Capítulo QUATORZE: A mulher de cabelos ruivos

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YLLANA

- Quem está aí? - Perguntou Makoto.
Nós paramos, olhei para trás mas vi que ninguém nos seguia. O que aconteceu com os guardas e os ghouls era tão horrível quanto pica-paus infernais.
Eles estavam derretendo, simplesmente. Era como se eles virassem líquido fervente na minha frente. A pele deles soltavam bolhas e estouravam, seus gritos saíam como gemidos sufocantes e foi se esvaecendo, seus ossos e órgãos internos apareciam e depois mergulhavam na possa de larva. Depois que todos eles se foram, tudo o que sobrou foi algumas armas derretidas e pelo menos meia dúzia de ossos cremados.

- Pelos Torres! - Exclamou Makoto segurando um grito.

- Ah! As Torres. - Afirmou aquela voz, só que dessa vez, mais perto. - Aqueles malditos "Setes", senhores dos três reinos e guardião de todos os segredos que acontecem neles: em Sandora, Omeriun e Umanion.

De repente, duas chamas caíram do alto das árvores em nossa direção. Uma seguiu na direção de Makoto que rolou para o lado e se desviou, outra veio em minha direção, que consegui rebater com a minha espada- coisa que nem sabia que dava para fazer- e ele voltou para o lugar de onde veio, mas ao atingir certa altura ele sumiu.
- Só um covarde se esconde! - Eu gritei.
- Sabe, eu ia ser um dos Sete. - Disse de volta a voz da mulher ignorando a minha opinião. - Mas eles achavam que eu era muito perigosa, que meus poderes seriam muito problemáticos, que eu tinha um coração muito ruim e puxei ao meu pai.

Mais jatos de fogo vieram em nossa direção, de todos os lugares fazendo com que seja difícil localizá-la. Eu consegui me desviar de três chamas, mas uma acertou a mim e Makoto fazendo com que nós dois caíssemos no chão.
- Então você foi condenada e presa! - Disse Makoto e enquanto se levantava, puxou uma espécie de faca com a ponta com uma bolota redonda e vermelha. - Eu conheço essa história.
- História!? - Exclamou a mulher de volta, mas a voz saiam de todos os lugares. - É isso o que eles chamam agora, história? Isso é tão verdadeiro quanto uma história garoto!
- Eu sei quem é você. - Continuou Makoto mantendo a sua postura reta e a faca escondida no bolso. - Eles prenderam você porque disseram que era perigosa assim como o seu pai. Como era mesmo seu nome? Inácia?
- Anastácia! - Ela rosnou.
Makoto focou seu olhar em uma árvore à sua direita.
- Bom, - Continuou Anastácia em um tom mais calmo. - Pelo menos alguém ainda me conhece. Meu pai não era um dos melhores mas, não foi por causa dele que me prenderam. E na parte de eu ser perigosa, talvez eles tenham...
Neste momento uma árvore explodiu e também notei que Makoto estava sem a sua faca. E com um gritinho agudo, uma mulher de cabelos vermelhos caiu na nossa frente.
- Você ganhou suas armas junto com a armadura, como você sabia que a faca explodia? - Perguntei à Makoto.
Ele fez um dos seus sorrisos de sabichão e deu de ombros.
- Intuição...?
- Basta! - Gritou Anastácia que agora se recuperou da queda.
Assim que eu a vi por completo, o meu primeiro pensamento foi: "Por Sandora, ela precisa de lentes de contato!"
Seus olhos eram vermelhos tão intensos que pareciam sangues. Até aí, normal, já vi muitos vilões com olhos assim, principalmente vampiros. Mas dentro deles, várias almas rodavam e se contorciam como se vivessem o dia de sua morte.
Sua roupa era um pouco larga. Ela vestia uma camisa preta com estampas de folhas vermelhas e com mangas grandes que cobriam até as suas mãos. Parte dos seios dela ficavam à mostra, de três em três segundos ela levantava a camisa e se ela esquecesse de levantar, seus ombros seguravam como se ficasse preso à roupa e se não fosse por isso... Bom, eu vou deixar o resto para a sua imaginação. Ela também vestia uma saia vermelha estampada de flores azuis e,por sorte, ela estava com sua roupa de baixo pois, a frente da saia era curto com apenas quatro dedos até a cintura, a parte de trás era grande e chegava aos seus pés. Suas botas vermelhas - o que era a coisa mais linda do mundo - brilhavam com o reflexo do sol.
Com certeza, se Rick à enfrentasse, ele já ficaria distraído e agiria como um bobo contra ela, mesmo que ele seja o único capaz de combatê-la, já que seus poderes são compatíveis (Menos o de transformar monstros em possas de lavas).
Mas Makoto era mais responsável, então sabia que ele não teria nenhum problema na luta.

- Não me ignorem! - Gritou Anastácia com suas mãos ardendo em chamas. - E não me interrompam enquanto estiver...
Makoto lançou outra faca na direção dela que acertou em cheio fazendo-a voar longe.
- Você fala de mais! - Reclamou Makoto.
- Garoto! Você está abusando da sorte! - Anastácia se levantou e tive um arrependimento de olhar em seus olhos. Eu tive visões de todas as mortes que ela cometeu. Via membros sendo fraturados, pessoas sendo queimadas vivas e a mais nova acrescentada agora, os guardas ghouls derretendo no fogo.
Pisquei forte para espantar as visões e me concentrei em algo além dos seus olhos, resolvi me concentrar no seu pequeno e arrebitado nariz.
- Você conhece a minha história, não é? - Perguntou ela.
- Então agora é uma história? - Disse Makoto - Pensei que tinha dito que era...
Tão rápido quanto Anastácia sumiu, ela atacou Makoto. Seu ataque foi tão forte que ele foi longe até bater de cabeça em uma árvore.
- Ai! - Resmungou ele.
Antes que eu pudesse sequer ajuda-lo, Anastácia investiu contra mim.

Eu cortei o ar com a minha espada esperando que ela se afastasse, mas parece que isso não funciona do mesmo jeito do que nos monstros e eu não queria morrer de uma entidade do fogo que quase virou uma Torre por dois motivos:
1°- Eu não queria virar uma de suas visões para que algum outro pobre coitado a encontre e me veja nela.
2°- Eu morreria de vergonha se Rick descobrisse que eu fui morta por fogo, ele iria me procura em cada canto do submundo e gritar "Há, toma essa!".
Ela apenas continuou vindo em minha direção. Com medo eu fechei meus olhos e estiquei minha mão esquerda para frente esperando que ela parasse. De repente, senti um formigamento e um "bum" horrível ecoou na minha frente. Quando abri os olhos, um buraco enorme estava no lugar onde se encontrava Anastácia. Mas agora eu não a via em lugar algum. Eu olhei para minha mão e notei que ela estava brilhando e quando a luz se apagou, meus dedos soltavam fumaça.
- Essa foi boa! - Exclamou Makoto vindo na minha direção. - Como você fez isso?
Eu dei de ombros. Eu espero que, pelo menos, aquela louca tenha sido vaporizada. Mas pelo azar que tenho a voz de Anastácia soou a quilômetros:
- Tenho que admitir, - Disse ela e caiu de pé na nossa frente com um sorriso maléfico. - isso foi surpreendente!

Então, estão ansiosos pelo que vai acontecer com Yllana e Makoto.
Isso e muito mais vocês vão descobrir no próximo capítulo.
Gostaram do desenho? Foi eu que fiz!
Tchau!!! ;)

A Floresta Maldita - LIVRO UM (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora