Capítulo CINCO: Nosso tour merece cinco estrelas (Só que não)

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RICK

OK.
Meu dia estava totalmente ótimo, até saber do sequestro de Amy.
Foi um abalo para mim.
Semana passada eu até consegui roubar um beijo dela. E no dia em que encontrei pistas sobre o meu pai ela me fez prometer que eu não iria até à Floresta Maldita atrás dele. Mas ela não falou nada sobre ir atrás dela.

Mas vamos ao que interessa...
Eu olhei para trás e vi os pássaros na nossa direção. Quando a porta do elevador se fechou eu escutei barulhos de pancadas e arranhões nos metais.

- Por que não estamos indo? - Disse Makoto enquanto limpava os óculos, seu segundo óculos só naquele dia.
- Não podemos partir! - Disse o homem fardado da S.O.S. e no peito direito tinha um crachá escrito Fred.
- Os hoopoes podem entrar antes que a cabine se feche...
Eu fiz um Time com a mão.
- Desculpe mas, hoopo... o quê?
- Hoopoes! - Corrigiu-me Makoto. - São pássaros mitológicos, eu li sobre eles mas... eles não parecem nem um pouco com um hoopoe!
- Você não faz nem ideia de quantos tipos deles existem, mini-nerd! - Disse Fred com uma careta.

- Isso não importa! - Interrompeu Yllana. - Chega de Wikipédia por hoje! O que eu quero saber é de como matamos eles já que estamos aqui?

Um plano começou a se formar em minha mente. O que era bem estranho, pois eu nem sabia que tinha mente.

- Makoto, - Eu comecei. - você disse que esses houpei...
- Hoopoes. - Traduziu Makoto batendo com sua mão na cabeça. Mas logo se arrependeu pois deixou cair os óculos.

- Que seja! - Continuei. - Você disse que são resistentes ao fogo.

- Era o que parece.

Yllana empurrou Makoto para o lado.

- Já sei onde quer chegar... talvez, nem funcione!

- Pelo menos, vale apenas tentar! — Respondi.

Nessa hora eu estalei meus os dedos, ouvimos uma explosão ensurdecedora do lado de fora.
Quando o barulho cessou, Fred disse:
- O que foi isso?

- Isso, meu amigo - Eu respondi. -, é o poder do fogo!

- Agora... - Makoto disse e tampou a minha boca, como se soubesse que eu ia falar mais besteiras. - Podemos ir?

Fred apertou o botão descer do elevador. Neste momento eu senti um frio na barriga.
A que velocidade estávamos, eu não tinha certeza, só sei que esse elevador estava muito rápido.

***
Eu nunca, na minha vida, tinha visitado a GRAN S.O.S.
Mas o que estava vendo agora nem chegava aos pés da S.O.S. principal.
Ao abrir as portas, nos deparamos com alguém que não víamos há muito tempo.

- Tio Allechandro? - Eu disse.
- Não, - Ele reclamou. - quantas vezes eu vou ter de falar? É Alexander! E... eu não sou seu tio.

- Eu sei! - Respondi. - Mas é muito bom te ver.

- Vamos entrando e sintam-se à vontade.

- Humph! - Reclamou Fred. - Com esse bando de pirralho ninguém vai se sentir à vontade!

- O que você disse? - Yllana desembainhou uma faca e colocou sobre o pescoço de Fred que não se importou nem um pouco. Ela detestava ser chamada de pirralha.

- Foi isso mesmo o que você ouviu garotinha!

- Quantos anos você tem e há quanto tempo você trabalha aqui? - Exigiu Yllana.

- Tenho cinquenta e sete anos e mês que vem completo trinta e três anos de serviço!

- Pois bem... - Ela leu o distintivo dele.- Fred, você está falando com uma garota que acaba de completar cento e doze anos. Então você está falando com alguém que é cinquenta e cinco anos mais velha que você. Então... - Ela apertou a faca mais para o fundo da garganta. E eu estava gostando disso.

