22 | The End

225 13 4
                                    

"Agora a minha verdadeira história:

Eu pertenço (ou pertencia) a uma seita. Esta seita é uma alcunha da FBI, ou seja, nós ajudávamos a proteger os inocentes e a encontrar os bandidos.

Mas tudo mudou quando Drew chegou com as suas ideias revolucionárias, ele dizia que nós não podíamos ser os "cães de estimação" da FBI. Nós tínhamos de nos impor. Na altura os meus pais, líderes da seita, não concordaram com estas ideias pois nós realmente só queríamos fazer o bem e seguir os planos de Drew só iria trazer o mal.

Aos dez anos eu acordei e, misteriosamente, os meus pais já não estavam mais comigo.

E Drew subiu ao poder. Pois infelizmente algumas pessoas também pensavam como ele. Drew desfez o laço de amizade com a FBI e construiu o seu império. Ele achava que a cura para a humanidade estava em matar todas as pessoas que faziam mal. Desde então fomos treinados para matar, não só pessoas do mal como pessoas inocentes. A única coisa que Drew sempre quis foi ver sangue.

Eu não conseguia mais pertencer àquele terror que Drew criou. Mas não podia sair de lá sendo menor de idade, então eu casei-me com Elena, para sermos consideramos como adultos e sairmos dali. Mas isso não aconteceu. Desde então eu pedia vezes sem conta, o divórcio a Elena.

Passados dois anos, o meu irmão Elijah Mikaelson, (aquele que achavas que eu tinha matado), descobriu que foi Drew quem matou os meus pais. E Elijah foi morto assim que Drew soube dessa sua teoria.

E o resto tu já sabes.

Eu só consigo magoar as pessoas que estão em meu redor, eu nunca consegui salvar ninguém, eu vi o meu irmão a morrer à minha frente mas não consegui fazer nada. Mas contigo é diferente, eu sinto que eu tenho mesmo de te proteger, eu não podia deixar mais ninguém morrer à minha frente.

Tu ensinaste-me como ser corajoso. E eu não vou mais evitar o inevitável, eu vou enfrentar o Drew custe o que custar.

Eu não te peço para me desculpares, esta carta não foi para isso. Eu só quero que tu sejas feliz com ou sem mim.

Amo-te.

Klaus x"

Luana fica mais alguns segundos a olhar para a carta que chegou no correio esta manhã. Provavelmente ele estaria, neste momento, a finalmente enfrentar o Drew.

...

Klaus aproximava-se da mansão que à alguns anos chamava de casa. Assim que chegou à residência, cinco homens de preto cercaram-o e levaram-no até Drew.

Na poltrona vermelha, estava sentado o maior psicopata dos últimos tempos, com isto quero dizer: Drew. 

- Niklaus! À quanto tempo, meu doce jovem. - Disse Drew, sorrindo sarcasticamente. - Já te cansaste de brincar às escondidas? 

- Sim, na verdade é chato brincar às escondidas quando não te conseguem apanhar. - Drew dá uma excêntrica gargalhada, e para em seguida para levantar-se e encarar Klaus. 

- O que queres afinal, não estavas bem a saltitar de país em país? 

- Quero vingança. Pelos meus pais, pelo meu irmão, e por todos aqueles que mataste em nome do teu egocentrismo. 

- Qual egocentrismo? Niklaus, eu sou a cura para esta humanidade! - Ao ouvir tais palavras, Klaus ri e larga um murro no rosto de Drew, sacando-lhe assim a arma que possuía. 

- Tu não passas de um doente. - Disse apontando a arma de fogo para Drew. Este estava pacífico e a sorrir para Klaus. 

- Os teus problemas não vão acabar se eu morrer. 

- Já deviam ter acabado à tanto tempo. 

Klaus pressiona o gatilho com toda a sua raiva, e um estrondo dá-se em toda a mansão. 

Drew estava morto, finalmente morto. 

Klaus deixa a arma cair em cima do corpo de Drew. Respira fundo e sai pela porta, onde é confrontado por dezenas de homens vestidos de preto. Esses homens estavam simplesmente perplexos com a coragem de Klaus e aos poucos começaram-se a ouvir aplausos. Estavam livres. 

 - Parabéns, conseguiste, enfrentas-te o inevitável. - Disse-lhe uma voz muito familiar. Olhou em volta e lá estava Luana, no meio daqueles homens fortes. Klaus corre até ela e abraça-a mas ela afasta-o de si e desaparece por entre os homens. 

Quem era realmente Klaus Mikaelson? 

Certamente não era nada sem ela. 


E assim termino a obra "Curious". 

O que acharam?

Eu quero que percebam que, por mais curta que seja a nossa jornada, ela tem sempre um propósito. Klaus sempre enfrentou o seu dilema de não conseguir "enfrentar o inevitável", mas acabou enfrentando esse medo. Luana foi o seu suporte a história toda, foi aquela que ele se apaixonou e que provavelmente nunca vai esquecer. 

O propósito de Luana foi desvendar o dilema que era, para ela, Klaus. Ao mesmo tempo que descobria um novo mundo e enfrentava a dor de estar separada dos seus amigos. Conseguiu? Isso fica a vosso critério. 

Eu gostei de escrever esta obra, (foi a primeira que eu levei a sério) e mesmo os resultados de visualizações não serem os de topo, eu continuo a preferi-la por todas as obras que escrevo. 

Por último, queria agradecer aos que me acompanharam desde o inicio. Muito obrigada!




CuriousOnde histórias criam vida. Descubra agora