Capítulo DEZESSETE: A verdade sobre Lucy

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RICK
— Jacob está vivo! — Essa foi as minhas únicas palavras desde que Yllana começou a explicar a sua fuga.
Ela assentiu.
— Também fomos atacados por ghouls e ganhamos armaduras. E eu ganhei espada aqui. — Ela me mostrou a lâmina de fio de ouro brilhante e eu sabia exatamente que espada era aquela.
— Tenebris Timores. — Eu disse, passando minha mão nela, que correspondia com calor. — Uma das cinco lâminas mais mortais criada pelos Simonds. Tenebris é a segunda espada poderosa. — Eu assobiei. — E olha, alguém deve estar mesmo sendo encorajado a nos ajudar.
Tentei me lembrar das histórias sobre a Floresta Maldita. A única coisa que sei é de...
— Um guardião. — Concluiu Lucy, aparecendo em sua poeira negra na nossa frente. — Ele ainda vive aqui e quer falar com vocês.
— Mas quem é ele? — Perguntou Yllana.
Lucy não respondeu, mas acabei lendo a mente dela.
Eu a encarei por um tempo e tentei partir pra cima, só que ela não estava mais lá.
— Por quê? Depois de todos esses anos! — Eu gritei para Lucy que agora estava ao lado de Yllana.
Depois de muito tempo, finalmente descobri a verdade.
— Ele não estava pronto antes Rick. — Disse Lucy em forma doce e tranquila. — Precisa entender que...
— Que ele me abandonou?
— Não foi isso o que eu quis dizer.
— Posso saber o que está acontecendo? — Interrompeu Yllana.
— Eu descobri algumas coisas quando eu li a mente de Lucy quando encontrei este vilarejo. — Expliquei. — Eu soube que...
Lucy pôs a mão em meu ombro, me impedindo de continuar. Sua mente dizia: "Deixe que 'ele' conte."
— Precisamos ir. — Avisei caminhando para fora do vilarejo.
— Para onde? — Yllana quis saber.
— Vamos ver meu pai!
***
Andamos por alguns minutos pela mata permanecendo em silêncio. Lucy voava à nossa frente nos guiando. Eu via ela por trás e mesmo assim ela me intimidava.
Quando encontrei o vilarejo, ela achou que eu fosse um inimigo. Eu lutei contra ela e perfil facilmente.
— Quem é você? — Dissera ela.
— Rick... Simonds! — Respondi com fraqueza, pois ela aplicara um mata-leão em mim.
Lucy se afastou de mim e ficava repetindo várias vezes a palavra "Simonds". Como se meu sobrenome fosse uma maldição. E ao olhar a mente dela, descobri uma coisa que me deixou de boca aberta.
***
— Este é o local? — Perguntou Yllana, me arrancando dos pensamentos.
Lucy assentiu.
Olhei para onde estavam olhando e notei o que me parecia ser... o nada. Estávamos à beira de uma montanha. Embaixo vimos as árvores e ao longe, o castelo de Baltazar.
— Vamos, entrem! — Incentivou Lucy apontando para o vale.
— Mas não tem nada aí! — Eu disse o óbvio.
Ela não me escutou, apenas continuou indo em direção à beira quando simplesmente... desapareceu. Yllana e eu trocamos olhares desconfiados. Eu coloquei minha mão na frente - o que me fez parecer um bobo - e quando achei que nada ia acontecer, meu braço sumiu.
— Primeiro as damas. — Disse à Yllana.
— Então pode ir na frente! — Respondeu ela chutando meu traseiro fazendo-me atravessar a barreira. Não sei o que aconteceu, só sei que fechei meus olhos na mesmo hora e comecei a gritar feito criança berrando: "Socorro, eu vou morrer"! Mas fui despertado por um tapa em minha cabeça dado pela Yllana.
— Que tédio. — Berrou ela.
— Temos que continuar caminhando. — Avisou Lucy apontando para frente.
Eu não pude fazer nada senão segui-la.
Estávamos em uma caverna úmida, mas não porque estava frio, mas porque estava quente. Era como se tudo aquilo suasse (Caverna sua?). As paredes eram negras e deformada. Algumas vezes eu tinha que me abaixar se eu quisesse continuar caminhando.
— Como isso é possível? — Yllana quis saber.
— Tudo isso, até o chão onde você está pisando, é uma ilusão. — Explicou Lucy.
— E o que acontece se essa ilusão se quebrar? — Perguntei.
— Algum de vocês sabem voar? — Brincou Lucy.
Eu engoli em seco e continuei andando. Mas por precaução, toquei o braço de Lucy e copiei seus poderes à mim. De repente eu sabia que tipos de magia ela faz: Sabe voar, controla os ventos e, como eu esperava, também solta raios e trovões de seu corpo assim como eu, que solto fogo.
Resolvi me divertir com Yllana soltando pequenas correntes elétricas da ponta do meu dedo indicador até o braço dela. Mas o soco que ela me deu fez com que eu desistisse de continuar.
Finalmente, chegamos em uma área onde a caverna se expandiu, revelando uma área redonda de apenas dez metros. O local era mais quente, as pedras parecem mais frágeis à ponto de desmoronar.
Ficamos ali por alguns segundos até que uma luz vermelha causada por uma pequena chama que apareceu do nada iluminou toda a sala. Essa chama começou a ficar maior até revelar um homem.
Sua aparência era dura, mas eu reconhecia aqueles olhos azuis irônicos, cabelos grandes e cinza e uma faixa vermelha na testa. Suas vestes me parecem antigas e desgastadas. Ele só usava um pano bege velho que parecia um vestido. Mas eu não tinha nenhuma dúvida que era ele.
— Pai! — Eu disse quase em lágrimas.
Lucy se aproximou mais dele.
— Aqui estão eles, meu pai. — Disse ela, despertando a curiosidade de Yllana.
— Meu pai? — Repetiu ela.
— Você não sabia, Yllana? — Disse eu. — Lucy Simonds, é minha irmã...
***

Bom pessoal, eu só queria avisar que este livro já está na metade. Mais dez capítulos ou menos e talvez eu faça o livro dois. Mas nada depende de mim e sim de vocês. Por isso pesso pelo seus votos e comentários sobre este e outros capítulos.
Estão gostando? Talvez semana que vem eu publico o próximo capítulo. Até lá... Tchau!!! ;)

A Floresta Maldita - LIVRO UM (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora