Quando todas as aulas acabaram Let me disse que iria pagar contas então fiquei sozinha.
Lucca aproveitou a deixa para me chamar para ver o apartamento vago no meu prédio. Perguntei de Vitória e ele disse que ela estava resolvendo o resto da mudança para cá.
Caminhávamos em uma rua larga a dois quarteirões de onde eu morava.
- Sabe, quando eu era criança eu gosta a de pular as riscas das calçadas. Disse Lucca.
E assim se fez, imediatamente ele começou a dar pequenos pulinhos e eu ria de tudo aquilo.
- Que mico, para. Digo.
- Mico por que ? Fala ele rindo e ainda pulando.
- Está todo mundo olhando seu louco. Falo envergonhada pois as pessoas estavam realmente olhando.
- Não ligo. Diz ele balançando os ombros.
Lucca só parou de pular quando chegamos perto de uma tenda de flores. Ele parou e começou a cheirar algumas de diversas cores.
Eu olhava encantada, nunca vi alguém gostar de Rosas.
- Moça por favor me dê um buquê desses cravos brancos. Diz ele para uma senhora baixa de cabelos grisalhos e avental vermelho.
- Claro senhor, embrulho simples ou desenhado ? Pergunta ela.
- Qual o mais bonito ? Pergunta Lucca.
- Cá entre nós meu jovem, pra mim os embrulhos desenhados tiram o brilho das flores. Fala ela em forma de segredo.
- O simples então. Sussurro ele.
E sorrimos juntos.
A mulher volta com um buquê com lindas flores brancas e entrega para Lucca que paga pra ela.
- Fique com o troco senhora. Diz ele.
- Que bondade a sua rapaz. Fala a senhora.
Lucca vem até mim que assistia aquela cena bonita e me entrega o buquê.
- Pra mim ? Pergunto surpresa.
- Não, para o lindo carro ai atrás de você. Diz ele.
- Ridículo. Falo rindo. - Está paquerando o carro é ?
- São para você. Diz ele sem graça.
Sinto o perfume das flores quando as pego em meu colo, são tão cheirosas e macias.
- Então você está me paquerando é ? Pergunto irônica.
- Não, só estou te entregando minhas flores preferidas. Diz ele.
- São lindas. Falo.
- E você acha que eu iria paquerar você em vez de paquerar esse lindo carro ? Pergunta Lucca abraçando o carro.
Escutamos uma buzina e quando percebemos era o motorista do carro.
- Desculpe. Sussurro para o homem de óculos.
Ele acena e Lucca e eu saímos andando.
- Como eu não vi aquele homem la ? Pergunta.
- Não sei. Falo rindo.
- Fantasma. Diz ele.
- Claro. Falo.Andamos mais um quarteirão e finalmente chegamos ao prédio onde moro. O porteiro estava sentado em seu lugar.
- Bom Dia Robson. Falo.
- Bom Dia Sr. Rodrigues. Diz ele.
- O Chris está aí ? Pergunto.
- Tá sim senhora. Responde.
- Obrigada. Digo.
- Por nada. Responde Robson.
Seguro na mão de Lucca para levá-lo até o elevador.
- Homem engraçado aquele. Diz Lucca.
- Tem dias que a careca dele está mais brilhante. Digo rindo.
E Lucca ri em seguida.
- Você não tem jeito. Fala ele.
Vamos até o primeiro andar, onde provavelmente o síndico estaria. O encontramos no corredor.
- Bom Dia Christian. Digo em saudação.
- Bom Dia Senhorita Alice. Diz ele.
- Deixa eu te apresentar, esse aqui é Lucca. Digo puxando Lucca para mais perto.
- Prazer. Diz Lucca estendendo a mão para Chris.
- Prazer. Fala o síndico e então continua. - Seu namorado Alice ?
- Ó não, só um amigo. Digo.
Então Lucca sorri sem graça.
- Entendo, mas no que eu posso ajudá-los ? Pergunta Christian.
- Lucca gostaria de alugar aquele ap. que reservou perto do meu. Digo.
