando.-Provavelmente vou ser o único que virei aqui hoje, Cristina não pode vir, mas sei que logo ela vira, ja nossos pais...eu não sei, ja vou indo, mas eu volto...eu te amo...

Me levantei e enxuguei as lágrimas que ainda escorriam, meu irmão morreu aos 26 anos de um acidente de carro, um motorista alcoolizado jogou o carro contra o dele, ainda me lembro dos gritos angustiados de minha irmã à noite após receber o telefonema de sua morte.

Fui para casa, ficar sozinho era algo que eu prezava muito naquele dia, as vezes é só isso que precisamos, ficar sozinhos. Acabei dormindo cedo.

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Logo que acordei me lembrei de não ter ligado para Giullia, tomei um banho para tirar a tristeza do meu corpo.

Tomei meu café da manhã sozinho, decidi comprar um presente para Ezio, parei em uma lojinha de bebês antes de ir até a casa de Giullia, comprei um par de sapatinho com um leão em cada um.

Enquanto andava até meu carro, vi Giullia saindo de um mercado, fui segui-la para lhe dar uma carona, mas quando ela atravessava a rua, o carro que até alguns segundos em uma velocidade normal, acelerou.

Então o mesmo filme se passou na minha mente, os gritos da minha mãe e de minha irmã, ao chegarmos no hospital, pensei em meu filho, pensei em Giullia, então só consegui correr, corri o máximo que pude, deixei a sacola cair na calçada.

Corri até ela e a puxei para os meu braços, ela gritou, mas mesmo assim, o carro passou raspando em seu vestido.

A abracei com tanta força que fiquei com medo de machuca-lá, ela tremia em meus braços, eu também.

Por alguns segundos só ficamos abraçados tentando absorver o que tinha acontecido. Levantei seu rosto e encarei seus olhos azuis cheio de lágrimas, Giullia aproximou o rosto do meu e nossos lábios se tocaram.

Envolvi sua cintura com meus braços, nos separamos pela falta de ar, encostei minha testa na dela e murmurei.

-Você se machucou?

-Não...estou bem.

-Eu...fiquei com tanto medo...

-Esta tudo bem agora.-Ela disse me olhando.

Recuperei a sacola que havia deixado cair na calçada e fomos para minha casa, eu precisava ficar de olho nela.

Assim que chegamos, ela mudou a posição de assustada para irritada.

-Ele está solto, não é?!

-Giullia...

-Me diga a verdade! Não tente me esconder isto!

-Sim...-Ela caiu sentada no sofá e passou a mão pelo rosto.

-Não vou deixar aquele psicopata chegar perto de vocês, entendeu?-Ela assentiu, murmurou alguma coisa sobre dor nas costas então a levei para o meu quarto, para ela poder descansar.

Enquanto a observava dormir fiz algumas ligações, eu ainda me lembrava da placa do carro.

Angelo apenas disse que procuraria pelo carro, nada mais. Me deitei com Giullia e a puxei para perto de mim, eu tive tanto medo, por alguns segundos vi minha vida virando um inferno novamente, pousei minha mão em seu ventre e senti Ezio chutar.

O que eu faria agora?

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