Capítulo 8

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-- Você está bem?
Fui abordada na saída da escola. Finalmente estava nas últimas semanas de escola, nã
o precisava ir já que minhas notas estavam excelentes. Mas mesmo assim, queria distrair a minha mente, parar de imaginar minha mãe com doenças inimagináveis. Olhei para Adam que caminhava ao meu lado com as mãos nos bolsos.
-- To ótima.- seca demais.
-- Não parece.- deu de ombros.
-- To bem.- fui um pouco mais educada.
-- E por quê ta fugindo de mim?- realmente eu estava caminhando mais apressada do que o normal.
-- Não estou fugindo, só quero ficar sozinha.- retruquei.
Atravessei a rua as pressas, estava ficando incomodada com a presença dele ao meu lado, não queria e não podia ser grossa com ele. Mas Clara não saia da minha cabeça, ela sempre foi uma pessoa fraca emocionalmente, não tinha força para segurar a barra. Se minha mãe estivesse doente tinha certeza que ela estava chorando em algum canto da casa ou quem sabe, fazendo coisas que não devia.
Ela não tinha esses costumes bestas e ridículos de se cortar, ou como ela mesmo dizia 'No dia em que eu quiser me matar, eu estraçalho minha garganta. Não sou trouxa.', mas antes da separação dos nossos pais. Fiquei sabendo que ela estava se envolvendo com um garoto não muito bom, mas e dai? Eu estou com Adam, não? Eu consigo suportar a dor e sofrer como todo mundo,mas ela não.
-- Vai ficar me seguindo?- me virei abruptamente para ele.
-- Ei calminha, só fiquei preocupado. Se não quer minha companhia que se foda.-falou irritado levantando as mãos.
Fiquei em silêncio enquanto ele se afastava, encaixei meus fones nos ouvido e continuei meu caminho. Milhões de imagens se passavam em minha cabeça, e a cada imagem meu peito se apertava cada vez mais, minha respiração estava entrecortada. Fechei os olhos e senti meu peito dislacerar. Lágrimas corriam em meu rosto e não sei explicar se era nossa ligação fraternal, mas Clara veio em meu pensamentos.
-- Clara.- sussurrei e disparei em correr pelas ruas. Aquela aflição parecia tomar mais e mais força, avistei minha casa e um carro na frente dela. Corri ainda mais rápido, assim que entrei ela estava lá, sentada no sofá com o rosto um pouco triste e um sorriso forçado. Os cabelos claros agora continham mechas coloridas e corte um pouco rebelde, os olhos continuavam verdes e o corpo estava quase tão perfeito quanto o meu. Sorri e sequei minhas lágrimas, e caminhei até ela jogando minha mochila no chão em qualquer lugar. Assim que me viu se levantou, e me joguei em seus braços. Me senti bem, sabia que ela ficaria bem, estávamos juntas, eu não a abandonaria.
-- Senti tanta a sua falta.- murmurou. Sorri e me afastei.
-- Eu também.- sorri. Era como me olhar no espelho, ela era meu espelho, o espelho da minha alma. E eu da sua.-- Sabia que você estaria aqui.
-- Sim, mas...a mamãe...- gelei.-- Ela viajou para Londres, um médico sei lá do que vai ajudá-la.
-- E o que ela tem?- meu pai perguntou.
-- Ela não me disse,pai. Ela só... Viajo e me mandou pra cá.
Por mais que me preocupasse o fato de que minha mãe não havia revelado para suas filhas o motivo de sua doença. Mas eu tinha que ser forte e ajudar Clara a ser forte, para o bem e para o mal, o que viesse futuramente.
-- Vêm!- puxei sua mão e ao passar pelo meu pai dei lhe um beijo no rosto.-- Temos que por o papo em dia.

Adam pov.

Acelerei a moto, sem sair do lugar e uma marca preta e o cheiro de pneu queimado surgiu. A galera riu. Clarice que se foda, não me interessa nem um pouco o que estava acontecendo, eu sei que isto esta me incomodando. Sabia que devia ter dito não quando ela se despiu na minha frente, revelando um corpo perfeito. Eu tive tempo de recuar, mas não o fiz. Avancei sobre ela com voracidade e um pouco mais brutal do que pretendia. Não tenho tempos para contos de fadas, muito menos romance. Ela foi uma exceção. A única exceção, ah merda.
-- Adam, Carlos já chegou.- avisou Sebastian.
Desci da moto e observei a roda que se formou, dinheiro era entregado para uma loira, muito gostosa por sinal, e suas fichas eram entregues. Retirei minha camisa e comecei a saltitar no mesmo lugar , apenas para aquecer o corpo. Carlos, era um homem careca com tatuagens pela cabeça, devia pesar o dobro do meu peso. Mas, eu tinha a vantagem, era ágil, e não importa a força com que o soco e lançado e sim a velocidade.
-- Façam suas apostas.- a loira disse e piscou pra mim.-- Apostem no melhor.
-- Acaba com ele, Adam.- Sebastian disse rindo. Ele me conhecia muito bem.
Cada passo que eu dava era sempre com o contato visual firme, ele começou a aquecer o lado esquerdo do corpo, o golpe viria daquelee lado. Olhei para sua perna e sorri.
-- Vou acabar com você sua puta!- provocou.
-- Já ouvi isso antes.- sorri presunçoso. Seu punho se levantou e ele deferiu um golpe em minha direção, desviei. Outro que eu não previa, um chute nas costelas, perdi o ar, mas me mantive firme. Deferi uma serie de chutes e socos para mantê-lo longe enquanto me recuperava.
-- Acaba com ele, Carlos!- gritavam.
A loira continuava gritando eufórica pelo meu nome, e eu sorria. Um soco no maxilar me deixou um pouco zonzo. Outro soco e eu recuei, tinha que revidar, chutei sua perna esquerda e como eu imaginei ele uivou de dor. Um soco no nariz e o sangue explodiu espirrando em meu rosto e em meu corpo, e ainda assim ele estava de pé.
Algum babaca decidiu ligar o som de algum carro, e tinha que admitir que a música me motivou ainda mais. Lembrei de Clarice cantarolando a música enquanto limpava a vitrine, seu sorriso e o modo como se movia, como me tratava. Ela não tinha medo de mim, e era tão fácil ser eu uuandoe ela estava por perto.
'This is not the end, this is not the beginning', comecei a cantarolar a música do Linkin Park, Waiting For The End. Levantei o punho e novamente, o atingi na boca. Ele recuou um passo cambaleante, um chute na parte mais de trás do joelho. Agora sua perna estava mais fraca, sorri ainda mais.
-- Hora de dormir, puta!- gritei dando ênfase na última palavra, enquanto atingia seu rosto com um chute preciso. O sujeito caiu no chão e eu me virei, erguendo os braços, me sentindo um vencedor.
Sebastian veio ao meu lado e ergueu minha mão, lutas de ruas são proibidas, mas dão um belo dinheiro. A loira sorriu maliciosa, caminhei em sua direção e agarrei sua cintura, puxando-a para um beijo mais que selvagem.

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Leiam todos ,votem, comentem e recomendem! Todas estão de parabéns! Escrita perfeita, história emocionante e muito envolvente. Espero mais capítulo de Minha Nova Vida!!!!!
X. O. X. O até breve!!!

Verdade ou Consequência? (TERMINADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora