Capítulo XIII

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Giulliana

~7 anos antes~

Algumas colegas haviam me convidado para uma festa, eu estava muito atarefada, com as coisas da faculdade, tinha alguns trabalhos para concluir.

Mas elas conseguiram me arrastar para a maldita festa, era em uma fraternidade, havia pessoas deitadas de qualquer jeito no jardim, provavelmente bêbadas, entrei no lugar, e senti o clima me animando, as pessoas bebiam, conversavam e dançavam.

Fui até a cozinha, enchi um copo com uma bebida, que provavelmente era vodka, e uma latinha de coca. Era a única combinação que eu gostava.

Degustei meu drink, sorrindo, apreciando as pessoas se divertirem, quando então notei uma pessoa do meu lado.

Me virei e encarei um belo homem, seus cabelos loiros, e seu corpo grande, me fizeram sorrir sedutoramente.

-Oi.

-Olá.

-Nunca te vi por aqui.-Clichê.

-Não mesmo, eu não costumo frequentar esse tipo de festas.

-Você está na faculdade, tem que aproveitar!

-Não, quando se tem uma empresa inteira para comandar, assim que sair daqui.

-Uou!-Ele riu.

-Quer alguma coisa pra beber?-Disse querendo puxar assunto.

-Não.

-Então o que quer?

-Conversar...está meio abafado aqui, quer ir lá fora?

-Pode ser.-Disse notando no que isso iria dar.

Saímos e fomos até o jardim, havia uma piscina, algumas pessoas nadavam nela de roupa mesmo. E outras se pegando nos cantos.

Fomos para um lugar mais afastado, e ele colocou a mão na minha cintura. E me puxou.

-Eu nem sei seu nome...-Disse sorrindo de lado.

-James.

-Giulliana.

E nos beijamos, enquanto sentia seus lábios colados no meu, eu senti um mal pressentimento, mas o guardei para mim.

~4 anos depois~

Sentia meu corpo pesado, e muito frio, já havia perdido bastante sangue, ele conseguiu estanca-lo, mas eu sentia que estava perdendo a sanidade aos poucos.

Eu ja estava presa naquele maldito lugar ja fazia uma semana.

Se aquele maldito não tivesse me pego, eu ja estaria na Italia, com a minha família, contando as boas novas, mas não.

Eu sabia que havia perdido o meu filho, e por esse mesmo motivo, eu não me importo mais, com o que ele faz comigo, e se eu morrer...bem...eu não me importo mais.

Eu fico jogada num canto, chorando em silencio, eu raramente como algo, o James tem que me alimentar, óbvio depois de me estuprar.

Fechei meus olhos com força, quando ouvi a porta sendo aberta.

-Bom dia, meu amor.-Abri os olhos e olhei e fiquei em silêncio.

-Você está tão caladinha ultimamente...

Ele se aproximou de mim e me beijou com força, senti minha cabeça ficando leve, e tudo parecendo um borrão.

~Atualmente~

Novamente aquela sensação, minha cabeça ficando leve, e tudo ficando um borrão, mais foi o beijo de Lorenzo que me trouxe de volta.

Senti algo dentro de mim, que não consegui explicar, agarrei sua camiseta, e correspondi ao beijo.

Nos separamos pela falta de ar, apoiei a minha cabeça em seu peito, e continuei agarrando sua camiseta, enquanto respirava rapidamente.

Ele me abraçou bem forte, as lágrimas nos meu olhos secaram. Mas foi ai que percebi a burrada que havia feito.

O empurrei e agarrei a minha bolsa com força.

-Isso não poderia ter acontecido!-Disse querendo parecer segura.

Passei por ele e virei a esquina, senti a sensação de estar sendo observada, olhei em volta e não vi ninguém.

Entrei no carro de Lorenzo e esperei, ele entrou no carro, a tensão que pairava no ar era insuportável.

Ele estacionou em frente da minha casa. Sai do carro, disse um tchau baixinho e entrei na casa.

Me sentei no chão, e suspirei.

Maledezione! O que está acontecendo comigo?!

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Lorenzo

Cosa diavolo sta succedendo?

Me joguei no sofá e soltei o ar, por que eu a beijei? Isso agora parece tão errado! Mas na hora...Deus! Parecia tão certo!

Ouvi alguns passos atrás de mim e me levantei na hora, meu pai vestia seu terno Armani, com sua aparência superior.

Me sentei no sofá, e coloquei o rosto entre as mãos.

-O que houve?-Ele perguntou.

-Eu fiz merda...

-O que?

-Eu a beijei.-Disse derrotado, ele começou a rir.

-E eu pensando que seria algo importante, precisamos seguir com o que foi combinado.

-Não.

-Você a engana, pegamos a empresa e fim.

-Não! Ja disse que não! Vai embora!

-Eu sou seu pai! Me respeite!

-Estou muito bem, cuidando só da NOSSA empresa de queijos, agora vá embora!

-Você vai se arrepender!-Ele disse em ameaça e depois foi embora.

Olhei para frente, e fui até o meu alvo, uma garrafa de whisk cheia.

Cosa diavolo sta succedendo?:O que diabos está acontecendo?

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Giulliana

Estava deitada no tapete felpudo da minha sala, respirando fundo.

Ja tinha checado Luminositá e  voltei para a casa, e agora lá estava eu, deitada no tapete, olhando para o teto.

Que homem mais complicado!

Desde que o conheci, ele aparece com qualquer uma, e agora vem e me beija! Eu não sou qualquer uma.

Ezio deu um leve chute e suspirei, coloquei a mão na barriga e murmurei.

-Eu também não entendo seu pai.

Seu pai...

É engraçado pensar Lorenzo sendo pai, ele parece uma criança, imagina uma criança cuidando de outra.

Mas hoje, ele foi tão bom comigo...e porque diabos foi seu beijo que impediu meu ataque de pânico?

Sem menos perceber acabei adormecendo no chão.

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Acordei com a campainha tocando, me levantei e fui até a porta, a abri e notei Lorenzo todo molhado da chuva.

-E-Eu...preciso falar com você...-Ele disse todo embolado, completamente bêbado.

-Você vai tomar banho primeiro! Depois conversamos!

-Não!-Ele disse irritado.

Ignorei seu protesto e consegui o guiar para o meu quarto liguei o chuveiro no frio e o empurrei para dentro.

Ele gemeu em desaprovação, tirei sua camiseta e parei por alguns segundos para olhar seu tanquinho, e meu corpo esquentou rapidamente, ou merda! Voltei a olhar para ele, Lorenzo encarava meu lábios.

E então me beijou e me prensou contra a parede gelada.

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