Capítulo XXIV

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Giulliana

Dor.

Dor é só o que eu sinto.

A única coisa que faz a dor parecer minúscula, é o meu filho.

Esses últimos dois meses tem sido um borrão cinzento de acontecimentos. Desde que eu cheguei na cidade luz, só fico no apartamento, na cama, ou no sofá.

Maria tem me aconselhado a ligar para Lorenzo, mas eu me recuso, eu ja estava quebrada demais, ele sabia de tudo, mesmo assim preferiu me magoar, me fazer sofrer.

Acaricio os cabelos dourados de Lilliana e suspiro, Ezio chutou, e eu sorri.

A porta se abriu e Maria entrou com várias sacolas do supermercado nas mãos.

-Ah meu Deus, você está bem Giullia?-Franzi o cenho com sua pergunta.

-Estou do mesmo jeito que você me deixou antes de sair.-Ela parecia aliviada.

-Você ainda não viu.

-Do que você está falando?

-Nada!-Ela desviou o olhar e eu me levantei com Lilliana no colo.

-Me diga Maria.-Eu ralhei.

Ela soltou a embalagem de macarrão que estava segurando e respirou fundo, e me entregou seu celular com a pagina de uma revista de fofoca que fez meus olhos saltarem para fora.

"O empresário italiano Lorenzo Di Sernni foi flagrado na noite de ontem com uma mulher misteriosa, eles estavam abraçados e algumas de nossas fontes indicam que o romance está no ar.

O empresário veio a estar na cidade luz por motivos desconhecidos, mas acreditamos que a causa disto seja essa bela dama."

Suspirei e me sentei no banco alto do balcão.

-Ele seguiu em frente...

-Giullia, eu não...tenho certeza que seja isto que você está pensando.-Senti meu sangue ferver e olhei para ela com raiva.

-Esta defendendo ele?! Eu ouvi da boca do próprio pai dele!

-Giullia, Emilio está preso.

-O que?

-Ele estava desviando dinheiro da conta da empresa há meses.

-Não importa, isso não muda o que Lorenzo fez.-Ezio chutou quando disse o nome de seu pai.-Ele seguiu em frente e eu vou fazer o mesmo!

-O que quer dizer?!

-Eu vou sair.

Deixei Lilliana no seu colo e peguei meu casaco que estava pendurado na cadeira.

—•—
Lorenzo

Senti um cheiro de rosas e eu reconheci na hora.

-Mas que diabos?!-Abri os olhos e me sentei na cama.

-Ahn?-Ela perguntou acordando.

-Como veio parar aqui?-Eu praticamente gritei.

-Escuta aqui seu idiota, eu tive que te arrastar bêbado para o apartamento! Então me respeita! Porra!-Franzi o cenho.-Pesadelos.-Ela murmurou.

A puxei para perto de mim e a abracei.

-Cristina, você precisa saber lidar com isto.

-Eu sei, eu só...ainda não consigo esquecer.

-Giovanne não ia gostar de saber que você está sofrendo.

Beijei sua testa e sorri, me levantei e fui até o banheiro, desde o acidente de Giovanne ela tem tido pesadelos, mesmo depois de tanto tempo. Tomei um banho

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