Capítulo 46

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Leah Pov On

- Não me apetece conviver com esse gajo.

- Bem tu é que sabes. - Disse colocando o dinheiro do meu café na mesa e pegando na minha mala.

- Eu pago, por amor de Deus Leah.

- Obrigada Liam. Fica bem. - Disse-lhe rapidamente.

- Só isso?

- Isso o quê? - Disse não percebendo de todo.

- Nem um beijinho, nem nada. - Com alguma relutância aproximei-me da sua face mas ele deslocou-se um pouco e por isso beijou-me no canto do lábio.

- Contigo é um perigo eminente.

- Gosto de correr riscos. - Sai do café a rir-me. "Correr riscos", se calhar era isso que me faltava para saber a solução. Sempre preocupada, será que o vou magoar?, será que é o mais correto? Caramba, nós só vivemos uma vez, é melhor aproveitar. Aproveitar o presente e não pensar nas consequências no futuro. O problema é que os dois fazem parte do meu coração, cada um deles ocupa exatamente cinquenta por cento. Rapidamente apanhei o autocarro para casa do Harry. De repente sinto o meu telemóvel a tocar, era a minha mãe.

- Filha, então como estás?

- Mãe finalmente atendes, estava a ficar preocupada.

- Temos tido problemas de rede querida. Preciso urgentemente de falar contigo.

- Mas está tudo bem mãe?

- O contrato do pai está a acabar e temos que falar sobre irmos morar para outro sitio.

- Mãe eu...

- Temos que falar filha, vai ser um grande passo nas nossas vidas, mas eu e o teu pai temos falado muito disso.

- Já estou habituada, não vale a pena termos uma conversa. A conclusão é sempre a mesma.

- Quando nós chegarmos, falamos melhor.

- Ok, beijinhos mãe, adoro-te.

Desliguei o telefone. Com todos estes acontecimentos nem tinha pensado que depois do baile de finalistas iria ter que viajar para outro país, mas como tinha dezassete anos iria para uma faculdade, faculdade de artes. Tinha lido recentemente que havia uma faculdade de artes a dois quarteirões de casa, era a oportunidade perfeita, tinha que passar nos exames que seriam depois do baile. O autocarro parou em frente da rua da casa do Harry. Pela janela reparei que já estavam todos em casa. Toquei à campainha.

- Leah finalmente chegaste. - Abraçou-me a Kath.

- Então, sentes-te melhor? - Perguntei-lhe enquanto nos sentávamos todos à mesa.

- Sim, o médico diz que foi apenas um quebra de tensão.

- O Liam não veio? - Perguntou a Mia.

- Deve ter alguma coisa para fazer, de certeza. - Disse-lhes rapidamente para que esquecessem o assunto. O jantar estava a correr muito bem, o Zayn e o Harry divertiam-nos com as suas piadas e eu sentia-me muito bem naquele ambiente que eu considerava familiar. Estávamos a comer a sobremesa quando o Harry me pediu para falar no seu quarto em privado. Fechou a porta à chave e deitou-me na cama por baixo dele.

- Harry o que é que estás a fazer? - Simplesmente não respondeu. Encostou ao de leve o seu lábio ao meu e não me beijou, passou a sua mão pelo meu seio e massajou-o muito lentamente, seguindo em linha reta até ao meu sexo fazendo o mesmo. - Oh Harry, por favor.

- O que queres amor? - Disse encostando novamente o seu lábio ao meu e não beijando. Rapidamente o puxei para mim e o beijei compulsivamente ao qual ele correspondeu. A sua ereção era visível, tinha saudades dele. Rapidamente se sentou. - Apenas queria comprovar que ainda gemias por mim.

- E vais deixar-me assim, esfomeada?

- É um problema que ambos temos que resolver, mas por agora sim.

- Estás a ser mauzinho.

- Não podes ser a única com a faca e o queijo na mão.

- Tu também preferias que isto acontecesse. Mas tudo bem, eu vou-me embora. 

- Já vais Leah? Queria tanto ficar a falar contigo, os dois aqui deitados.

- A kath pode precisar de alguma coisa.

- A Kath não está sozinha e tu já és crescidinha para teres que dar justificações a alguém.

Então por ali me deixei ficar. Harry pôs o o braço por baixo do meu pescoço e ficamos a conversar por horas. Falamos de tudo. Da minha vida de cidade em cidade, das namoradas do Harry, do nosso futuro. Choramos, rimos bastante, ficamos em silêncio quando era preciso e cantamos as musicas da nossa infância até nos faltar a voz.

Leah Pov Off

Mia Pov On

Ainda me encontrava em casa do Harry quando acordei. Estava deitada no colo do Louis no único sofá da casa. Não me lembro como tinha chegado ali mas a Leah encontrava-se deitada no chão. Dirigi-me para a cozinha cheia de dores no corpo para fazer o pequeno almoço para toda a gente. Estava a aquecer o leite no  microondas quando sinto umas mãos por trás a agarrar-me a cintura. Virei-me e o Louis tinha acordado, deu-me um beijo apaixonado e fez-me uma festinha na cara.

- Dormiste bem princesa?

- Mais ou menos, um sofá nunca é a melhor opção.

- Eu dormi perfeitamente ao teu lado. 

- Pois, a ocupar o sofá todo.

- Acho que está na altura de assumirmos. Está mais à vista que nunca.

- Não foi por termos dormido, literalmente...

- Ui esse pormenor do literalmente... - Disse sorrindo enquanto continuava a agarrar a minha cintura, aproximando-me dele.

- É verdade, não fizemos mais nada para além disso. 

- Não queres ir dar uma volta? - Perguntou o Louis.

- E deixamos aqui a Kath sozinha? Ela acabou de sair do hospital.

- Estás em modo preocupada agora? - Perguntou ele gozando completamente.

- Vais ser insensível?

- Leah sabes muito bem que o que ela teve foi consequências do stress e a Leah está lá em cima com o Harry, também temos direito ao nosso momento. 

- Convenceste-me, deixa-me só tomar o pequeno-almoço e lavar a cara e saímos.

Mia Pov Off

Leah Pov On

 A luz que entrava pela janela fez-me despertar imediatamente. Estava deitada na cama com o Harry, fiquei a olhar para ele durante imenso tempo.

- Gostas do que vês Leah? - Disse de repente assustando-me.

- Queres assustar-me do coração? 

- Também não sou assim tão feio Leah.

- Eu não disse isso.

- Eu sei mor, não precisas de acordar tão rabugenta.

- Já sabes como sou. - Disse-lhe beijando-o fortemente. - Gostei muito da nossa noite, a sério Harry.

- Tu tinhas uma versão minha que não era a real Leah, eu não quero só sexo, eu quero-te a ti.

Leah Pov Off

Oiiii leitores,

desculpem ter estado imenso tempo sem escrever a sério, mas o décimo primeiro ano mata qualquer um. Por isso deixo-vos aqui mais um capitulo e espero acabar esta fic até ao fim destas férias. Acreditem que os próximos capítulos vão compensar a espera. Boas leituras...




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