Alguns minutos, e já estavam todos os tripulantes na praia, Arkon deixou todos para trás, saindo correndo em direção a floresta. Já faziam muitos meses, talvez anos, que ele não fazia aquele percurso, logo era relativamente difícil chegar até o abrigo, correndo, levou cerca de quinze minutos até que Arkon reconhecesse uma clareira na qual dava para a entrada da gruta.
Uma flecha pousou bem a frente dos pés de Arkon.
-Parado!- Gritou um dos guardas.
-Timor, e você?- Perguntou Arkon para o guarda que havia falado.
-Éh... sim, como sabe... espere, Arkon?- Timor se surpreendeu.
-Sim, sou eu, amigo.- Disse Arkon.
-Mas... O que aconteceu, você acabou de sair, olhe suas roupas, sua aparência...- Disse Timor.
-Esta é realmente uma longa história.- Respondeu Arkon.
-Arkon, que lugar é esse? Como sabia chegar até aqui?- Disse Kennedy chegando com todos os outros.
-Quem são eles?- Perguntou Timor.
-São Amigos.- Respondeu Arkon ignorando a pergunta de Kennedy.
Arkon entrou na gruta, e lá estavam todos seus amigos, correu para abraçar a todos, contou o que havia acontecido desde que havia saido, e seus antigos amigos, seus novos amigos e inclusive seu filho, ficaram impressionados, quando todos foram dormir, Arkon ficou na entrada da gruta pelo resto da noite, admirando o mais belo céu que já havia visto, sentado ao lado de seus amigos, Morte e Inverno.
No dia seguinte, Arkon pensava apenas em sua vingança, mandou Niker reunir os outros, Kennedy e os assassinos tinham ido até o navio, para que pudessem pegar o arsenal de armas de fogo, Arkon os viu chegando distribuindo as armas para os vikings.
Com a ajuda dos índios, caminharam por horas até que pudessem rastrear os homens de Pedro, vendo seu acampamento que era grande, e deveria ter cerca de duzentos soldados, logo armaram a emboscada. Os homens de Pedro estavam alheios e com a guarda baixa, os assassinos, vikings e índios, cercaram o acampamento e começaram atacando por todos os lados em direção ao centro onde provavelmente estaria Pedro, o primeiro ataque foi a distância, todos deram tudo que tinham, desde facas e machados de arremesso, até flechas e tiros.
O número muito superior de soldados de Pedro, estava tão reduzido que a batalha poderia até ser igualada pelos comandados por Arkon, o único problema, é que depois do primeiro ataque, tudo que sobrou para o lado Arkon, foram espadas e machados pesados, enquanto do outro lado, todos ainda tinham armas de fogo.
O contra ataque foi mortal, centenas de tiros para todas as direções eram lançados, os vikings e assassinos começaram a perder muitos homens, após alguns minutos, Arkon viu em meio a intensa batalha, que o único assassino de pé, era Kennedy, e que os índios haviam fugido, os poucos vikings de pé estava sendo mortos, alguns metros a esquerda Arkon ouviu um grito seco vindo de Niker, uma bala havia lhe acertado entrando em seu olho esquerdo, antes que Arkon pudesse fazer qualquer coisa, Niker já estava caído no chão sem vida, mais a frente Julyr era arrastada por dois homens, Morte e Inverno foram cruelmente fuzilados, ninguém mais resistia aos tiros, como último apelo, Arkon levou a mão ao bolso, mas nem mesmo encontrou a Maçã, os homens que avançavam na direção de Arkon eram repelidos por golpes de adaga, e não havia nenhum sinal de Pedro em meio a batalha, Arkon pensou que era tarde demais, e que sua emboscada deveria ter sido mais silenciosa, e deveria ter aproveitado mais o elemento surpresa.
Três homens cercaram Arkon, o mais graduado deles acertou um golpe de espada na barriga de Arkon, que ficou quase que indefeso contra os três, mas ainda se mantendo de pé para os enfrentar.
De repente, como que por um milagre, os tiros do lado de Pedro pararam, Arkon estava confuso e não entendia nada do que acontecia, pois os soldados de Pedro começaram a correr desesperados.