- Sinto muito senhorita, aquele ja foi alugado. Diz o síndico.
Lucca olha desapontado e então diz : - Tudo bem, obrigado pela atenção.
- Mas nós temos um vago no segundo andar. Diz Chris.
- E quanto vai ficar ? Perguntou Lucca.
- Venha, que nós vemos tudo certo. Falou Chris e então se dirigiu a mim. - A senhora vem, dona Alice ?
- Preciso passar no meu ap primeiro, qualquer coisa Lucca me chama, Okay ? Digo.
- Tudo bem. Fala Chris.
Lucca se aproxima e deposita um beijo em minha testa.
- Não some viu pequena. Diz ele.
- Não vou longe. Digo rindo.
E entao Lucca e o síndico saem juntos, subo para meu apartamento, estava vazio, obviamente Let está com André.
Fui tomar um banho, estava cansada e provavelmente daria tempo até Lucca chegar.
Antes do banho limpei a casa, para que Ler lavasse a roupa. Me surpreendo com as minhas intenções, coitada.
Vou para o quarto e separo minha roupa, pegando a toalha e indo para o banho. Lavei os cabelos cantarolando uma música. Quando terminei, me enrolou em uma toalha e colocando outra no cabelo.
Quando sai do banheiro estava indo pegar a roupa quando escutei um barulho e fui até a sala ver o que era.
Quando cheguei lá, Lucca estava sentado no sofá, quando me olha ele tapa os olhos com as bochechas vermelhas.
- Desculpa. Diz ele rindo.
- Por que não bateu na porta ? Pergunto.
- Bati, mas ninguém falou nada então entrei. Diz ele dando de ombros ainda com as mãos nos olhos.
- Tá abusadinho em. Digo rindo e então completo. - Eu não estou nua, então pode tirar as mãos do rosto.
Ele obedeceu e então riu.
- Tecnicamente, se essa toalha cair você estará completamente nua. Diz ele.
- E isso seria ruim. Falo.
- Claro que não. Diz Lucca.
- Ei! Falo jogando a almofada nele.
- Ai. Diz rindo.
- Vou me trocar, que eu ganho mais. Digo.
- Sem nem um showzinho antes ? Pergunta.
- O único show seria minha mão na sua cara, o que você acha ? Exclusivo e grátis. Digo rindo.
- Dispenso. Diz ele.
Viro as costas e me troco. Coloco um vestido branco com um blazer fino em cima da cor Rosa claro.
Nao seco os cabelos, pois iríamos embora logo.Volto para a sala e Lucca estava olhando meus cd's.
- Tem um bom gosto. Diz ele.
- Claro, sou eu né, sempre tendo bom gosto. Digo rindo.
- Convencida. Fala.
Ele se sentou no sofá e eu fiz o mesmo.
- E ai, gostou do apartamento ? Pergunto.
- Sim, fechei negócio. Diz Lucca.
Dou um abraço nele.
- Bem vindo. Falo.
- Obrigado.
- Foi muita sorte sabia ? Falo.
- O que ? Pergunta.
- Ter um vago. Digo.
- Destino. Diz ele rindo.
- Claro. Falo.
- Lis, você tem sorte ? Pergunta.
- Nos estudos sim, de resto não. Digo.
- Por que ? Pergunto.
- Minha vida amorosa está um verdadeiro lixo, e a empresa que eu trabalho, quer dizer... que eu trabalhava eu acho, por quê vai fazer uns dias que não apareço lá, me faz odiar meu chefe, de resto. Digo.
- No amor estou na mesma. Diz ele rindo.
- Eu penso, hoje ninguém leva mais ninguém a sério, e quando leva vem as cobranças, exigências, as pessoas esquecem... esquecem... posha, não sei mais que palavra usar. Digo rindo.
- Esquecem que o amor não é uma peça de teatro onde quem escreve dirige, que o amor é feito por dois, os dois precisam se dedicar, só o sentimento não basta. Fala ele apertando as bordas da almofada.
- Exatamente ! Nunca encontrei alguém com esse pensamento, você é único sabia ? Digo rindo.
