Capítulo 9

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Finalmente cheguei em casa, minha mãe me ajudou a guardar meus materiais e fez um chocolate quente para mim.
- Pronto, querido. - ela me disse entregando-me a xícara.
- Obrigado, mãe. Não sei o que faria sem você. - respondi.
Ela olhou para mim e acariciou levemente meu rosto.
- Você está frio, Tomas. Quer um cobertor?
- Não precisa, mãe. Mas obrigado.
Ela sorriu e foi para a sala, assistir tv ou, sei lá, fazer algo do tipo.
E lá estava eu, deitado na cama, tomando chocolate quente e vendo filmes de terror.
Estava tudo tranquilo, quando de repente, ouvi um barulho vindo da cozinha.
Como sou muito esperto, esqueci que estava ainda de gesso e fui me levantar.
No momento em que me levantei, ouvi um estralo, e, até eu perceber o que estava acontecendo, ja tinha dado de cara no chão.
Foi difícil, mas consegui subir na cadeira de rodas.
Fui indo em direção a cozinha quando ouvi o som de pratos quebrando.
- Mãe? - perguntei.
Silêncio
- Mãe, é você? - perguntei de novo.
Não tive resposta.
Ja estava todo arrepiado, ainda mais depois de ter assistido invocação do mal.
~ Por que tinha que ter escolhido justo esse filme? - pensei.
Conforme fui indo, ouvi um gemido.
- Charlie, é você? - perguntei.
E sim, eu realmente perguntei se era o Charlie, nunca se sabe.
Quando cheguei mais perto, vi uma coisa preta, parecia um tentáculo.
~ Fudeu, é a Mama! - pensei.
Não estava acreditando no que estava vendo.
Eu estava a aproximadamente, um metro de distância da cozinha. Tomei coragem e entrei em silêncio.
O interruptor estava muito alto, mas consegui alcançá-lo.
No momento em que acendi a luz e percebi o que estava acontecendo, me senti um completo idiota.
Aquele "tentáculo"era nada mais nada menos, que a cauda da minha gata.
~ E eu achando que era a Mama. - pensei.
Tadinha, ela acabou se assustando com alguma coisa, por isso fez todo aquele barulho.
- Vem cá, Mimi. - chamei-a.
Ela pulou em meu colo, pude perceber que estava assustada.
Fui dar uma olhada, era uma simples barata.
- Era isso, Mimi? Uma barata? - perguntei-a.
Óbvio que ela não me respondeu, mas concordo, baratas são assustadoras mesmo.

A vida e morte de TomasOnde histórias criam vida. Descubra agora