-Arkon! Deite no chão!- Kennedy gritou com certa empolgação na voz, que Arkon logo obedeceu.
Tiros voaram por cima da cabeça de Arkon, os homens de Pedro que sobraram do combate, simplesmente começaram a cair, Arkon olhou para trás e viu dezenas de homens armados, que agora saiam de todos os lados, a bandeira que carregavam era familiar, dando tranquilidade a Arkon, que disse em voz baixa:
-O círculo de ossus!
Arkon olhou em volta, viu que entre os sobreviventes, estavam apenas ele, Kennedy, seu filho, e sete amigos vikings, com certa tristeza pelas perdas ficou de joelhos, depois olhou para seu ferimento na barriga, e se permitiu descansar, que exausto pela batalha acabou desmaiando.
Depois de desmaiar Arkon se viu acordando em um lugar totalmente branco e vazio, com uma sensação de vácuo ao redor. Não havia nada além dele e um ser recém aparecido.
-Olá Arkon.- Disse o ser.
-Quem é?- Perguntou Arkon.
-Loki.- Respondeu
-Eu... morri?- Arkon quis saber.
-Onde está a Maçã?- Perguntou o ser.
-Eu... eu não sei... acho que a perdi na batalha, eu falhei.- Disse Arkon abaixando a cabeça.
-Não, você não falhou, inclusive provou ser digno de uma segunda chance, dando sua vida pelo seu... pelo nosso propósito.- Disse o ser
-Então eu morri.- Concluiu Arkon.
-Pegue sua adaga.- O ser ordenou.
Arkon olhou para sua cintura, e pegou sua adaga, que até então ele não sabia que ela estava ali, talvez tivesse aparecido por obra de Loki. Então ele a segurou e olhou para Loki.
- Agora filho, terá sua chance, enfie na sua barriga.- Ordenou Loki.
Arkon ficou paralisado por um tempo, tentando analisar se Loki estava o enganando, mas pensou que não tinha mais nada a perder, logo criou coragem, e enfiou a adaga em sua barriga, que ele viu que estava sem o ferimento da batalha.
Arkon apagou pelo que pareceu ter sido meses, até que se viu em outro lugar com a mesma sensação de vácuo, ao longe ele viu um rapaz e uma garota conversando, de repente, ele começou a ser atraído em direção ao rapaz e então...
...-Não consigo dormir, tive um sonho estranho com você agora pouco- Disse a garota... que era Julyr, e ela falava com Arkon, como aconteceu pouco antes de Arkon pegar a Maçã.
-Julyr! Espere!- Arkon olhou assustado para o céu, e ficou olhando por alguns segundos, mas nada caiu de lá.
-Esperar o que?- Disse Julyr.
-Nada!- Disse Arkon dando um abraço a deixando sem intender o que acontecia.
Arkon ficou feliz ao ouvir os latidos e rosnados de Morte e Inverno que brincavam com os cães da aldeia, eles formavam uma alcatéia de brincalhões correndo e derrubando coisas, outra hora comiam os restos da festa que já tinha acabado, às vezes, lambiam a cara de Niker que estava bêbado jogado no chão, e que tentava espantá-los sem sucesso. Arkon olhava aquilo e pensava "Estou de volta, tudo está tão perfeito." Mas ainda restavam dúvidas na mente de Arkon, Loki teria o enganado, e agora Arkon estaria morto, em algum tipo de paraíso particular? Arkon não tinha certeza, não queria que fosse perfeito, queria apenas que fosse real..."
-Então crianças... essa foi a história de hoje!-
-Muito legal papai...-
-Espera, ele morreu? o que aconteceu com os outros?-
-Bom quem sabe outro dia eu conto.-
-Ahh, tudo bem, boa noite papai.-
-Boa noite, durmam bem crianças.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Assassin'S creed - Origem.
FanficUm jovem soldado viking, Arkon, tem sua vida completamente mudada ao receber a missão de proteger um misterioso objeto, viajando através das eras, suas ações agora serão cruciais para que a humanidade possa ter um futuro.