Descemos até o estacionamento do hotel, com colunas amplas e paredes amarelas e brancas, haviam diversos carros lá. Segui Gabriel até um carro vermelho.
Me encostei na porta esquerda do carro e cruzei os braços.
- Parou com a obsessão por carros pretos? - dou um sorriso sarcástico.
- Na verdade não. - Ele girou às chaves em seu dedo. - Nós vamos com essa aqui.
Gabriel colocou a mão em uma grande moto preta com riscas vermelhas, era realmente muito grande e parecia nova de tanto que brilhava.
- Mas e esse carro? - pergunto olhando curiosa.
- Não é meu. - respondeu ele rindo.
- Óh. - me desencosto do carro e rimos.
- Desde quando você tem carteira para dirigir moto? - Perguntei.
- E quem disse que eu tenho? - Gabriel riu e me entregou um capacete vermelho.
O olho espantada e ele coloca seu capacete preto e faço o mesmo com o meu.
- Que foi Lis? Está com medinho? - Ele subiu na moto.
- Eu com medo? Conta outra. - subo atrás dele e passo meus braços por tua cintura.
Seu corpo quente me faz ter vontade de não o soltar mais.
- É bom que você não tenha medo, vamos se dizer que alguém aqui gosta de velocidade. - Disse ele -.
- Vamos se dizer que não é só você. - dou um sorriso e Gabriel acelera.
Andamos por longas avenidas barulhentas por longos minutos.
Seguimos por alta velocidade fazendo Zig zag em carros e caminhões. Me sentia uma adolescente fugindo dos pais para ir a uma festa com as amigas.
Gabriel virou a direita por uma rua deserta.
- Por quê aqui é tão vazio? - pergunto aumentando a voz pois o vento todo atrapalhava o som.
- É uma estrada particular. - Respondeu ele.
A pista escura era iluminada com apenas a luz da lua, apertei mais a cintura de Gabriel e por mim poderíamos ficar assim por mais longos minutos.A pista era reta, o silêncio só durou até passarmos por uma placa que dizia " sua moto será sempre bem vinda".
Uma música abafada alcançava meus ouvidos, conforme fomos chegando mais perto, o som aumentava.
Gabriel parou a moto e então eu desci primeiro e ele após.
Tirei o capacete e ele fez o mesmo, sorrindo para mim Gabriel se aproximou.
- Você fica linda assim. Diz ele olhando agora fixamente para meus seios, que estavam um pouco amostra pois o zíper da jaqueta não estava fechado até em cima.
- Eu ou meus seios? - Pergunto rindo.
- Desculpa. - Diz ele rindo também.
Coloco o capacete em cima da moto e para provocar Gabriel abro o zíper da jaqueta lentamente, deixando a blusa preta decotada que mostrava minha barriga a vista.
- Não está com frio? Pergunta ele me olhando de cima abaixo.
- Se eu disser que sim, o que você vai fazer? - Perguntei olhando firme em seus olhos.
- Você está tentando me atiçar Alice? - Diz Gabriel mordendo o lábio inferior.
- Eu poderia dizer que estou conseguindo. - Sorri e arrumei meus cabelos.
- Garotinha se você continuar com isso, eu garanto para você que esse meu papel de bom amigo vai acabar. - Falou Gabriel.
- Você é um bom ator. - Falo e me aproximo dele, com nossos olhos juntos.
Gabriel se inclina ainda me olhando nos olhos, sua boca iria vir em direção a minha. Então desvio dele.
- Não vamos entrar? - Pergunto em um sorriso vitorioso.
Gabriel me encarou tão seriamente que me causou calafrios.
- Não vai ficar assim. - Sua voz era tão fria quanto sua própria expressão.
- Acho que vai sim em. - Digo.
- Não, não vai não. - Ele me puxou pelo braço e me pegou em seu colo me sentando na moto.
Passei meus braços por seu pescoço e então seus lábios vieram em direção aos meus, dessa vez sem interrupções.
Eu estava sentada na moto com minhas pernas na cintura de Gabriel o entrelaçando. Suas mão segurando firmemente minha coxa, e a outra em minha nuca, puxando meus cabelos e me causando arrepios.
Era um beijo agressivo, ao som daquela música desconhecida e alta.
Nossas línguas dançando ao ritmo que nosso corpo dizia que deveria. Minhas mãos em seu rosto angelical me fazia ter saudades de ficar assim, corpo a corpo com Gabriel. Seu beijo era desconcertante, uma mistura de desejo. Eu estava quase sem fôlego. Sua língua buscava pela minha como se me dissesse " você pertence a mim". E eu poderia gritar que sim, que eu era dele.
Gabriel puxou meu lábio inferior interrompendo nosso beijo.
Gabriel sorria vencedor. E então Lucca me veio a cabeça, eu não deveria ter deixado Gabriel me beijar. Lucca e eu ainda estávamos fingindo namorar, praticamente isso era traição.

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Por Amor
Genç KurguAlice Rodrigues é uma garota em fase de amadurecimento e descobertas. Após entrar de cabeça na roda de amigos, de sua irmã mais velha Yasmin Rodrigues. Ela acaba por aceitar um romance - Nao tão romance assim - com Gabriel Swan. Melhor amigo de sua...