Acordei sem lembrar muito do que havia feito na noite passada.
Meu corpo estava meio dolorido, tinha alguns ematomas.
~ Pelo visto a noite foi louca. - pensei.
Olhei para Laura, estava dormindo. Como ela fica linda dormindo.
Beijei sua testa e fui tomar um banho.
Entrei no box e senti arrepios ao perceber que a água que estava caindo sobre meu corpo estava gelada.
Como sou uma pessoa com um parafuso a menos, decidi cantar Frozen.
Eu: Let it go... Let it go... nananananana....
É, não deu muito certo.
Ouvi Laura chamando-me.
Laura: Tomas? Onde você tá?
Eu: No banheiro! - disse saindo do box.
Ela abriu a porta.
Eu: Ei!
Peguei rapidamente uma toalha para cobrir-me.
Laura: Ah, até parece que não vi isso antes.
Não soube o que dizer.
Laura: Deixei-o sem palavras?
Eu: É mas não vá se acostumando.
Encarei Laura e depois a porta.
Eu: Se import...
Laura: Claro que me importo! Vai se trocar aí mesmo, sem frescura.
Eu: Mas tu é persistente mesmo em Laura?
Ela sorriu para mim, em seguida, sentou-se no chão e aguardou-me.
Como obviamente não estava no controle da situação, me vesti ali mesmo.
Após, olhei para Laura e questionei-a:
- Satisfeita?
Laura: Completamente.
Passou-se algumas horas e ela voltou para sua casa.
Desci as escadas e fui falar com minha mãe.
Eu: Bom dia, melhor mãe do mundo! - disse abraçando-a.
Mãe: Adoro quando você fica assim, de bom humor. - disse enquanto devolvia-me o abraço.
~Laura narrando~
Fabiane: Laura desce já aqui!
Eu: Calma mãe, tô indo.
Fui correndo até ela, no qual deu-me um tapa na cara.
Eu: Ai!
Fabiane: E é para doer mesmo!
Eu: O que foi que eu fiz?!
Fabiane: Como você pode chegar aqui assim, sem dizer nada! Poxa eu deixo vocês ficarem juntos e agora sua mãe não existe mais?!
Gostaria que isso fosse apenas uma mera ilusão dela, mas era verdade. Quanto mais tempo fico com o Tomas, mais acabo esquecendo de minha mãe.
Eu: Mã... - comecei a lacrimejar. - Mãe, e-eu sinto muito. Eu te amo, a senhora sabe disso.
Abracei-a e chorei em seu ombro.
Meu irmão não estava mais lá para fazê-la companhia. Resta à mim cumprir com esse papel, e eu falhei.
Fabiane: Desculpa minha filha, e-eu exagerei.
Eu: Não, você tá certa. Tenho que voltar a ser aquela filha que você tanto amava.
Fabiane: Ah, não fala isso. Eu te amo minha filha. Do jeito que é.
Nos separamos do abraço.
Fabiane: Quer conversar?
Assenti afirmativamente com a cabeça.
~Tomas narrando~
Eu: Vou dar uma volta por aí, tá mãe?
Mãe: Ok, querido. Qualquer coisa me ligue.
Eu: Beleza.
Saí de casa e fui para o parque tocar um pouco.