Passaram-se alguns dias. Estava quase sem comida.
Meu sono foi interrompido pelos raios solares que iam diretamente para meus olhos.
Como eu queria voltar. Esquecer tudo e voltar para minha mãe. Sentir seu abraço. Ah, sentia falta disso.
Porém, o orgulho falava mais alto.
Viver. Qual o significado dessa palavra afinal?
Somos testados a fazer coisas todos os dias, mesmo as que não queremos. Por quê tem que ser assim? Nem quero pensar...
Viver, algo tão simples. Porém tão complicado.
Diariamente lidamos com várias coisas, trabalho, estudo, diversão, amizades... depressão, preconceito, raiva, ódio...
Eu: NÃO AGUENTO MAIS! - berrei.
Avistei um prédio.
~ É só subir... Não, espere. Como posso pensar isso? - pensei.
O melhor a fazer seria deixar o orgulho de lado e desculpar-me por ser tão estúpido com minha mãe, mesmo depois de tudo que ela fez por mim.
O que fazer? O inevitável.
Voltei para casa.
Não, não sou um covarde.
Aproximei-me da porta e deparei-me com minha mãe chorando, sentada no chão.
- Por que, Tomas?! Onde foi que errei?! - ela gritou.
Abri a porta com cuidado, agaxei-me e pus meus braços em sua volta, formando um abraço.
Eu: Eu sinto muito.
Surpresa, virou-se para mim.
Mãe: Tomas? É você mesmo?
Eu: Sim, mãe. Sou eu.
Abraçou-me com força.
Mãe: Achei que tinha te perdido.
Eu: Nunca. Disse quê voltaria.