Capítulo 8

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POSTAGENS SEMANAIS


— Não repara as coisas espalhadas, ainda estou em processo de colocar cada coisa no lugar.

— Sem problemas, Emily.

— Olha, sei que quer me ajudar, mas a verdade é que preciso saber também como fazer esse tipo de coisa, entende? Afinal não posso depender dos outros sempre.

— Não ligo se precisar de ajuda, Emily. E posso de dar umas dicas para fazer o que precisar, se é o que quer.

— Obrigada, Gregory.

Emily estava com um pouco de receio com a figura de Gregory tão perto de si. Não sabia a causa, mas seu instinto estava em conflito entre manda-lo embora e estar perto dele. Confusa, decidiu deixar aquilo de lado e orientá-lo.

— Bem, estou com um caso sério aqui com essas prateleiras que sempre ficam tortas, por mais que tente alinhá-las.

Gregory se aproximou e então começou a explicar onde Emily estava errando. Nisso ela percebeu que Gregory pouco movia seu lado esquerdo, fora as cicatrizes que percebeu no braço. Eram linhas brancas e contínuas, como se tivesse se queimado. Preferiu guardar sua curiosidade e observar tudo o que ele explicava.

— Acho que agora você pode tentar.

— Será que consigo?

— Qualquer coisa te ajudo, não se preocupe.

Emily colocou as mãos para trabalhar e estava feliz com o progresso. Terminado o trabalho ali, ficou com receio de pedir alguma coisa a mais.

— Obrigada pela ajuda, Gregory, mas...

— Tem mais alguma coisa, não é?

— Bem, tem, mas primeiro vamos comer alguma coisa, afinal, prometi te manter alimentado.

— Vamos então.

Depois de comerem alguma coisa, seguem para o quarto que era do filho de Emily.

— Como pode ver parece pior do que parece. Mas você poderia ajudar com as camas?

— Claro, mas nisso vou precisar de uma força. Eu meio que...

— Sem problema, vamos começar.

Depois de risadas com as histórias que Emily contava sobre as travessuras de seu filho, finalmente tinham terminado ali. O tempo havia passado e mal tinham se dado conta.

— Quer ficar para jantar, Gregory?

— Posso ficar, caso esqueça o formalismo e me chame de Greg.

— Desculpa, força do hábito.

— Ok, vou deixar passar. Precisa de ajuda na cozinha?

— Não, consigo fazer alguma coisa decente.

— Bem, posso ficar por aqui então? Sabe, conversarmos um pouco e tudo mais.

— Sim, me fala um pouco de quando se mudou pra cá. Quem sabe eu possa recordar alguma coisa?


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Gregory no momento que dera de cara com Emily ficou sem palavras. Afinal, havia se passado tantos anos, mas ela continuava a mulher mais linda que havia conhecido. Não somente por fora, mas ela emanava uma energia tão boa, que relembrou os momentos passados com ela.

Mas a partir do momento que notou confusão em seu olhar, ficou perdido e sem saber como agir. Pior foi saber que ela não o reconhecia. Aquele fato foi um baque, pois o acidente havia sido pior do que esperava.

Reminiscências (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora