Embarcamos.

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Demorou aproximadamente trinta minutos para chegarmos até o aeroporto. Após estacionarem os carros, todos entramos naquele tipo de galpão com pouca segurança.
Fomos direto para a pista de embarque onde um homem não muito velho nos esperava.
Havia vários aviões decolando, e a pista era enorme.
- Gabriel! Acenou o homem de aparentemente meia idade com cabelos cinzas e blusa manchada.
- Hanson, como vai? Pergunta Gabriel sério.
- Bem! Já vão embarcar? Disse Hanson.
- Sim. Fala Gabriel.
- Por aqui. Diz o homem.
E então nós o acompanhamos até a escada que dava no jatinho. Era branco e muito bonito com linhas vermelhas.
Gabriel subiu primeiro e fomos atrás.
O homem retirou a enorme escada e acenou para Gabriel.
Sentamos em poltronas e alguém falou algo pelo o alto falante.
- Olá senhores e senhoras, chegaremos em Atlanta em seis horas, apertem os cintos por favor.
Sentei na poltrona da frente e Gabriel sentou ao meu lado.
Lucca, Carlos e Ingrid sentaram na fileira perto da televisão.
- É muito luxuoso aqui. Digo.
- Gostou? Perguntou Gabriel.
- É um pouco exagerado. Digo rindo.
Ele sorri e faz minha poltrona se inclinar. Fiquei deitada, Gabriel pegou uma manta e colocou sobre mim.
- Vai fazer frio. Diz ele.
- Obrigada. Ofereço um sorriso.
- Está com sono? Pergunta Gabriel.
- Um pouco. Digo.
Gabriel inclina sua poltrona também e se vira de frente para mim.
- Vai ser bem divertido. Falou ele.
- Isso aqui é seu mesmo? Pergunto.
- Tem medo de voar? Pergunta ele.
Aceno como sim com a cabeça, Gabriel segurou em minha mão a apertando forte.
- Sim, é meu. Diz ele.
Seu perfume hoje era diferente, um perfume bom também, mas sei reparar a variedade de seu maravilhoso cheiro.
Dei uma última olhada em Ingrid e nos meninos e eles assistiam a televisão que passava um filme de ação e sorriam.
- Dorme um pouco, a viajem vai ser longa. Sussurrou Gabriel em meu ouvido.
Senti meu corpo se arrepiar e gostei da sensação.
Sorri e deixei meus olhos se fecharem. Gabriel acariciou com sua outra mão os meus cabelos.
Peguei no sono com seus carinhos.

Senti uma mão firme e quente em meus cabelos, abri os olhos despertando.
- Ja chegamos. Sussurra uma voz inebriante.
Espero minha visão clarear e dou um sorriso, era Gabriel.
- Dormiu bem? Perguntou ele.
Fiz que sim com a cabeça ainda em um sorriso.
- Dormi muito? Perguntei.
- As seis horas em que estivemos dentro do avião. Diz ele em um maravilhoso sorriso.
Gabriel que estava sentado ao meu lado, se levanta e me estende sua mão para que eu faça o mesmo.
Olho para trás e vejo Indrig, Carlos e Lucca recolhendo suas malas.
- Você ronca. Diz Gabriel me despertando mais ainda.
Olho espantada para ele.
- Não ronco não. Digo em minha defesa.
- Ronca sim. Fala ele.
- Você que ronca. Digo tentando o acusar, mas sorrio junto.
- Eu sei que não ronco. Diz ele.
- Você é muito chato. Digo fechando o zíper da minha bolsa, após colocar meu celular lá.
Gabriel retira sua mala da poltrona, a segurando firme com a mão esquerda e depositando uma mochila em seu ombro com a mão direita.
- Mas relaxa, é um ronco bonitinho. Diz ele piscando para mim e se virando.
Fico envergonhada mas pego minha bolsa e a coloco na alça da mala de rodinhas.
Fazemos uma filinha para descermos do avião.
O sol já havia dado lugar a lua, uma lua prateada, cheia e brilhante.
Quando olhei o celular, eram seis horas, realmente Atlanta não era tão perto.
Senti alguém segurar minha mão e se pois a soltar,olhei para trás e vi Lucca.
- Dormiu a viagem toda. Diz Lucca.
- Um mini coma. Falo rindo.
Quando terminamos às escadas Gabriel pediu para que o seguissemos.
Fomos então todos atrás dele. Passamos em volta de várias filas de pessoas que também desembarcavam.
Uma das moças que trabalhavam para o aeroporto fez o nosso check-in e deu uma última olhada em nossos passaportes.
Quando Gabriel entregou seu passaporte para ela, a moça ergueu uma das sobrancelhas.
- Rodrigo Dorn? Perguntou a jovem de uniforme azul escuro.
- Eu mesmo. Disse Gabriel em um sorriso.
O olho curiosa, qual seria o motivo da mulher o ter chamado assim? Lucas e eu apreciamos espantados com isso, porém Ingrid e Carlos agiram como se fosse normal.
- Podem ir. Diz a mulher em um sorriso desconfiado.
Gabriel piscou para ela e retribuiu em um sorriso.
Ela pediu para que ele esperasse, então Gabriel deu um passo para trás.
- Gostaria do meu telefone? Disse a moça com um sotaque mais puxado.
- Fazemos assim, se nor virmos novamente você me passa, pode ser? Perguntou Gabriel no seu sorriso mais galanteador.
A moça era alta e magra, com pernas bonitas e cabelos escuros contrastando com a mesma cor da pele.
- Você não vai mais vir por aqui né? Falou a mulher em um biquinho.
Reviro os olhos com aquela cena ridícula.
- Claro que vou. Disse Gabriel acenando e então saímos todos dali.
Enquanto íamos em direção a saída eu seguro em seu braço.
- O que foi aquilo? Pergunto firme.
- A mulher não resistiu a mim. Diz ele.
- Rodrigo? Sério isso? Fala Lucca agora entrando na conversa.
Quando chegamos até a calçada do lado de fora, haviam vários táxis e pessoas andando.
Gabriel parou ao lado de um carro preto,enquanto um homem de gorro abriu a porta para todos, Ingrid foi a primeira a entrar.
- Nome falso, nunca usou? Perguntou Carlos agora sentando ao lado de Ingrid.
- Para que você precisaria de um? Perguntou Lucca sentando ao lado de Carlos.
-Atlanta não gosta muito do Gabriel. Gritou Ingrid rindo.
Fico em silêncio com tudo aquilo.
- Aquie esta a chave senhor. Disse o homem de gorro.
- Já está tudo certo no hotel? Perguntou Gabriel.
- Sim senhor. Respondeu o homem.
- Obrigada Wilston. Agradece Gabriel e então abre a porta do passageiro na frente para mim.
Eu entro em silêncio ainda, Gabriel da a volta e entra no banco do motorista.
- Você vai gostar muito daqui. Fala Carlos.
Gabriel liga o carro e então segue na pista reta.
- Eu espero que sim. Digo para ele.

 

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora