Capítulo 5

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Sem um pouco de ânimo entrei na loja. Adam deu um sorriso assim que me viu, passei por ele furiosa e entrei na sala guardei minhas coisas e voltei para ajeitar as coisas. Mais uma vez ele me olhou e eu fingi estar brava.
-- O que eu fiz? - olhei para ele com o espanador na mão.
-- Quem te deu o direito de invadir o meu quarto e me agarrar.- cutuquei seu peito com o dedo e me senti estúpida por achar que meu dedo causaria algum dano naqueles músculos.
O sorriso dele surgiu e eu recuei para trás de uma prateleira de cds. Ele me seguiu e eu quis garantir que ele estivesse longe o suficiente.
-- Ahh...- seu sorriso era ameaçador.-- Eu não resisti, mais também estamos no mesmo pé agora, você invadiu meu quarto e me roubou uma cueca e eu invadi o seu e roubei um beijo.
-- Eu não roubei sua cueca. - Entrei apressada na sala dos fundos.-- Se bem me lembro você que me deu.
Quando ele fechou a porta eu tentei me defender no canto da parede.
-- Pode ser. - fiquei encurralada num canto da parede. -- Mais nem ligo, afinal o que você fez com aquela cueca?
-- Ficou com a Mimy.
Tentei sair mais ele me segurou, o ar dos meu pulmões estacaram-se. O olhar dele prendeu o meu e me vi olhando para seus lábios que se aproximava, fui salva pelo sino que anunciava um cliente.
-- Ainda não acabou. - assim que ele me soltou, voltei para a frente e fiquei ali. Meu coração batia forte contra meu peito, mas ainda assim sorri para a senhora e a tratei de modo comum. Vendi para ela um cd e quando um grupo de garotos entrou Adam fez questão de atendê-los, não me surpreendi quando os garotos o olharam assustado. Eu também tive aquela primeira impressão dele. Mas por fim após a venda e informações ele veio até mim sorrindo.
-- Onde paramos?- me afastei dele garantindo uma distância segura.
-- Não começamos e nem vamos!- ele ainda sorria, como se aquele fosse seu jogo preferido. A caça e o caçador , e acuada entre o sofá e ele, era como eu me sentia.
-- E por que não? Pelo que eu bem me lembrei, ontem você estava afim.
-- Eu não...
Fui calada quando sua boca comprimiu a minha, sua língua pedia passagem e eu dei. Envolvi sua nuca com as minhas mãos enquanto ele me abaixava lentamente no sofá. Aos poucos fomos deitando e quando dei por mim, ele tinha uma perna apoiada ao meu lado no sofá e a outra no chão. Para garantir que seu peso me esmagasse. Havia ausência de ar, mas nenhum dos dois queria abandonar o contato. Mesmo quando ele separou nossos lábios, seu toque ainda permanecia em mim, com sua boca devorando calmamente meu pescoço. O arrepio tomou conta da minha pele, e pude ouvir um sorriso contido.
Então fui tomando conta de que seu corpo estava colado ao meu e empurrei seus ombros. Ele me olhou com um brilho divertido e tornou a me beijar. Droga, droga e droga! Inverti aquela posição e me levantei.
-- Para com isso!- falei ofegante, ele passou as mãos pelo rosto e subiu ela pelos seus cabelos, bagunçando apenas de um modo charmoso.
-- Você gostou.- me puxou de modo que eu cai em seu colo.
-- Adam!- tentei levantar, mas os braços a minha volta apenas me apertaram com mais força.-- Me solta!
-- Só depois que você aceitar sair comigo.- dei um gargalhada amarga.
-- Não!
-- Então, vamos ficar aqui até você dizer que sim.
-- Para com isso!
-- Posso ficar aqui até amanhã, tranco esta porta e até onde eu sei podemos dormir aqui nesse sofá.- falou baixinho fazendo questão de encostar seus lábios no meu pescoço. Apenas com o intuito de me ver arrepiar e me encolher contra seu corpo.-- Mal posso imaginar como é dormir abraçadinho contra seu corpo.
Suspirei quando sua mão percorreu minha coxa.
-- Mais você é muito atrevido,né!?- tentei me levantar mais ele sorriu com a minha tentativa falha.
-- Quero apenas um sim.- seu sorriso me causa arrepio.-- Sair comigo não pode ser assim tão ruim.
-- Pode até ser, mas vai que seus amigos aparecem por lá e dessa vez decidem me dar um tiro.- sua gargalhada foi alta dessa vez.
-- É só você não tentar defender ninguém.
-- E caso eu aceitei, onde você me levaria?
-- Não confia em mim?- retrucou e foi a minha vez de rir.
-- Não. Vai que você queira me estuprar, me matar e me deixar para morrer em um lugar longe da cidade.
-- Essa ideia me parece interessante, mas a ideia de te levar para jantar ou ir tomar um sorvete me parece mais agradável.- bufei e me deixei ser vencida.
-- Tudo bem, eu aceito.- seus braços me soltaram e eu olhei para o seu sorriso vitorioso e revirei os olhos.
-- Você fica tão linda assim,- corei.- com essa cara tentando me convencer de que esta brava e com a mão na cintura.
-- Deixa de ser idiota.- sai pisando com força no chão e fui procurar algo para fazer.
Se eu estava brava? Não. A ideia de sair com Adam me causou uma certa ansiedade e seu beijo me deixou ainda mais vulnerável. Se eu estava com medo? Sim, o modo como ele agia e o efeito que tinha sobre mim podia acabar mal. E poderia causar algo que nos fizesse ter uma grande decepção ou até mesmo uma dor desnecessária.

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Então o que acharam? Desculpa a demora, mas eu tenho mais duas fica em aberto ainda e as vezes me falta ideia.
Mais em fim se gostaram deixem seu voto, seu comentário e é claro recomendem. E se tiver alguma história deixe nos comentários que eu irei ler e recomendar em todas as minhas histórias.
Obrigada ")

Verdade ou Consequência? (TERMINADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora