Passaram-se algumas horas e resolvemos alugar um filme.
Na locadora, escolhemos ver os minions.
Falando sério, o que pode ser mais legal do que aqueles bichinhos amarelos de olhos enormes? Não respondam...
Chegando em casa, olhei para Laura e perguntei-a:
- Pipoca?
- Claro.
Pegamos dois sacos de pipoca que estavam no armário e colocamo-os no microondas.
- Não achas que só pipoca é muito pouco? - perguntou-me.
Concordei.
Corri rapidamente ao mercado. Comprei mais 3 salgadinhos, além de 2 caixas de bom-bons e uma barra de chocolate branco com oreo.
Em casa, as pipocas já estavam prontas. Assim como estávamos psicologicamente prontos para engordar.
Nos atiramos em cima da cama.
- Isso vai acabar com a minha dieta. - disse-me encarando a barra de chocolate que estava a sua frente.
- Amanhã a gente começa uma nova. - afirmei enquanto enfiava um bombom guela a baixo.
Na verdade, não estava nem um pouco interessado naquele filme. Só queria olhar para ela, para ela e mais ninguém.
Apesar de tudo que passamos, continuo sendo o mesmo bicho do mato de sempre.
Fui me aproximando.
Estava tão perto, tão perto de envolvê-la em meus braços.
Recuei.
~ Quer saber? Foda-se. - pensei.
Pus logo meus braços em sua volta, envolvendo-a junto a mim, junto ao calor de meu corpo.
Para minha surpresa, não disse-me nada. Ficou ali, aconchegada sobre meu peito.
Aquilo era tão bom. Uma sensação de proteção.
Afinal, eu tinha alguém. E esse alguém tinha a mim.
Não conseguia desviar o olhar, nem por um segundo.
Minha pequena, só minha.
Sabe aquela pessoa? Aquela pessoa que te faz sorrir mesmo quando está triste? Que te abraça, mesmo sem motivo? Que te suporta, mesmo quando já perdeu a paciência? Aquela pessoa que te conforta, seu escudo, sua arma secreta... Enfim, seu motivo de vida...
Laura era essa pessoa, pelo menos para mim.
- Laura. - chamei-a.
- Sim?
Aproximei meu rosto ao seu e sussurrei em seu ouvido:
- Você é especial. Sem você, não vejo o porquê viver. Você é meu anjo, minha vida. Eu te amo, quero que saiba disso.
Uma lágrima escorreu sobre seu rosto.
- O que foi? - perguntei-a enquando acariciava gentilmente seu rosto.
- Eu te amo, Tomas. Muit... - o choro conteu sua fala.
- Vem aqui minha princesa. - falei abraçando-a com força.
Enxuguei suas lágrimas e continuei:
- Nunca vou te deixar. Você é minha, meu anjo. Serei seu guardião.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A vida e morte de Tomas
Ficțiune adolescențiAnjos não morrem, apenas voltam para casa.