Capítulo VINTE E DOIS: Rick Simonds Vs Baltazar

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RICK

Lucy e eu voamos até o topo do castelo e ao chegarmos lá, justo quem estávamos procurando era quem achamos.
— Você é o Simonds que matou a minha filha? — Perguntou ele retirando o seu capuz, revelando um rosto coberto com metade de uma máscara de um deon da luz. — Não me parece grande coisa.
A minha resposta, é claro que seria uma ameaça.
— Assim que eu incendiar a sua cara iremos ver se não sou grande coisa! Na verdade, você não me parece grande coisa.
O sorriso de Baltazar aumentou nem fazendo diferença da máscara. Seus olhos possuía duas listras pretas e seu cabelo era cinza como o meu. Algo naquele homem me parecia familiar, mas não sei o que.
— Eu tenho os meus truques. — Ele redirecionou o seu olhar para Lucy. — Você, a filha de minha esposa. Eu não pretendo lutar com você.
Eu olhei para ela. O que Baltazar disse confirmava o que suas filhas falaram.
— Você quer meu sangue... — Continuei. — Por quê?
Ele riu alto, porém, parecia que ele estava engasgado.
— Não é para mim, mas é para a minha amada Havena.
— Oh! Então você quer a sua Cara-metade? — Brinquei esperando com que ele entenda o trocadilho.
— Tudo o que tenho que descobrir é onde está a tumba de Havena, assim com o seu sangue...
— Você irá ressuscita-la? — Acrescentou Lucy. — Sabia que trazer a minha mãe de volta seria trazer a destruição de Sandora? Eu sei que você não é vilão, apenas age por amor mas...
Baltazar rosnou.
— Acha que eu me importo com o que ela irá fazer? BAH! Tudo o que eu quero é minha amada de volta. Você não quer a sua mãe?
Lucy parecia tentada, até porque ela nunca conheceu a mãe.
— Há coisas na vida em que não devemos ter.
— Mas eu quero! — Gritou ele. — E tudo o que está entre mim e Havena é este garoto. Eu podia pedir uma gota de sangue de bom grato, poderia fazê-lo se aliar à mim mas... — Ele suspirou e sua feição mudou (ou acho que mudou pois ele usa a metade de uma máscara então não tem como ver muita coisa), seu sorriso ficou maior e de suas costas – rasgando a sua roupa e jorrando muito sangue – apareceram quatro garras como de aranhas, mas eram feitas de ossos, e na ponta das quatro haviam lâminas que me pareciam bem afiadas.
— Mas parece que eu terei de tirar cada litro de seu sangue à força!
Neste momento, ele ergueu duas de suas garras com um movimento de cima para baixo, ele golpeou o piso do castelo que quebrou fazendo com que eu caísse. É claro que eu tentei voar, mas parece que o poder de Makoto já se esvaeceu dentro de mim. Então tinha que optar por minhas habilidades.
Eu evoquei as correntes da prisão de Fênix das sombras e usei para me pendurar na parede. Mas Baltazar apareceu em cima de mim, me derrubando no chão e mais uma vez quebrando o solo. Agora estávamos em uma sala do trono. Lucy Veio voando e indo atrás de Baltazar que caia até chegar, mais uma vez, em cima de mim. Eu consegui empurrá-lo, mas uma de suas garras prendeu em minha armadura e ele me lançou para o lado me fazendo bater de cabeça em uma coluna e comecei a sangrar.
— Isso mesmo! — Riu Baltazar enquanto se aproximava até mim lentamente. Mas ele foi surpreendido por Lucy, que apareceu como poeira negra na sua frente e o chutou.
Entretanto, o golpe falhou pois ele segurou a perna dela lançando-a para longe.
Eu evoquei as lâminas e pulei para cima de Baltazar derrubando-o no chão. Comecei a esmurrar seu rosto, mas aquela máscara não quebrava e impedia a maioria dos ataques. Eu me abaixei quando uma das garras iria me acertar, e segurei ela com a mão esquerda e com a direita usei a espada cortando-a e quando iria usar o mesmo para perfurar o estômago de Baltazar, ele usou as três garras restantes para, mais uma vez quebrar o chão. Nós dois caímos, entretanto eu usei as correntes para me pendurar. Olhei para baixo e Baltazar ainda se levantava. Dessa vez, estávamos nas masmorras. Ele olhava para mim que estava no teto pendurado. Lucy estava ao meu lado voando.
O "Homem de Branco" pulou de onde estava até nós.
— Está pronta para sair daqui? — Perguntei à Lucy.
Ela assentiu.
Então, de dentro de mim chamei a magia do cajado de Sáh' doroh e ao gritar seu nome, uma outra bola nuclear de fogo apareceu, só que essa era bem maior. Quando ele estava prestes à me alcançar eu lancei a magia.
— Vamos! — Ordenei e assim, viajamos pelas sombras para fora do castelo e vimos a maior explosão de todas.
O castelo foi totalmente desmoronado, olhei para trás e vi que não havia nenhum monstro. Meus amigos estavam bem. Rony, Sr. Awdrey e seu exército estavam comemorando.
Mas algo estava errado, eu ainda conseguia sentir o poder de Baltazar.
Quando virei para frente estava o maior monstro de todos que eu já enfrentei.
Ele devia possuir trinta e cinco metros, seu corpo era uma couraça dura e metade dele estava enterrada debaixo da terra, onde uma vez possuía um castelo, seus olhos eram órbitas vazias e também eram maiores que o meu corpo.
