08 | New York

125 12 0
                                    

Na madrugada do dia seguinte, Luana acordou com a imensa luz que vinha da rua. Abriu os olhos e olhou em volta, viu prédios altos cheios de luzes a percorrê-los, viu placares enormes de publicidade cheias de brilho e chamativas, viu multidões de pessoas a andarem apressadas, a esbarrarem umas nas outras pior do que num formigueiro, pessoas vazias com rostos vazios a andarem na rua como se já o tivessem feito mil vezes o mesmo trajeto e algumas pessoas contemplando a poluição que ali se fazia ver pelo imenso trânsito. Estavam em New York. Cidade dos sonhos e onde tudo pode acontecer.

Já instalados num hotel perto do centro da cidade, Luana foi ter com Klaus na pequena varanda da suite, olhou para a rua e viu mais um monstro de blocos e janelas, o que só fez lhe desejar estar numa praia paradisíaca.

Não se lembrava da última vez que tinham conversado e estava farta desse mau clima entre eles.

- Se é para eu andar a fugir por aí contigo, temos de começar do zero. - Klaus continuou com a mesma expressão de sempre, sério e ao mesmo tempo apetecível, o que só a irritou mais - Eu não sei nada de ti nem tu de mim, vamos recomeçar.

- Esses jogos de começar do zero não me fazem qualquer interesse. - Luana revirou os olhos.

- Diz-me alguma coisa que te faça interesse.

- Sair daqui vivo é uma delas. - Klaus encarou-a e voltou ao seu pensamento.

- Outra vez a querer evitar o inevitável. - Bufou Luana.

- Se tivesses vivido metade do que eu já vivi, perceberias o que é tentar sobreviver.

- Então diz-me, estou desejosa de saber como foi a tua vida, inclusive quem foi Elijah Mikaelson. - Cruzou os braços à espera de uma resposta.

- Ele era um familiar meu.

- E tu disseste que não estavas interessado.

- Pois bem - Abriu o champanhe que estava afogado pelo gelo do pequeno balde e tirou os dois copos que estavam na mesa e encheu-os até metade, dando, em seguida, um copo à Luana. - Um brinde a mim, que vou ter que te aturar por mais uns bons longos tempos.

- Outro brinde a mim e que eu consiga desvendar todos os teus segredos, Klaus. - Pela primeira vez desde que Luana se lembra, Klaus deu um pequeno sorriso, talvez por troça. Brindaram e beberam o champanhe.

- Isso é impossível.

- O quê?

- Conseguires desvendar todos os meus segredos.

- Estou a falar contigo a um bom tempo, nada é impossível.

CuriousOnde histórias criam vida. Descubra agora