Clarice pov.
— Terra chamando, Clarice!– pisquei várias vezes até focar em minha irmã. A mesma estava deitada ao meu lado na grama do quintal. — Aonde você estava ?
— Estou um pouco exausta. – me sentei e olhei para aquela minha cópia perfeita. — As coisas ultimamente estão fora de controle.
— Eu sinto isso. – ela sorriu e segurou minha mão. — Quando eu estava com a mamãe , teve um garoto. Juan, ele...ele era dois anos mais velho que eu e a mamãe estava naquela fase em que nos culpava por tudo. – lembro-me bem desta fase, as brigas entre ela e o papai eram constantes quando isso acontecia. — E eu estava sozinha, a culpa era minha. Então eu o conheci e puxa, ele parecia ser aquele tipo de cara que nos atrai apenas pelo olhar. Mas enfim, resumindo toda a história. Ele e eu, você sabe, e logo no dia seguinte ele sumiu e a escola toda sabia o que estava rolando.
— Eu não imaginava, Clara. – suspirei. — Você nunca mais me ligou ou sequer me mandou uma mensagem.
— Não, você não entendeu. Ele espalhou tudo sobre mim, sobre a minha vida, sobre a nossa mãe depressiva. E quando todos viram fotos minhas, em ocasiões íntimas o mundo pareceu desabar por completo! – ela sorriu, e eu senti uma dor corroer meu peito. Não podia imaginar o quão ruim aquilo fora. — O que quer que esteja passando, saiba que eu estou aqui, que estamos juntas , e vamos enfrentar isso juntas. Somos irmãs lembra? – correu o dedo pela minha cicatriz.
Assentindo eu sorri, e então contei tudo desde o primeiro encontro com Adam e quando tudo desandou, a todo momento eu cuidava para que ninguém pudesse nos ouvir. Mas tinha que admitir que dividir todo aquele peso que eu carregava estava aliviando um pouco de toda a minha dor.
— Eu sabia que tinha algo escondido, eu sabia!– se jogou em meus braços e eu me senti aliviada — Estamos juntas nisso, maninha. E advinha só ? – levantei uma sobrancelha quando seu sorriso tornou-se medonho. — Eu tenho um amigo que pode nos ajudar.
— Como assim?Olhei para o campus da faculdade, tinha que admitir que não sabia que merda estaríamos fazendo ali. Me senti ainda mais perdida quando ela arrastou minha mão para o dormitório dos meninos. Vários sujeitos nos olharam curiosos, outros assoviaram.
— Ei gatinha, que tal uma ajudinha aqui? – disse um sujeito loiro com uma toalha de banho em torno da cintura.
— Nunca viu mulher não caralho!? – dentre toda aquela bagunça surgiu um sujeito magrela, seus cabelos pareciam não conhecer um shampoo a dias, a pele era oleosa porém sem nenhuma acne. E quando nos viu ele sorriu, exibindo dentes perfeitos. E por incrível que pareça, ele tinha uma certa beleza em si. — Gatinha, quanto tempo não te vejo!
— Jonny! – em um abraço apertado ele tirou minha irmã do chão , olhando em seguida para mim . — Jonny, esta é minha irmã .
— Prazer Jonny, sou a Clarice. – estendi a mão e ele riu, me puxando em seguida para um abraço .
— Jonny, precisamos da sua ajuda. – seu semblante brincalhão tornou-se sério .
— Gabarito de provas? – olhei pasma para Clara que deu de ombros.
— Algo muito mais grande que isso, ninguém além de nós podem saber do que se trata. Nem mesmo seu colega de quarto .
Ele assentiu. Cruzando os braços deu passagem para que entrarmos em seu quarto. Havia muita bagunça naquele cubículo, caixas de pizza, camas desorganizadas, roupas jogadas pelo chão, um quarto típico de um jovem. Ainda um pouco desajeitado ele recolheu algumas roupas do chão , e ajeitou um pouco de sua cama para que pudéssemos nos sentar.
— Vamos, me conte o que precisa de tanto sigilo assim. – indagou enquanto trancava a porta.
— Bom, lembra daquele seu tio delegado do qual me falou? – ele assentiu. — Precisamos que você consiga alguns arquivos dele.
— Como assim?
— Preciso que me ajude a descobrir tudo sobre Larotcci. – disse sem rodeios. — Quem é, de onde veio, com quem ele anda, quem trabalha pra ele, essas coisas.
— O senhor do " Braco Alemão ". – murmurou. — Meu tio fala muito sobre ele. – ergui uma sobrancelha. — Muitas mortes, crimes, sequestros, cometidos em seu nome.
— Acha que consegue? – não sabia se aquele plano da clara funcionaria, no entanto teria que pagar pra ver.
— Claro, gatinha.– sorriu .
Sorri nervosa, próximo passo era conversar e conseguir arrancar o que eu pudesse do Tenente Lavelle.Adam POV.