O gigante levantou a sua imensa mão, percebi o que ele iria fazer então eu toquei o braço de Lucy e consegui voar para longe antes de ser acertado por ele. Mas mesmo assim fui jogado pelo impacto e caímos no chão.
— Você não pode me derrotar, Rick Simonds! — Gritou o monstro, sua voz era tão alta e grave que poderia ter estourado os meus tímpanos. — Eu sou Baltazar!
— Já estou cansado de saber disso! — Disse voando em sua direção mas o poder se esvaiu me fazendo cair mais uma vez.
Era estranho pois o poder que eu copio sempre dura uma hora ou mais e não alguns minutos.
— Enquanto você estiver perto de mim não irá conseguir usar os poderes que copia dos outros! — Respondeu ele. — Então não terá como me deter, já que você não possui muitas habilidades...
Ele foi interrompido por uma enorme pedra que foi lançada por Makoto.
— Ele não está sozinho, se tonto! — Gritou meu amigo.
Yllana, mesmo não podendo voar, criou uma enorme bola das trevas e ergueu para o alto antes de lançar no gigante, que tentou aparar com as mãos fazendo muito estrago.
— Eu vou Atacar! — Decidi.
— Mas você não pode voar! — Argumentou Lucy.
Então algo se formou em minha mente, uma habilidade muito antiga que quase nunca uso.
— Técnica dos Simonds... — Comecei a fazer uma espécie de Jutsu com os dedos. — Asas de fogo!
E assim, duas nuvens de fogo surgiram nas minhas costas parecendo asas.
Lucy me olhou com espanto.
— Você é mesmo imprevisível!
Eu ri.
— Se sobrevivermos à esse dia, vou levá-la para conhecer nossa irmã mais nova. Seu nome é Wanessa Simonds, tem dezesseis anos e...
Se apresse! Dizia os pensamentos de Lucy.
Então eu gritei mais uma vez:
— Sáh' doroh! — E voei.
A bola nuclear começou a se tornar, só que eu queria que ela ficasse maior e assim ficou.
Eu passei de sua cintura, vinte segundos depois de seus ombros até por fim, ficar bem acima de sua cabeça. Se não fosse os meus amigos ficarem o distraindo, ele teria me notado.
A cena era linda. À minha frente eu via várias montanhas e vales, o sol estava bem atrás de mim junto com o vilarejo.
Vocês terão a sua floresta de volta, pensei, mas antes irei destruir este monstro.
Olhei para Baltazar que ainda estava gritando, ergui a bomba nuclear de fogo preparado para acertar ele.
Então é assim que Goku se sente? Pensei antes de chamar a atenção do gigante.
— Hey! — Gritei e ele olhou para mim surpreso com a sua enorme boca aberta. — Diga "AH"!
E lancei. Eu não pensava que ele seria burro mas, ele engoliu essa, literalmente. Assim que a bola nuclear entrou em sua boca, imediatamente surgiu um "BUM!" muito maior do que o castelo. Baltazar simplesmente explodiu, eu usei a Viagem nas Sombras para aparecer ao lado de Yllana e ordenar para todos se protegerem. Corremos o mais longe que pudemos antes da explosão, mas mesmo assim, fomos pegos pelo impacto e lançados para bem longe.
Quando o barulho cessou, tudo o que restou do gigante foi uma cratera fumegando.
Todos sobrevivemos. SR. Awdrey falava "Wii Wii" em seu sotaque horrível. Rony abraçou Yllana, que se sentiu constrangida. Amy me abraçou e depois me deu mais um beijo.
— Este é um bom momento para lhe pedir em namoro? — Perguntei.
Ela riu
— É claro que eu aceito, Cérebro de Fósforo! — E mais um beijo bem prolongado e foram escutados vários aplausos do exército de Awdrey.
Makoto me cumprimentou dizendo que era para eu ensinar aquela magia à ele. Ouvi alguns latidos e os dois lobos negros (que antes eram de Jacob) surgiram da floresta, me derrubaram e começaram a me lamber dizendo:
Queremos ficar com você!
Mas não acho que minha mãe irá aceitar dois lobos das trevas. — Respondi.
Neste distante, os dois viraram poeira negra e se uniram até virar um pastor alemão negro e incrivelmente lindo.
— Tudo bem! — Concordei e eles latiram de volta.
Lucy ajudou a me levantar, mas de repente, atrás de mim surgiu uma névoa branca e dele se formou uma figura humanoide de quatro garras.
Não pode ser! Pensei me afastando. Mas Baltazar atacou com uma de suas garras e atravessou a minha barriga.
— Eu disse que não iria sair daqui sem levar seu sangue! — Disse ele retirando sua garra de mim.
Ele riu uma última vez e sumiu em névoa branca.
Tudo o que eu me lembro é de uma dor profunda e Yllana batendo no meu rosto chamando o meu nome. Makoto desesperado tentando tampar o sangramento e Amy colocando a minha cabeça em seu colo tentando usar sua magia de cura que não estava resultando em nada.
Neste momento, tudo o que eu conseguia imaginar era que fracassei com meu pai ao dizer que iria derrotar Baltazar. E agora ele tinha meu sangue para trazer de volta a sua esposa.
Com esses pensamentos positivos, eu vi a minha vida passar diante dos meus olhos antes de morrer...

Enfim, este é o penúltimo capítulo. Estão gostando? Se sim, peço por seus votos e comentários pois eu estou amando escrever este livro, espero que vocês também.
Até o ultimo capítulo, e só lembrando que terá epílogo.
Tchau...!!! ;)

A Floresta Maldita - LIVRO UM (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora