*Observação: caros leitores, sugiro ler esse capítulo ouvindo a música can you feel my heart do BMTH. Obrigada.*
Entrei em casa e fui direto para meu quarto, no qual tranquei-me lá dentro.
Não aguentei, chorei aos berros.
Assustada, minha mãe em frente a porta disse-me:
- Filho, o que aconteceu?! Por favor, deixe-me entrar. Quero ajudá-lo.
Frustrado, respondi:
- Ninguém pode me ajudar! Você não entende!
A verdade era que nunca na minha vida havia me apaixonado, não daquele jeito.
Fui tomado pelo ódio. Não estava mais controlando meu corpo.
Pus meu rosto com força contra um travesseiro para abafar meus berros.
Muitos pensamentos surgiam em minha mente.
Por que ela fez isso? O que foi que eu fiz? Não era bom o suficiente? Ou era tudo apenas encenação?
Levantei-me, fui em direção à janela.
~ Eu posso pular. Fugir daqui. - pensei.
Olhei em volta para ver se tinha algo de útil para levar comigo.
Peguei minha guitarra, alguns salgadinhos e duas garrafas de água.
Sabia que mais cedo ou mais tarde, minha mãe acabaria conseguindo entrar em meu quarto.
Escrevi uma carta. Não dizendo para onde iria, mas sim que voltaria, que a amava.
Coloquei-a em cima da cama.
Abri a janela e desci pelas plantas que encontravam-se presas à parede.
Para minha surpresa, deparei-me com Laura.
Segui reto, mas ela parou-me.
Laura: Tomas, para onde estás indo?
Eu: Para onde estou indo? Vou fugir daqui! Ficar longe de traíras como você!
Tentei seguir meu caminho, mas ela agarrou-me o braço.
Eu: Me solta! Some da minha vida!
Laura: Não queria ter feito aquilo! Eu juro!
Eu: Então por quê fez?!
Encarou-me em silêncio.
Eu: Você me inoja.
Segui em frente, não olhei para trás.
Não era hora para desistir. Agora mais do que nunca, precisava dela, da minha irmã. Sei que ela estava comigo, e sei que sempre estará.
Essa é a minha batalha, e eu vou vencê-la.