Meu sangue fervia a cada puxada que eu dava no gatilho, a cada coice que a pistola de aço cromado dava eu descarregava toda a minha frustração . Larotcci assistia a minha seção de tiros com atenção , afinal devia já que eu faria parte de sua proteção pessoal.
— Já chega! – gritou. — Ambos sabemos de seu potencial, Adam. Venha comigo!
Babaca, pensei.
Segui seus passos pelo corredor, minha vontade era de sacar aquela arma que ele carregava em sua cintura e estourar seus miolos ali mesmo. Mas era arriscado, haviam muitos seguranças naquele lado da mansão, havia muitos "carregamentos" que precisavam ser protegidos.
— Agora que faz parte da minha segurança se livre deste trapos, gosto que meus seguranças andem bem vestidos, mas antes descanse e aproveite. – ergui as sobrancelhas.
Com apenas um gesto ele encheu aquele ambiente com mulheres, sorrindo enquanto puxava duas para seu "divertimento". Morenas, ruivas, loiras, asiáticas , negras entre várias outras mulheres, todas lindas. Com seu atrativo em especial. Sorri para a loira a minha frente, curvas sedutoras , coxas roliças .
— Temos um trabalho a frente, dona. – caminhei até ela puxando-a para um beijo. Logo outra morena se juntou a nós , logo as outras mulheres saíram nos deixando a sós . — Quem vai primeiro?
A morena sorriu sugestiva então a puxei para mim já despindo a pouca roupa que usava , enquanto a loira me acariciava a procura de atenção . Eu tinha que voltar a ativa, tinha que encontrar meu eixo novamente, Clarice não me pertencia. Fiz questão de bloqueá-la em meus pensamentos , me dediquei unicamente ao trabalho de acariciar a morena a minha frente . Afastei o suficiente apenas para tirar a camisa, antes de jogá-la na cama.
Avancei sobre ela percorrendo todo o seu corpo com a boca, minhas mãos percorriam inquietas cada pedaço do seu corpo. Apertando cada pedaço de pele, estava sendo mais bruto do que planejara. Mas ainda sim ela sorria, rebolava, gemia em resposta. Seios fartos pediam atenção, e foi o que eu dei, suas costas arquearam em resposta a cada mordida, a cada sugada, a cada pincelada que meus dedos davam. Sorrindo a loira iniciou um processo de se despir, com um único gesto a mandei para fora do quarto. Queria aquela morena, só ela.
Quando sua cintura se arqueou eu me afastei e me livrei de toda aquela roupa que me restava.
— Acho que deve ser o melhor cara que temos aqui até o momento. – revirei os olhos, ela não precisava me bajular, não precisava falar.
Puxei a carteira do meu bolso apenas para pegar o preservativo e entreguei a ela. Me sentei e observei enquanto ela , rasgava o invólucro prata e encaixava a camisinha sobre meu membro com a boca. Aquilo não era real, a sensação rasgou meu peito por dentro.
— De quatro. – disse com a voz rouca. — Agora!
Acariciei aquele traseiro empinado na minha frente, o olhar safado a minha espera mais a frente. Estalei um tapa em seu traseiro e o grito que ouvi me fez rir, a penetrei lentamente e a cada estocada senti uma ânsia crescer em mim. Gemidos ecoavam pelo quarto, não havia prazer. Juntei seus cabelos com a mão e os puxei para trás , aquele era pra ser meu ponto de alívio nada mais que isso.
Outro tapa e ela gemeu ainda mais alto. Mais forte, mais rápido, mais e mais, segui aquele ritmo frenético e sorri quando a vi morder o lençol. Senti toda aquela úmidade se apertar levemente então aumentei o ritmo, meu peito parecia se comprimir cada vez mais, o ar estava pesado. Então me liberei por completo, meu gemido saiu rouco junto ao dela.
Me joguei na cama exausto e ofegante. Fechei os olhos e tudo o que eu vi era a Clarice, nua sorrindo enquanto tentava estar no controle. Aquela noite perfeita, seu corpo nu, seu gemido em meu ouvido, sua voz me pedindo mais .
— Minha vez.
— Sai daqui! – Rosnei e logo a morena abandonou o quarto bufando enquanto recolhi suas roupas.
Olhei pelo quarto até encontrar uma toalha para cobrir a cintura . Mas o que encontrei foi pior, saquei a pistola da gaveta e engatilhei. Não aguentava ver o que eu havia me tornado, o quão sujo e enfiado na merda eu estava.
— Espero que esteja satisfeito consigo mesmo. – murmurei antes de efetuar dois disparos que estilhaçaram o espelho por todo o quarto. — Eu te odeio!
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Verdade ou Consequência? (TERMINADA)
FanfictionMuitas vezes um jogo pode passar dos limite e a verdade pode ter mais consequências que o suportável. Eai! Verdade ou Consequência? Leiam também a sequência, Silencie . *.*