Capítulo 41

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Rapidamente sequei-me e pus o terno que minha mãe havia separado para mim.
Desci para a cozinha e ajudei-a a arrumar a mesa.
Eu: Quem vai vir, mãe?
Mãe: Ah, querido. O seu pai.
Congelei.
Eu: Como assim?
Mãe: Calma, Tomas. Também não estou feliz com isso.
Eu: O que aquele desgraçado quer?
Mãe: Ei! Ele é seu pai!
Eu: Wow, grande pai que ele é!
Mãe: Ok, não posso discordar.
Eu: Não me digas que vai pedir-te dinheiro que nem da última vez.
Mãe: Não sei, Tomas. Ele disse-me que era algo importante.
Eu: Melhor que seja. Se não eu chamo a polícia.
Riu-se e acariciou meu rosto.
Mãe: Suponho que não será preciso.
Mal deu tempo para respondê-la, a campainha havia sido tocada.
Mãe: Você pode abrir a porta para mim, querido?
Eu: Está bem.
Como esperava, o meu suposto "pai" estava usando mais um daqueles ternos horríveis junto com aquele troço no pescoço que ele chama de gravata.
Pai: Não vais deixar-me entrar, garoto?
Eu: Deveria?
Pondo-me de lado, respondeu:
- Com licença.
Simplesmente entrou. Sem nenhum "oi" ou "nossa filho, como você cresceu!" Nem se quer um "desculpe por ser tão ausente".
Meu pai é na verdade, um tremendo de um babaca aproveitador.
Quando tinha aproximadamente uns 5 ou 6 anos, pouco antes da morte de Jessica, ele abandonou à nós 3. Deixando-nos apenas em uma casa caindo aos pedaços, sem dinheiro algum.
Como sobrevivemos? Até hoje me pergunto.

A vida e morte de TomasOnde histórias criam vida. Descubra agora