Capítulo V

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Giulliana

Acordei e me espreguicei,olhei em volta e constatei que estava na minha casa.

Fui ao banheiro e tomei banho. Após tomar meu café da manhã ouvi a campainha tocando.

Abri a porta e sorri para Angelo,ele que administra a minha segurança,ele tem 50 anos,eu conheci sua esposa antes de voltar de Londres.

-Giu! O que houve?

-Ele voltou.

-Maledetto! Eu juro que vou por as mãos naquele desgraçado.

-Eu preciso que triplique a segurança,eu não sei o que James quer,mas não vamos deixar ele se aproximar,ainda mais...agora.-Levei a minha mão até meu ventre,seus olhos brilharam.

-Parabéns Giu!Vamos fazer o impossível para manter você e essa criança que está chegando.

Sorri e o convidei para entrar,tomamos café tranquilamente.

Angelo teve que sair para resolver as coisas da minha segurança,eu fui até o estábulo,Luminosità estava calma,escovei seus pelos pacientemente,acariciei sua cabeça.

Ouvi alguns gritos vindo da entrada da minha casa,guiei Luminosità até o estábulo. Fechei a porta e comecei a andar para dentro da casa,um homem alto barrava a entrada de alguém que eu não conseguia identificar.

Me aproximei devagar e o homem alto se virou.

-Senhorita Giulliana,este homem quer passar.- Olhei para Lorenzo.

-O deixe entrar,qualquer coisa eu chamo você.

Lorenzo entrou ma sala e me encarou com fúria nos olhos.

-Por que não foi para casa?!

-Você não se preocupa comigo,ou só demonstra,mas eu estava passando mal,e eu tenho o meu aparelho de medir pressão aqui.-Ele ficou pálido.

-Você estava passando mal?! Por que não me disse.

-Parecia ocupado demais.-Dei de ombros.

Fui até a cozinha e abri a geladeira,peguei a embalagem do leite e me virei.

-Se é só isso pode ir embora.

-Eu não vou te deixar sozinha!

-Não se preocupe,como pode ver,não estou sozinha.

Ele se irritou e se aproximou de mim.

-Você carrega um filho meu aí dentro! Eu não vou sair daqui!

-Pra que? Você nem se preocupa! Eu estava passando mal! E você estava preocupado em foder qualquer mulher por aí! Saia da minha casa!

Um segurança se aproximou,eu fiz um sinal com a cabeça e ele segurou o braço de Lorenzo,antes dele sair pela porta eu completei.

-Fico feliz em saber que não se preocupa com seu filho,ele não terá um exemplo tão ruim de pai.

Ele foi empurrado para fora boquiaberto. Me sentei no balcão irritada,peguei um copo e enchi de leite.

Tomei tudo e me levantei,fui até o quarto e troquei de roupa,peguei minha bolsa e fui até a garagem. Havia dois homens conversando na porta,um loiro e um moreno.

-Vai sair Senhorita Giulliana?

-Sim,vou ao centro.

-Algum de nós deve ir com você.

-Tudo bem.

Entrei no carro e o homem loiro foi ao meu lado,dirigi até o centro e estacionei o carro,sai e ele ficou me seguindo à uma distância agradável.

Fui até uma loja infantil e fiquei admirando as roupinhas,acabei comprando um macacão branco,ja que não sabia o sexo do bebê.

Sai da loja um pouco aérea,acabei esbarrando em alguém e derrubei minha sacola.

Uma voz fina e extremamente irritante me fez ter lembranças ruins.

-Giu?-Me virei.

-Giulliana para você,Charlotte.

-Está mostrando as garrinhas não é,cunhadinha. Você destruiu a vida do meu irmão!

-Ele mereceu cada dia naquela maldita prisão!

-Você é uma vadia! Você inventou aquela mentira toda! Armou contra ele!-Ri sem humor.

-Você continua protegendo ele,o que ele fez comigo! Nunca vai ser tirado da minha cabeça! Eu tenho pesadelos todas malditas noites!-Arregacei as mangas e mostrei as cicatrizes que estavam nos meus pulsos.-Eu tentei me matar inúmeras vezes!

-A culpa não é dele se você é problemática! Ainda bem que ele veio para cá,ele tem razão sobre você.-Fiquei pálida.

-O que quer dizer com isso?

-Você acha que ele vai deixar barato,o que você fez?!

-VOCÊ acha...que eu...vou deixar barato?-Disse com uma voz confiante que até eu me assustei,ela arregalou os olhos.-Não tente esconder o que seu irmão fez,você sabe que eu nunca mentiria,sobre uma coisa dessas.

Peguei a sacola do chão e comecei a andar.

-Você acha que ele vai gostar se saber que está grávida.

Senti um frio na espinha,um gota de suor escorreu na minha testa. Apressei o passo e entrei no carro,o segurança entrou e se sentou do meu lado.

*Maledetto:Maldito.

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Fui até o estábulo checar Luminosità,ela estava tranquila,voltei para a casa,fiquei vendo tv,até ficar com vontade de comer maçã verde,só tinha no armazém que ficava do lado de fora da casa.

Observei o céu nublado e suspirei,atravessei o gramado,e entrei na pequena casinha de madeira.

Coloquei algumas maçãs ma cesta que havia trazido,ouvi um barulho do lado de fora e entrei em pânico.

A porta foi aberta com força e senti minhas pernas se tornando gelatina.

James.

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