Parte I - Gelo e Sangue. 1- A iniciação.

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-Papai, Papai! Você se esqueceu de novo!-

-Como assim... esqueci?-

-Sim! Hoje é o dia de nos contar histórias!-

-Ah! Claro crianças, como pude me esquecer... Bom, quando eu era criança, sempre passava as férias de verão na casa dos meus avós, e meu avô vivia me contando histórias, algumas chatas sobre a segunda guerra e algumas mais interessantes, sobre homens do espaço, monstros sugadores de sangue, demônios e até mesmo de grandes guerras e seus heróis... mas, o que eu mais gostava, era das histórias sobre os vikings, e havia uma em especial que eu adorava...-

-"A muitos séculos atrás, em um lugar onde hoje seria território da Rússia, havia uma grande aldeia viking chamada "Okum", nela moravam, agricultores, caçadores, guerreiros, mulheres e crianças, enfim.

E dentre todas as crianças, havia um menino que se destacava dos demais, seu nome era... Arkon, ele se destacava não apenas por sua grande habilidade de luta no treinamento de combate, mas por sua força de espírito e principalmente por sua compaixão, o que não era tão comum para um viking.

No dia em que Arkon fez 16 anos, recebeu uma missão, que funcionaria como uma iniciação no exército da aldeia. Ao anoitecer, Khor, o mestre de treinamento de Arkon lhe entrega uma lança e a missão dizendo:

-Arkon, esta noite, você se tornara um legitimo guerreiro, você se tornará um homem!-

Neste momento, Khor assumiu uma expressão séria e disse:

-Você deve completar seu treinamento! Deverá ir a floresta, e voltará apenas quando matar um animal grande o suficiente para que sua pele lhe sirva como vestimenta!

Arkon demonstava uma face preocupada, pois em sua região, qualquer animal grande o suficiente para vestir um homem com 1,80m, seria com certeza muito perigoso, porém ele apenas assentiu com a cabeça para seu mestre.

Já a caminho da floresta, a cerca de 5km da aldeia, portando apenas sua lança e uma bolsa, Arkon se vê perdido em pensamentos de uma possível estratégia, do que fazer caso encontre seu perigoso prêmio, ele logo percebeu que já estava anoitecendo, então começou a procurar gravetos secos pelo caminho, o que se mostrou uma tarefa difícil, pois em sua região mesmo sendo verão ainda tinha neve.

Já no meio da floresta em escuridão quase total, Arkon decide que é hora fazer uma fogueira, ele retira os gravetos da mochila e os acende próximo a uma grande árvore, olhando para a árvore ele percebeu que suas enormes raízes altas formariam um abrigo ideal para passar a noite.

Ao acender o fogo, Arkon repara em pequenas pegadas na neve, pegadas estas que seguiam na direção de um amontoado de pequenos arbustos, logo ele percebe algo se mechendo dentro dos arbustos, seria este seu jantar?

Na escuridão banhada apenas pela fraca luz do fogo, Arkon prepara sua lança e da a volta por trás do arbusto silenciosamente, pega uma pedra para espantar o que quer que fosse para direção do fogo, e assim poder ver com mais precisão o que irá acertar com sua lança.

Ao tacar a pedra, Arkon escuta o arbusto se mecher e percebe o movimento quase invisível da lebre em meio a neve, sem perder tempo Arkon atira sua lança, que ao colidir com o alvo, tingi a neve de vermelho.

Usando dois galhos fincados ao chão, um de cada lado da fogueira e sua lança, Arkon improvisou uma "churrasqueira" para assar a caça e cobriu parte da carne crua com neve para que fosse conservada até o outro dia, logo após comer Arkon se deita para descansar.

Após algumas horas de sono, Arkon acorda repentinamente, pois havia um indistinguível som de luta no ar,
Porém este som... Não era de uma luta humana.

Assassin'S creed - Origem.Onde histórias criam vida. Descubra agora