09 | Miami

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Na manhã seguinte, acordaram bem cedo e foram em direção ao aeroporto de NY. Klaus estacionou o carro a uns trezentos metros do local, arrancou a matrícula do carro e pô-la a arder num balde do lixo. Os perseguidores não tinham como os encontrar.

Após horas sentados no avião, aterraram e saíram do mesmo.

- Ouvi dizer que não gostas de grandes cidades, bem, Miami é uma grande cidade mas tem o mar tal como tu gostas.

- Como sabes que eu gosto? - Klaus fez que não ouviu a pergunta e continuou a andar.

De face fechada e muito a desejar, é assim que este rapaz era. Aos poucos Luana foi-se apercebendo sobre "A verdadeira faceta de Klaus Mikaelson" e concluiu, até agora, que ele é corajoso e de certa forma aventureiro, lindo só que não fazia a menor ideia de que era, inteligente e que não olha a meios para atingir os seus fins. Ele quer sobreviver custe o que custar.

Instalam-se de novo num hotel com vista para o mar. Sair e entrar em hotéis tornou-se uma coisa comum para o dia a dia de Luana. Felizmente ou infelizmente, de novo como quiserem interpretar, o hotel estava cheio e o que podiam arranjar era um quarto com camas separadas, já que fizeram questão de assim ser.

...

Este foi o "presente" que Luana teve logo ao acordar, Klaus de tronco nu a passear pelo quarto. A máxima coisa que já tinha visto dele era um ou dois botões da camisa desabotoados. E ele era tão perfeito, podia ficar a olhá-lo durante horas se não dias. Fechou os olhos, não queria que ele a

Não sabia que se estava a gostar dele ou se era um desejo indescritível de tocar-lhe. Abriu os olhos, não podia estar a imaginar tal coisa, apesar de tudo, Klaus pode ser um assassino, ela ainda não se esqueceu do que aconteceu antes de irem ao cemitério. Os gritos da rapariga, não foi Elena, mas pode ter sido outra.

Foi à varanda tentar tirar os pensamentos perversos da sua mente, mas de nada adiantou pois Klaus estava lá, com uma camisa vestida, lamentou-se.

Olhou a grande vista que tinha à frente e como se fosse uma visão, uma brincadeira da sua mente, viu Hassan a contar mais uma das suas piadas mas de repente a imagem disperse-se e o que via era ele a chorar, como quando estava quando Elena o humilhou. E depois Ana e Marcel a tentar consolá-lo, Ana estava quase a chorar vendo Hassan naquele estado e Marcel estava com ódio espancado na cara ao ler a carta que Hassan passou a ele.

- Eu tenho tantas saudades deles... - Deixou escapar.

- Ninguém disse que ia ser fácil. - Disse Klaus, e só aí Luana apercebeu-se que tinha falado alto de mais.

- Não tens saudades da tua família?

- O tempo está bom hoje, deveríamos ir dar um mergulho. - Luana revirou os olhos, estava farta de Klaus e da sua mania de fugir ao assunto.

- És sempre assim? - Encara ele - Pelos vistos, já vi que sim. Tu não és humano, até eu que me julgo forte, tenho sentimentos. Vamos parar com isto Klaus, diz-me tudo de uma vez. Eu estou farta de mudar de estado só porque estou a fugir de uma coisa que eu nem sei ao certo.

Klaus levanta-se e encara-a, esta julgava que iria levar outra lição de moral, ele põe a mão atrás nas costas e outra na nuca dela e continua aproximando-se até as respirações de ambos serem uma só e ele beijar-lhe ferozmente. Ela pensava não sobreviver após isto, mas nem se importava, estava a apreciar o momento. Ele recuou em seguida com a respiração pesada, disse:

- Pelos vistos sou humano, tenho sentimentos. - E foi embora da suite deixando Luana estupefata e ao mesmo tempo frustrada por este ter-se ido.

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