18 | New Orleans

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Ao chegar a New Orleans, instalam-se num modesto hotel de cinco estrelas. Ficaram ambos na mesma suite.

- Salvaste-me a vida. - Disse Klaus deitando-se, em cima do cobertor, ao lado dela.

- Agora estamos quites, já não precisas de estar constantemente a jogar na minha cara que me salvaste.

- E agora o que é que eu vou jogar-te à cara?

- Isso eu não sei. Só sei que eu mereço uma recompensa.

- Uma recompensa, é? - Ele sorriu tão docemente que as covinhas da sua cara apareceram por baixo da sua barba clara por fazer. Aproximou-se de Luana, fazendo a sua barba roçar no pescoço macio dela, quando os seus lábios aproximam-se da sua pele, ela desvia-se.

- Uma recompensa com mais requinte Mr. Mikaelson. - Ele levanta-se da cama, novamente a sorrir.

- Tudo o que quiser, Mrs. Aguiar.

...

Luana acordou, em vez de Klaus ao seu lado estava um bilhete que dizia:

"19:00hrs no pátio do hotel. Traz vestido o que está na caixa.

Klaus"

Rapidamente levantou-se da cama e avistou uma caixa preta com um padrão branco. Abriu-a deparando-se com um vestido vermelho, justo e acima dos joelhos. O tipo de vestido que realça o corpo da mulher sem deixar de ter classe. Nela também estava uns sapatos de salto alto pretos e uma langerie igualmente preta e com rendas.

Começou a ficar nervosa e por isso riu.

...

Luana apareceu de uma maneira tão deslumbrante que fez Klaus tentar se controlar. Viu vários olhares de pessoas que estavam no pátio também, mas o que é que isso interessava? Ela estava ali por ele, mais ninguém.

O sorriso dela cresceu quando o viu, vestido formalmente, isso fê-lo sentir-se como o homem mais feliz da terra. Mesmo sabendo que tinha a vida desfeita, ela era o que o prendia a esta coisa a que chamavam de "vida".

- Como estou? - A esta pergunta Klaus teve vontade de a) beijá-la até a respiração falhar e b) prensá-la conta uma parede e entre beijos dizer-lhe ao ouvido que estava completamente linda. Mas conteve-se.

- Estás linda. Muito linda. - Dizia ele olhando cada centímetro dela.

- Tive um bom estilista. - Ele sorriu levemente.

- Vamos. A tua recompensa espera-nos. - Disse Klaus dando a mão a ela.

Desceram as escadas até à limusina que os esperava em frente do hotel. No carro tocava uma música da Lana del Rey. "Vídeo Game".

"It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time
Heaven is a place on earth with you
Tell me all the things you want to do
I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody
Is loving you
Baby, now you do"

Nada podia estar mais perfeito. Parece que o rádio acerta sempre em cheio quando o assunto é eles.

Chegaram ao restaurante e sentaram-se na mesa reservada junto à grande janela com vista para a cidade.

- Consegues sempre surpreender-me.

- Gostas?

- Se eu gosto? Olha só para esta vista! - Luana dizia radiante olhando pela janela.

- Faço de tudo para te ver com esse sorriso. - Nunca se sentiu tão bem, tão sincero consigo mesmo.

- Obrigada. Por tudo. Apesar de tudo o que estamos a passar tu fazes-me sentir como se eu estivesse em casa.

...

Mal entraram na suite, Klaus fez questão de juntar os seus lábios nos de Luana. A sua língua apoderou-se dela trazendo uma sensação de calma embora que mil e uma borboletas estivessem aos socos dentro dela.

Tiraram os sapatos e dirigiram-se para a cama.

- Se quiseres eu paro. - Disse Klaus ofegante. Luana apenas abanou a cabeça negativamente e sorriu. Klaus beija-a calmamente enquanto tira-lhe o vestido e olha-a. - És tão linda. - Luana estremeceu ao ouvir tais palavras.

Klaus passou a ponta dos dedos na alça do sutiã vendo-a arrepiar-se. Seguidamente, aproximou-se da linha maxilar e distribuiu beijos desde o pescoço até aos seios.

Luana, cansada de ser torturada, começou a abrir a camisa branca de Klaus e a beijar-lhe cada pedacinho do seu peito branquelo.

Por sua vez, Klaus morde-lhe o lábio inferior, fazendo-a gemer. Traçou com os dedos todo o corpo dela. Posicionou-se em cima de Luana. A sensação de pele com pele começava a ser sentida e com ela algum nervosismo. Klaus beija-a. Quando o beijo acabou, olharam-se e sorriram.

- Adoro-te. - Disse Klaus. E um grito de prazer ouviu-se por toda a suite.

Ao acordar, Luana aconchega-se no peito de Klaus.

- Como estás?

- Dorida. - Ela riu, era estranho para ela falar isto a ele.

- A primeira vez é sempre assim, depois passa.

- E tu? Como estás?

- Apaixonado.

- Klaus Mikaelson apaixonado? Não sabia dessa tua faceta.

- Foste tu que a criaste. - Beijaram-se. - Estive a pensar...

- Sobre o quê?

- Sobre o que aconteceu no México. Eles não tinham como saber que estávamos lá.

- Se calhar falhou-nos alguma coisa.

- É impossível. Não temos contato com ninguém de casa, ninguém nos conhecia. - E foi aí que Luana lembrou-se do e-mail que enviara a Hassan. Não, não podia ser por causa disso. Ou podia?

Luana levantou-se embrulhada no lençol e dirigiu-se à casa de banho. Tinha de dizer isto a Klaus mas estavam tão bem que não queria estragar tudo. Saiu da casa de banho. Olhou para Klaus.

- Se calhar eu sei como é que eles nos descobriram. - Klaus olho-a surpreso.

- Sabes? - A consciência começava a pesar-lhe.

- Fui eu. - Ele olhou para ela, confuso. - Eu mandei um e-mail ao Hassan.

- Tu o quê? - Ele começava a ficar furioso. Será que ela não tinha noção do quão perigoso foi aquele ato?

- Na altura eu estava furiosa contigo. Desculpa.

- Puseste-nos em perigo! - Ele gritou.

- E pensas que eu não sei?! - Ela gritou de volta desabando em seguida. - Mas eu precisava de falar com alguém amigo já que tu não estavas comigo.

- Luana...

- Não é Luana, Klaus. Eu fiz, eu admito. Mas percebe a minha parte. Eu perdi tudo!

- Eu percebo.

- Não Klaus, tu não percebes. Se eu fiz o que fiz foi porque estava desesperada.

- Mas agora eu estou sempre aqui para ti. Sempre. - Ele abraça-a.


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