12 - Portugueses?

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-Olá capitão!- Disse Arkon sacando sua ameaçadora adaga.

-Mas! O que é isso? Você de novo? Como chegou aqui?- Perguntou o capitão surpreso e amedrontado como se tivesse visto um fantasma.

-Desculpe me? Acho que não nos conhecemos, deixe me apresentar, Sou Arkon de Okum, orgulhoso lí...-

-Líder da terceira legião de Okum, Capitão do Gigante de Gelo e blá blá blá...- Interrompeu Niker como sempre, e acabou se deixando soltar uma risada pela cara que Arkon fez.

-Agora sem mais delongas quem seria o senhor?- Perguntou Niker.

-Niker! Quer calar a boca? Deixe isto comigo- Interveio Arkon. -Então... Quem seria senhor?- disse Arkon, que percebeu a cara de tédio em Niker.

-Sou Pedro Álvares Cabral, a seu dispor, e se não for nenhum incômodo, poderia abaixar a arma, sim?- Respondeu Pedro.

Arkon abaixou a arma, mas é claro não abaixou sua guarda, estava atento a cada gesto que Pedro fazia enquanto conversava com ele.

-Então, você me pareceu um tanto quanto... surpreso quando me viu, de onde poderia me conhecer?- Quis saber Arkon.

-Eu me precipitei, realmente não poderia ser você, olhe seu dedo.- Disse Pedro.

-Como é?- Disse Arkon sem intender do que se tratava.

-Nada. Como chegaram aqui?- Perguntou Pedro.

-De navio.-Respondeu Niker, que recebeu um olhar de desaprovação dos dois.

-Ficamos a deriva no meio do mar, após uma tempestade.- Respondeu Arkon.

Arkon escutou uma pequena explosão, e logo sentiu uma dor aguda em seu ombro esquerdo, ao olhar para o lado viu um homem segurando um estranho pedaço de madeira e metal, que parecia soltar fogo pois ainda havia fumaça saindo de uma abertura em sua ponta.

-Que tipo de arma é essa?- Disse Arkon anestesiado pela surpresa, porém ainda sentindo o sangue quente escorrendo pelo corpo.

-Homens! Prendam eles!- Ordenou Pedro.

Arkon já estava de joelhos quando ergueu a cabeça viu mais homens se aproximando com suas sofisticadas armas.

-Niker, corra! Avise os outros!- Gritou Arkon.

-Não vou te deixar!- Gritou Niker sacando seu machado que era igual ao de Arkon, afinal, ele tinha "pego emprestado".

-Se não fugir todos vão morrer! Vá por favor...- Implorou Arkon.

Niker se viu sem escolha e começou a correr na direção do abrigo acompanhado pelos lobos que estavam pela primeira vez assustados com algo, o barulho dos tiros. E mesmo relutantes abandoram seu amigo.

-Deixe que Niker fuja! Ele vai nos levar direto para seu abrigo.- Disse Pedro para seus homens enquanto se aproximava de Arkon que sangrava no chão.

-Não sei como acharam este lugar, mesmo você chegando primeiro,  o crédito será meu, e o seu fim está próxi... AHHRGH!!!- Pedro se interrompeu com um grito.

Arkon deu um golpe com a adaga na perna de Pedro, e começou a correr por entre as árvores e pedras, pegando um morro íngreme até a parte mais alta do local, a sua direita, havia um barranco de aproximadamente 3 metros acima do nível que estava, Arkon não pensou duas vezes antes de começar a escalar, enquanto subia, balas acertavam a terra próxima a sua cabeça, os homens corriam com agilidade atrás dele.

Quando estava no topo, tentou correr em vão, pois se deparou com um penhasco a beira mar, por alguns momentos Arkon ficou sem ação,  A dor de seu ferimento era horrível,  os homens de Pedro já estavam em cima do penhasco, apontando as armas para Arkon, ele olhou para o mar e ao longe se via mais um navio, este era de uma madeira escura, com velas brancas e o quê parecia ser um triângulo deformado pintado de vermelho, "Mais dos homens de Pedro talvez." Pensou Arkon.

Arkon resolveu dar um salto de fé, fechou os olhos e abriu os braços, sua sombra na água se parecia com uma cruz, seria uma queda de pelo menos 9 metros, Arkon esvaziou sua mente, esqueceu a dor e apenas pulou.

Não seria tão fácil assim escapar, enquanto pulava, tomando impulso para cima e para frente, escuta se outra explosão. Outro tiro acerta seu ombro que já estava ferido, a dor percorreu todo seu corpo novamente, obrigando lhe, que sua postura fosse desfeita, fazendo o cair já desmaiando em meio a água. Arkon teria um fim trágico e desonroso para um guerreiro, que seria morrer fugindo, ou conseguiria resistir? Ele não teria escolha, precisaria resistir, seu fim não poderia ser esse... Não ali! Não agora!

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