Levantei da grande cama com passos calmos, espreguiçando meu corpo em direção às escadas.
As descendo encontrei Louis olhando para a televisão abraçado em uma almofada.
- Por favor, não se assuste dessa vez. - Falei baixinho, aproximando-me.
- Bom dia. - Ouvi sua voz fina soar enquanto chegava cada vez mais perto e suspirei aliviado.
Sentei ao seu lado e ele deitou sua cabeça em meu ombro, pondo uma perna encima do meu corpo.
Louis era tão belo é adorável, cada pequeno movimento do pequeno menino fazia-me ir à loucura. Suas pequenas coisas faziam tanto sentido para mim.
- Está olhando o que? - Perguntei, olhando nos olhos azuis extremamente direcionados à mim.
- Agora? - Assenti. - Você.
Soltei uma risada baixinha e ouvi sua doce gargalhada me preencher por completo. Meu peito apertou-se e eu apertei seu corpo contra mim.
Nunca imaginei que uma risada poderia ser a mais bela melodia para escutar, nunca imaginei que me veria fascinado por um anjo sorrindo à minha frente.
Fiz algumas cócegas em sua barriga e o menino passou suas mãos pela minha cintura, levantando seu corpo e deixando um beijo em meus lábios.
- Tive medo de lhe perder.
- Por quê? - Juntei minhas sobrancelhas sem ao menos notar que estava fazendo isso.
- Estava passando a matéria de um serial killer e, bem...
Senti meu corpo estremecer ouvindo as palavras saídas da boca de Louis, minha cabeça começou a girar e meu coração batia cada vez mais fraco.
Todas as borboletas estavam sendo postas para fora, ele havia descoberto. Eu seria preso, apodreceria dentro de uma cela e Louis ficaria com o dinheiro.
Eu estaria sozinho como estive a minha vida inteira.
- Harry?
Corri até o banheiro, tropeçando em meus próprios pés e quase levando meu corpo ao chão em alguns degraus.
Ajoelhei-me na frente do vaso sanitário, olhando para o chão onde ainda havia rastros de sangue seco. Isso fez meu estômago embrulhar-se ainda mais e tudo que estava alojado ali ser posto para fora.
- O que aconteceu?!
Vomitei até não restar mais forças, enquanto Louis segurava meus cachos para trás, perguntando constantemente o que havia acontecido.
Encostei minhas costas na parede e o menino pegou minha mão, colocando-me na banheira e ligando o chuveiro.
Meu corpo estava fraco e não atendia aos meus comandos, eu estava submisso a qualquer um.
Louis tirou minha roupa com cuidado, passando sua delicada mão pela minha testa para tirar os cachos que ali se encontravam devido a quantidade de suor em meu corpo. Fazendo isso ele sussurrava baixinho que estava tudo bem.
Mas eu sabia que não estava tudo bem, ele fazia isso somente para me deixar mais calmo e enganar-me enquanto a polícia estava a caminho. Eu seria jogado em uma cela com todos os outros monstros como eu.
Talvez eu fosse até mesmo condenado à pena de morte.
Apenas pensar na cena me fez querer vomitar ainda mais, então virei meu corpo para fora da banheira e tirei todo o líquido verde que havia ali.
Sem forças, meu corpo caiu no peito nu de Louis. Seus braços abraçaram-me e suas pernas foram entrelaçadas em minha cintura.
O garoto começou a massagear meus cachos, com cuidado e calma, sempre sendo muito bom no que faz.

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circus » larry
Fiksi PenggemarOlhos verdes e expressão ingênua, para os outros um simples palhaço abandonado pelo circo, para si mesmo um assassino em série em busca de vingança pela sua família. Louis será apenas uma vítima?