- Experiencia própria. Fala ele.
- Eu percebo que quanto mais conhecemos algumas pessoas, mais feias tanto por fora quanto por dentro elas ficam. Digo.
- Isso não inclui você. Fala ele.
Fico sem graça, aquilo da boca dele saiu como se fosse sem querer. Eu olhava para frente e os olhos dele estavam grudados em mim, me levantei.
- Vamos. Digo puxando a mão dele.
- Claro. Responde levantando também.
Tranco a porta e descemos até a rua. Acenamos para o porteiro e saímos andando.
- Vamos para onde ? Pergunta Lucca.
- Onde estão o povo ? Pergunto.
- Em todo o canto. Fala ele rindo.
- Ai idiota, você entendeu. Digo.
- Idiota não. Diz ele fazendo bico.
- Desculpa. Sorrio.
- Vou ligar para o André. Fala ele.
E então pega seu celular o dirigindo a orelha.- E ai onde vocês estão ?Pergunta ele.
Provavelmente André respondeu alguma coisa.
- E onde é ? Perguntou Lucca.
Mais uma pausa. Nao dava para escutar o que André do outro lado da linha falava.
- É perto do Campus ? Ou vou ter que ir de carro ? Perguntou Lucca.
Olho surpresa, não sabia que ele tinha carro. Se ele tinha carro por que veio a pé até aqui ?
- Okay. Diz Lucca desligando o celular e o colocando no bolso.
- Estão perto. Fala ele para mim.
- Você tem carro ? Pergunto.
- Tenho. Diz ele.
- E por que não usou ele para vir aqui ? Pergunto.
- Andar com você é legal. Falou.
Fico quieta e então seguimos até a praça perto da faculdade. André, Let e Vitória estavam sentados em um banco. Nos aproximamos deles.
- Tá fazendo o que aqui ? Perguntou André para a irmã.
- A gente se encontrou na cafeteria. Respondeu ela.
- A Vick é muito legal. Disse Let.
- Demoraram em. Disse André.
- Lucca alugou o ap,estava resolvendo burocracias. Digo.
- Conseguiu ? Que legal. Diz Vitória abraçando o irmão.
- E o cabelo molhado em Alice ? Perguntou André.
Dou um tapa em seu braço.
- Para de pensar besteira, seu ridículo. Digo.
Nos rimos e sentamos todos juntos.
Ficamos conversando sobre a vida de Vitória e Lucca. Falamos sobre times, no caso só André e Lucca, pois só eles gostavam ali de Futebol americano.
Passamos a tarde rindo e compartilhando histórias, não pude ver mudanças ( afetivas) em André e Letícia.
Já estava escurecendo quando Let me chamou para ir embora.
- Bom, foi uma tarde deliciosa mas precisamos ir. Disse Let.
- Eu adorei conhecer vocês. Falou Vick.
- O prazer foi nosso. Disse André.
- Vão se mudar quando ? Perguntei.
- Amanhã mesmo. Disse ele.
- Nos vemos amanhã então. Disse Ler dando um beijo na bochecha de Lucca, André e em Vitória.
- Foi um prazer viu. Disse dando um beijo na bochecha de Vick.
- Prazer foi meu. Disse ela.
- Leva amanhã o livro pra mim. Disse dando um beijo na bochecha de André.
- Pássaros contra a vidraça ? Perguntou ele.
- Exatamente. Respondi.
E então me aproximei de Lucca.
- Até amanhã no prédio e na faculdade. Falo rindo.
- Até. Diz ele.
E entao da um beijo em minha testa.
Let e eu fomos caminhando até o apartamento, ela me olhava com aquele olhar de " está rolando algo " E eu dizia que " não " E ela saía rindo.

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Por Amor
Novela JuvenilAlice Rodrigues é uma garota em fase de amadurecimento e descobertas. Após entrar de cabeça na roda de amigos, de sua irmã mais velha Yasmin Rodrigues. Ela acaba por aceitar um romance - Nao tão romance assim - com Gabriel Swan. Melhor amigo de sua...