17 | Black guys

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Luana acordou sem Klaus ao seu lado, nem deu pela saída dele, levantou-se da cama e foi tomar um duche, vestiu o seu roupão branco e desceu para a cozinha onde Klaus estava a cozinhar.

Klaus parou logo quando a viu, mordeu o lábio e olhou-a com desejo, pensou em acabar o que deixaram por fazer na noite passada ali mesmo no chão da cozinha, mas conteve-se. Foi até ela a sorrir, com aquelas covinhas na cara e com aquela barba clara por fazer. Quando estavam próximos, Luana fez questão de o torturar, desviando a cara quando este vinha para lhe beijar, Klaus continuava com as suas covinhas, e com os lábios mais encarnados como nunca. Pousou a sua mão direita na sua bochecha quente e virou-a para si, ficando os dois a olharem-se olhos nos olhos. Sem mais delongas, Klaus mordeu o lábio inferior dela e apertou a sua cintura com uma das mãos, Luana suspirou e iniciaram um beijo intenso.

Mas claro que algo tinha de os interromper.

- Não te cheira a queimado? - Perguntou Luana, parando assim o beijo. Klaus foi a correr até ao fogão e desligou-o.

- Lá se foram as panquecas.

- É melhor ires comprar alguma coisa, eu estou cheia de fome.

- Eu vou ao supermercado, não me demoro. Mas antes... - Inclinou-se e deu um beijo nela.

Klaus estava de shorts e t-shirt por isso calçou só uns chinelos, pegou na carteira e saiu de casa. Chegou ao supermercado e comprou bolinhos e outras guloseimas. Estava a sair do supermercado quando cruza-se com Mike, os dois seguiram o mesmo rumo, só que afastados.

Faltava pouco para chegar a casa, mais um quarteirão e lá estava.

- É ele. - Ouviu uns sussurros atrás de si e sem tempo de reagir, o homem que seguia atrás dele, cobre-lhe a boca com um pano que tinha algo para o fazer adormecer, as compras caíram no chão e Klaus é levado para dentro de um carro.

Luana estava a ficar impaciente pela demora de Klaus, o supermercado não ficava assim tão longe. Entretanto, foi trocar de roupa, optou por uns shorts pretos, camisola com um estampado qualquer e umas sandálias. Não demorou muito tempo, a campainha começou a tocar desesperadamente.

- Klaus, estava a ver que... - Admirou-se por não ser Klaus, mas sim Mike. - Oh, olá.

- Tu não vais acreditar no que eu acabei de ver. - Dizia Mike, com um ar aterrorizado.

- O que foi?

- O Joseph...

- O que tem o Joseph?

- Um tipo de preto pô-lo inconsciente, e levou-o numa carrinha preta.

- O quê? - Luana saiu de casa, estava a tremer e não conseguia pensar direito. - Tens de me dizer para onde foi a carrinha.

- Seguiu em frente, eu não vi mais. Mel, eu acho melhor ligar para a polícia.

- Não, eu resolvo isto.

- Estamos no México, é normal acontecer coisas destas, a polícia vai saber como tratar deste assunto melhor do que tu.

- Não, Mike.

Luana corria pelos quarteirões à procura de uma carrinha preta, Mike vinha atrás mas Luana pediu-lhe para ir por outro caminho ver onde estava Klaus, e nunca mais voltaram-se a ver.

...

- Com que então vieste para o México. O meu chefinho está com tantas saudades tuas, vai adorar voltar a ver-te. - Dizia para Klaus que estava jogado no chão de um beco qualquer, com a boca tapada e de braços e pernas atadas. - Mas ele também quer a tua amiguinha, como é que ela se chama? - Klaus olhou-o furioso - Ah, Luana. Essa gostosa. - Klaus tentava arrancar as cordas que o prendiam mas sem êxito.

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