Sob a Lua dos Caçadores Vol.5 A Filosofia do Medo - Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo 31: Cinofobia

A Floresta Proibida, 9 de novembro, 22h11.

Por algum motivo, Harry não esperava encontrar o homem na clareira — passara a semana pensando em lutar contra o grande cão de caça que sempre vira nos calcanhares de Scáthach, não o homem que um dia fora. Mesmo sendo o Cão de Caça, Harry não tinha certeza de suas chances de enfrentá-lo; a fera era incrivelmente rápida e imperdoavelmente forte. Ele vira Cu destroçar os lacaios de Umbridge em questão de segundos, da Torre de Astronomia; era realmente uma visão aterrorizante de se ver.

O homem parado na clareira era completamente diferente. Ele se mantinha ereto e parecia despreocupado com quase tudo. Uma confiança silenciosa emanava dele como uma aura física enquanto olhava para a fileira de árvores onde Harry estava, e sua linguagem corporal mudou assim que Scáthach entrou na clareira, de um tédio despreocupado para uma ânsia. Seus penetrantes olhos esmeralda examinam a fileira de árvores, procurando seu oponente. Não querendo decepcionar o homem, Harry sai da escuridão da floresta e observa um sorriso se formar lentamente no rosto rude do homem.

Ele era alto, da mesma altura dos dois professores, com uma constituição esguia. A princípio, não pareceu a Harry um homem que saíra da lenda e entrara na era moderna; não era maior do que a lenda que havia esculpido na história; parecia um homem normal indo a algum tipo de feira. Seu cabelo ruivo flamejante estava penteado em um mullet, de todas as coisas, cortado curto na frente e nas laterais, mas mantido longo atrás, preso firmemente em um rabo de cavalo e trançado. Ele usava uma armadura sobre roupas azuis simples, um colete azul forrado com fios de prata e um V aberto no pescoço adornado com cruzes celtas e nós; suas calças estavam quase sempre escondidas sob a armadura que ele usava. Ombreiras, braçadeiras e caneleiras, todas forjadas em Ferro Fen, que eram presas e afiveladas a ele, enquanto um fauld e cuisses do mesmo ferro pousavam em seus quadris e coxas; todo o visual era coroado por um bratt vermelho e dourado que estava enrolado em sua cintura e preso ali por um alfinete de galho vermelho.

Cada peça da armadura parecia brilhar com runas que Harry não conseguia entender, linhas retas com marcas ramificadas que brilhavam fracamente no escuro. Fosse qual fosse a armadura, era poderosa — pelo menos isso Harry conseguia perceber.

O homem não faz nenhum movimento em direção a Harry ao entrar na clareira, seu rosto impassível, com uma resolução de aço, enquanto nem ele nem o homem quebram o contato visual. Eles se avaliavam, testando a determinação um do outro. Um como um guerreiro, procurando por qualquer hesitação nos passos e nos olhos do outro, procurando por qualquer fraqueza em seus olhos e qualquer curvatura de sua coluna, o guerreiro não viu nada e sorriu ao vê-lo. O outro como um Caçador, procurando por qualquer fraqueza na postura do homem, qual perna ele preferia, qual braço era o seu dominante; Harry procura por qualquer fraqueza recebida e não encontra nenhuma no homem.

Harry para a poucos metros do homem, sem desviar o olhar um do outro, e para sua surpresa, é Scáthach quem fala primeiro.

"Graeca, aqui", diz ela simplesmente com um tom de divertimento na voz, enquanto bate com o pé na lateral de um baú que estava a poucos metros dele e do homem. Harry observa o guerreiro por um momento, sem saber se deveria se mover; o homem vê isso e bufa como um cão de caça.

"Vá em frente, garoto", ele afirma com um leve sorriso no rosto. "Esperei quase dois mil anos por isso, posso esperar mais alguns minutos para você vestir sua armadura", diz a Harry, com a voz leve e suave, com um tom brincalhão, como se nunca tivesse realmente crescido desde a infância. Harry não diz uma palavra, apenas acena com a cabeça antes de quebrar o contato visual e caminhar até o pequeno baú que guarda sua armadura. "Hã, um merdinha sinistro, não é?", o homem observa com um sorriso que Harry consegue ouvir, mas não ver.