- Me desculpe Senhora! - Disse Fred.
- Não exagere!
- Eu disse senhora? Eu quis dizer senhorita!
- Pois bem! - Eu falei antes que aconteça alguma coisa com o pobre do Fred que já estava suando.
- Vamos continuar! Eu estou doido para conhecer este lugar.

***
A S.O.S. era coberta por metal brilhante que chamava a minha atenção. Vigas de metal sustentavam o teto fazendo o local parecer um coliseu.
Os corredores estavam cheios de agentes.
Sem querer eu esbarrei em um garoto ruivo que tinha aproximadamente dezesseis anos.

- Me des-culpe! - Ele falou gaguejando.

- Este é Thomas! - Disse o Tio Alexander. - Ele ouviu muito sobre vocês três e ele adoraria algum dia se tornar um Strates.

- Que gozado... - Eu cochichei para o Makoto. - Quem mesmo inventou o nome dessa equipe?

Makoto deu de ombros.
Eu olhei para aquele garoto.
Seu rosto possuía cortes e vermelho de vergonha.
Ele parecia... bem, comigo quando... conheci Jacob, que foi muito importante para mim antes de eu ter matado ele (longa história).

Continuamos andando. E vimos a sala de treinamento.
Era quase igual a nossa, a única diferença era que essa possuía efeitos de hologramas para fazer inimigos que te atacam. Passamos por muitos corredores e vimos câmeras de seguranças com sensores de calor e imagino como eles estão me enxergando, com certeza totalmente vermelho. Pegamos cinco elevadores até chegar em uma porta que em cima está escrito saída de emergência.

- O portal está lá? - Perguntou Makoto.

- Não um portal. - Respondeu o Tio. - Mas um transportador. Aquela área possui um tipo de ligação com a Floresta Maldita que transporta você automaticamente para lá.
Já procuramos vários meios de desfazer essa conexão mas essa pessoa precisa estar do outro lado para fecha-lo. Muitos vão mas, poucos voltam. Tomem muito cuidado quando...

Nós fomos interrompidos por alguns agentes que carregavam grandes bolsas.

- Chefe, encontramos isso. - disse um deles que abriu a bolsa.

- Nossas armas! - Exclamou Makoto. - Como...
- Não importa! - interrompeu o Tio. - peguem o que precisam e vão logo!

Eu peguei minha Samurai, armas e munições. Makoto pegou sua enorme espada e Yllana pegou suas pistolas com balas infinitas (outra longa história).

Quando a porta foi aberta, neve cobriu meus olhos.
Caminhamos por cem metros até que chegássemos em uma área que mais à frente uma luz vermelha pairava.

Não demorou muito até sermos atacados por um deon. Se você não sabe o que é deon, é porque teve uma infância feliz. Eles são altos, pele bem branca que mau dava para enxergar pela neve. Eles não possuem olhos, apenas uma expressão de assassinos e uma bocarra tão grande que deveriam ser considerados filhos do Coringa. Eles são cegos, mas eles procuram qualquer tipo de medo, eles se movimentam de jeito sorrateiro e é impossível escutar um deon chegar.

Ele não nos atacou apenas sumiu de repente.
O que me surpreendeu foi um cavaleiro montado em um cavalo de cores preto e crinas brancas. O cavaleiro tinha um capuz que cobria parte do rosto, o que era impossível de ver, ele tinha uma armadura de couro que estava gravado um brasão de um arco e uma flecha, símbolos de poder em Sandora.

Ele se equipou de um arco que apareceu na sua mão do nada. Não foi difícil se esquivar daquela flecha.
Todos corremos atrás dele, mas neste momento, tudo ao nosso redor ficou preto e tudo que me lembro é de ter esbarrado em Yllana antes de desmaiar.

Então, gostaram?

Me desculpem pelo atraso para postar este capítulo, é que eu fiquei sem internet. :(
Fiquem livres para votar e comentar. Vou fazer de tudo para que semana que vem o próximo capítulo saia.
Tchau...!!!! ;)

A Floresta Maldita - LIVRO UM (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora