Capítulo DEZOITO: Batalha Épica!

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RICK

— Você não sabia, Yllana? — Disse eu. — Lucy Simonds, é minha irmã.
— Não, eu não sabia. — Respondeu ela, confusa. — E quero uma explicação, agora!
Meu pai olhou para a Yllana por um pequeno período e começou a dar uma pequena risada, que depois foi se estendendo até ele não conseguir mais se segurar.
— Yllana! — Eu brinquei. — Eu já não disse que você tem que esconder essa sua cara? Ela pode desconcentrar qualquer um...
Depois disso ela me deu um soco, fazendo eu me calar neste momento. E assim, acabamos discutindo assuntos que não tinha nada à ver, enquanto meu pai ficava lá, assistindo e rindo como se fosse uma peça de teatro humorística.
Paramos de gritar um com o outro e nos viramos para ele, que ainda se contorcia em gargalhadas.
— Por acaso estamos em um circo? — Perguntou Yllana.
Meu pai parou de rir, respirou fundo e disse:
— Vocês nunca mudaram. — Ele olhou para Yllana. — Na verdade, eu não estou realmente vivo. Eu ainda existo, mas estou em um estado bastante frágil, tudo isso aqui ao nosso redor é uma ilusão, incluindo eu.
Olhei para ele zangado.
— Como assim uma ilusão? — Olhei para Lucy que estava apenas nos olhando. — Eu pensei que somente este lugar não fosse real.
— Como ele disse, papai está em um momento frágil. — Lucy flutuou até o lado de meu pai. — Ele está usando suas últimas forças para se comunicar conosco.
— Isso quer dizer que...
— Quer dizer que eu só tenho tempo de lhe dar mais alguns presentes. — meu pai me interrompeu.
— Então foi mesmo você que nos deu estas roupas e nossas armas? — Yllana mostrou a Tenebris para nós.
Ele assentiu.
— E ainda tenho mais algo para dar à vocês. Primeiro... — Ele parou ao meu lado e esticou suas mãos. — Meu filho, eu lhe dou a ultima lâmina dos Simonds. — Assim que ele disse isso, na minha cintura apareceu um cinto e amarrado à ele, na parte traseira de minhas costas, duas pequenas espadas estavam lá. Eu retirei as lâminas vermelhas e reconheci no mesmo momento qual arma estava segurando.
— Blood's Fenix. — Eu lembrei. — A ultima lâmina feita por um Simonds na grande guerra. Feita com cada lágrima e cada brasa da Fênix.

— E agora é seu! — Respondeu ele.

— Queria que Makoto estivesse aqui. — Disse suspirando.
Meu pai estalou os dedos.
— Acabei de deixar um presentinho pra ele. A quarta lâmina. — Ele se virou para Yllana. — Eu já lhe entreguei a Tenebris antes pois eu vi que você precisava dela. Por isso não tenho mais o que lhe entregar. Mas lembre-se que estas espadas não estão evoluídas.
— Por que não? — Quis saber.
— O poder que essas armas possuem são enormes, por isso só usem o poder total quando estiverem realmente precisando.
Nós assentimos.
— Mais uma coisa, Rick! — Ele estalou os dedos mais uma vez e duas correntes se enrolaram em meus braços e sumiram.
— Essas são as correntes da prisão de Fênix. — Quando ele disse isso, senti meu din se remexer dentro de mim desconfortável.
— Pelo jeito não é uma coisa boa. — Resmunguei.
— Não mesmo, elas são as correntes feitas para aprisionar a fênix, mas é uma boa arma: forte, resistente e inquebrável. Só não esqueça de retirá-la das sombras quando for usar.
Eu fiquei confuso com isso.
— Do que está falando? — Perguntei.
— Do poder hereditário de nossa família. Um deles é o fogo e outro é a viagem das sombras e também podemos guardar nossos itens lá.
Eu não sabia que eu podia fazer isso, mas eu tentei invocar as correntes e uma fumaça negra apareceu pairando na minha mão e as correntes apareceram através dela. Mas o estranho era que eu nem tocava na fumaça, ela simplesmente flutuava na minha mão como se fosse um portal para as correntes da prisão de Fênix. Yllana tentou puxá-la, mas era como se estivesse bem presa.
— Eu também posso guardar coisas lá? — Perguntei. — E pessoas também?
— Sim! — Ele respondeu. — Mas eu não acho que você deva guardar pessoas. Aliás, eu sempre estou de olho em suas missões e o Sr. Awdrey e seu exército ainda estão nas suas sombras.
— Coitadinho! — Brincou Yllana. — As sombras de Rick deve ser vazio, solitário e sujo!
Eu a empurrei de leve, depois tentei guardar a minha espada nas sombras, mas em vez de ela sumir como poeira negra, ela simplesmente pegou fogo antes de ser enviada para lá. Olhei para meu pai.
— É só isso? — Perguntei. — Você apareceu para nós só para nos entregar armas? Pois a missão de resgatar a Amy já foi cumprida.
Ele negou.
— Eu preciso de dois favores. Primeiro: quero que vocês destruam Baltazar, seu plano é de ressuscitar a Havena, ou propriamente dito, a "Dama de Vermelho".
— E qual o seu segundo favor? — Yllana perguntou.
Ele suspirou.
— Quero que vocês destruam esta caverna.
Nós ficamos surpresos, até mesmo Lucy parecia louca com isso.
— Não podemos fazer isto pai! — Implorou Lucy. — Sabemos que o senhor criou esta ilusão para poder permanecer aqui. Se ela for destruída...
— Eu Sei! — Interrompeu ele. — Mas eu já estou desaparecendo.
Ao dizer isto, pude notar que sua cor estava mais fraca, como se estivesse sumindo.
— Onde você está? — Quis saber. — Se isto é uma ilusão, então onde está você de verdade?
Ele olhou para mim e pude ver que ele estava mais transparente.
— É complicado! Eu não posso simplesmente...
Ele foi interrompido por latidos muito fortes vindo do lado de fora.
— É o Jacob! — Gritou meu pai. — Vocês precisam ir e destruir Baltazar...
Ele sumiu, dessa vez meu pai, que à muito tempo eu procurava por ele, mais uma vez o perdi de vista.
Mesmo em lágrimas me concentrei nos uivos depois olhei para Yllana e para Lucy.
— Vão embora! — Ordenei. — Encontrem Amy e Makoto e os levem para o castelo.
— Mas, e você? — Perguntou Lucy, mas Yllana tocou seu braço.
— Ele vai ficar bem! Precisamos avisar Makoto.
E assim, as duas partiram nas sombras enquanto eu fiquei lá, cara a cara com dois lobos negros somente ouvindo os pensamentos deles (sim, eu ouço os pensamentos de animais também e essa habilidade é horrível quando se passa por um abatedouro).
Olha só, é o garoto do fogo! Pensou o lobo da direita. Eu retirei minhas novas espadas das sombras.
Nós adoramos fogo! Pensou o lobo da esquerda.
— Se vocês adoram o fogo, vocês poderiam ir para a minha casa. Sabe, eu posso cuidar de vocês!
Nós adoraríamos, mas enquanto o nosso mestre viver não temos escolha a não ser obedecê-lo.
— E quem é o seu mestre?
— Quem você acha que é? — Disse Jacob, que apareceu atrás dos lobos das trevas. — Olá, velho amigo!
— Amigo? — Gritei. — Você é um traidor!
— A traição só acontece quando mentimos para nós mesmo...
Eu ergui minhas lâminas fazendo-o se calar.
— Não me encha com seus haicais!
Ele hesitou.
— Tome cuidado, você não quer ter uma luta aqui! Saiba que este lugar está bem frágil...
Eu ergui minha espada para cima com a ponta virada para baixo e a incendiei.
— O que está fazendo? — Exigiu ele.
— Cumprindo um favor de meu pai.— Eu respondi.
Neste momento eu atingi as espadas contra o solo, que afundou um pouco e explodiu.
Todos nós caímos em queda livre, Jacob e eu, menos os lobos que sumiram do nada. A caverna sumiu como se nunca existisse. Eu vi Jacob ao meu lado, eu invoquei a corrente em minha mão direita e puxei ele para perto de mim. Começamos uma briga aérea, comecei a soca-lo, que também se defendia e me atacava. Ele me jogou contra a montanha, mas eu consegui puxá-lo novamente com a corrente e arrastei seu corpo nas pedras, até que antes de chegarmos perto das árvores, eu o soltei fazendo ele cair primeiro. Enquanto eu lancei as correntes em uma árvore aliviando a minha queda e depois consegui aterrissar sem nenhum problema.
***                                            

A Floresta Maldita - LIVRO UM (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora