13 | México

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O cheiro de comer picante e apetitoso entranhou-lhes pelo nariz assim que chegaram a México, mais precisamente Cancún. O clima era quente, até de mais pelo que estavam habituados. Pegaram nas malas e foram diretos para uma agência imobiliária.

- Então, querem uma casa perto da praia? - Perguntou o funcionário.

- Exatamente.

- Muito bem, senhor Joseph, temos várias opções que se enquadram nas suas obrigações, como por exemplo, esta. - Ele mostrou uma foto.

- Gostas? - Perguntou Klaus a Luana e esta disse que sim com a cabeça. - Então pronto, pode prosseguir com a compra, queremos nos mudar ainda hoje.

- Com certeza, senhor Joseph. O nosso motorista pode levar-vos até lá agora.

- Ótimo.

A casa, ops, casarão não ficava muito longe de lá, uns vinte minutos depois e já estavam a entrar naquela que seria a sua nova morada por um longo tempo, ao menos era o que pensavam.

Assim que estava tudo pronto, Luana foi se deitar. Eram 10 da manhã. A cama ficava no último andar, por ela teria dormido mesmo no sofá do primeiro andar mas valeu a pena cansar-se ainda mais pois deu de caras com a maior cama antes vista por esta, além de grande era fofa, o que só facilitou as coisas e Luana dormiu assim que se deitou.

15:43, Luana acorda com o cheiro de algo bom vindo da cozinha. Desceu e viu Klaus com as mangas da camisa branca arregaçadas até aos cotovelos, dois ou três botões da camisa abertos e a cozinhar o que seria um taco. (what if god was one of us?)

- Leste-me os pensamentos. - Disse Luana ao espreitar a panela onde Klaus estava a cozinhar.

- Acho que ficamos outra vez com o problema das camas. - Disse Klaus ao tirar dois pratos de um armário.

- E então? Não seria a primeira vez que dormiríamos juntos.

- Não te importas? Eu posso dormir no sofá...

- Tu é que estás a pagar a casa, não sou eu.

- Tens razão, tu é que vais dormir para o sofá. - Klaus brincou e olhou para Luana que estava indignada. Começaram a rir.

- Não irias querer que eu saísse da tua cama - Disse fitando-o e rapidamente desviando o olhar. Pôs os pratos e tolheres na mesa e sentou-se à espera da comida. Klaus trouxe a comida e sentou-se á frente dela. Era uma pequena mesa com os bancos altos.

- Então, o que estás a achar do comer?

- Estou a achar que vais cozinhar todos os dias para mim. - Klaus sorriu.

- Foi só uma vez, não te habitues.

- Estás tão diferente desde quando nos conhecemos.

- Se quiseres eu posso desprezar-te o dia todo.

- Não, deixa estar como está.

- Bem me parecia.

...

Passaram a tarde no shopping a comprar roupas mais leves e curtas que se adequasse ao clima de Cancún. Os dois odiavam fazer compras, sim a Luana odiava também, mas não iam andar por aí de casacos neste calor.

Tudo havia mudado, agora estavam a ser eles próprios, dois adolescentes sem dramas, fugas ou perseguições. Luana gostava desta faceta de Klaus, ao mesmo tempo que continuava discreto, reservado e mauzão, era também divertido, o que a fascinava.

- Acho que passo o jantar e vou direta para a cama. - Disse ao entrar em casa e jogando todos os sacos para o sofá

- Somos dois.

Sem mais delongas, Klaus foi tomar um duche rápido e Luana mudou de roupa para um pijama e quando ia deitar-se na cama, a porta da casa de banho abre-se e sai o vapor do banho juntamente com Klaus com a cintura enrolada numa toalha branca.

Luana olhou-o e mordeu o lábio para não fazer alguma asneira. Viu uns pingos de água ainda a escorrer pelo tronco de Klaus e deitou-se rapidamente. Luana estava voltada de costas para ele, mas à sua frente tinha um espelho e ela viu Klaus a abrir a mala e tirar de lá uns boxers pretos e vestindo por baixo da toalha ainda enrolada, depois tirou a toalha e passou pelo cabelo e pelo tronco. Luana estava a espera que ele vestisse um pijama ou simplesmente umas calças, mas não, ele veio para a cama só de boxers. (não pode ser)

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