Capítulo 25

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Adam pov.

    Eu não sabia o que dizer quando Clarice voltasse a si, ela ainda estava viajando. Eu podia sentir a raiva fluir pelas minhas veias , meu olhar alternava entre minhas armas na mesa e Clarice dormindo no quarto. Sebastian se concentrava nos explosivos caseiros, Jay observava tudo calado e no sofá estava o corpo jovem e sem vida.
      — Já sabe o que vai fazer? – aquelas palavras ecoaram em minha cabeça, se eu sabia o que ia fazer?
      — Não faço ideia, Larotcci passou dos limites.
      — Isso é suicídio!– Jay interveio.
      — Ele cavou a própria cova quando começou a mexer com as pessoas que eu amo. – continuei focado no que eu estava fazendo. Já não importava mais o que eu devia aquele gordo velho, estava na hora de encerrar o nosso contrato. — Eu sempre fui um imbecil, achei que conseguiria me safar desse buraco em que me enfiei sozinho, sempre acreditei que uma hora ou outra isso tudo se resolveria , mas não. Eu não ligava nem para mim mesmo até ela aparecer, desde o momento em que a vi parada no meu quarto, completamente assustada eu senti algo mexer em mim. Algo reviver.
         " E não sabia do que de tratava até me aproximar dela. Eu me apaixonei por ela, lamento cada coisa que eu a fiz passar. Mas isto foi a gota d'água, eu me afastei e me dediquei ao que ele me mandava fazer. – soquei a mesa quando senti meu peito explodir em raiva. — Chega de ordens de agora em diante. Estou nessa para sair livre, seja dentro de um caixão ou não. "
          Sebastian ouvia tudo calado, então assentiu. Pegou uma das minhas armas e colocou na cintura, seu sorriso idiota me dizia que ele estava nessa comigo . Jay então se levantou, observei calado ele pegar uma MP5 e algumas outras armas pequenas e colocar em sua cintura.
           — Não estou acostumado a ouvir um cara dizer que ama a garota que está comigo. – murmurou enquanto montava uma sniper. Observei calado sua maestria com a arma, parecia bem mais familiarizado com ela do que eu mesmo. — Não espero que isso mude algo entre nós, e sei que não vai. Mas estou com você apenas para igualar a balança, aquele filho da puta passou dos limites .
          Apenas assenti .
          — E quem vai ficar com elas?
          — Ligue para a polícia e peça para mandarem o tenente Levalle. – sorri. — Ele está no nosso rastro, vai saber o que está acontecendo aqui.– puxei o cartão do leilão e sorri. — Isso vai acabar com o hotel também.
          — E como vamos acabar com essa máfia?
          — Larotcci não espera que saibamos do seu plano imundo, nessas horas tenho total certeza de que ele está na farra com algumas pessoas. – eu definitivamente o conhecia bem demais. — Ele vai viajar em uma reunião com alguns russos, e é aí que vamos aparecer. Seu vôo vai sair às seis horas, temos apenas uma hora para chegar até seu jato e acabar com tudo.
         — Muito arriscado, Adam . – Sebastian estava certo, era realmente muito arriscado. — Ele vai estar cercado de seguranças e seu jato também não acredito que vão deixar ...
         — E quem disse que vocês vão até o jato? – ergui uma sobrancelha para ele. — Sebastian você vai com ele e explode tudo naquela bosta, garanta que nada fique em pé naquela merda. Eu vou até o jato, consigo me aproximar sem problemas . Larotcci é meu.
       

       

  Lavelle pov.

       — Tenente temos um chamado para o senhor, um jovem ligou disse que precisava de ajuda. Não disse mais nada apenas pediu a sua presença no local.
       Suspirei enquanto pegava meu distintivo.
       — Qual o local?
       — Avenida Winston Churchill.
       — Mandem uma viatura para lá. – ordenei.
      Que espécie de chamado era aquele? Eu estava completamente focado em outros crimes, mas algo sempre me distraia. Acelerei o carro e liguei a sirene até chegar no local.
      Se tratava de um bairro nobre, casal, alguns comércios, nada demais exceto alguns usuários de drogas que passavam pelo local.
       — Que diabos está acontecendo aqui? – me perguntei e observei o condomínio a minha frente .
        "LAVELLE"
       Era o que dizia na parede com letras grandes, fossem quem quer que seja me queria ali. Mas por que? Empunhei a arma e segui escada acima. Algumas moradores me olharam curiosos então apenas mandei saírem do prédio, então uma porta entreaberta chamou minha atenção. Já conseguia ouvir as sirenes da viatura se aproximando, o local parecia vazio, então empurrei a porta com cautela.
        Merda!
       — Central aqui é o Tenente Lavelle, preciso de paramédicos urgente! – pedi pelo rádio. Olhei para o corpo no sofá e lamentei, ao que tudo indicava já não havia mais pulso a algumas horas. — Preciso também dos legistas.
       — Clara.
       Resmungos vindos de outro cômodo chamaram minha atenção. Clarice estava deitada , seu corpo coberto por um lençol e ao que tudo indicava soro intravenoso em seu braço.
        " GRIND MOORE PALACE'S"

Verdade ou Consequência? (TERMINADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora