9 - Visitantes estranhos.

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Arkon permanecia sentado na praia, alguns de seus companheiros já estavam acordando, e todos que acordavam, quase que imediatamente, tinham sua atenção voltada para o lindo horizonte daquele lugar, barulhos indistinguíveis de animais dos quais nunca se ouviu falar, se misturavam ao som das ondas do mar e da leve brisa da manhã, Arkon percebeu alguns curiosos em meio a floresta, mas, o que lhe chamou a atenção, foram manchas negras se aproximando lentamente em meio ao horizonte.

-Niker... acorde!-. Sussurrou Arkon.

-O que?- Respondeu Niker imediatamente.

-Você está vendo aquilo?-Perguntou Arkon. -Lá! No horizonte-. Terminou ele apontando para as manchas.

-O que são?-Perguntou Niker.

-Não sei, deveríamos nos preocupar?-Disse Arkon.

-Não conhecemos este lugar... as manchas já poderiam estar lá quando chegamos.-Avaliou Niker. -Você os viu?- Perguntou Niker.

-Está falando dos homens da mata?... sim! Estão nos observando a algum tempo.- Disse Arkon.

Arkon e Niker começaram a andar pela praia, até chegarem a um grande rochedo que estava na areia, passaram por de trás dele e sumiram da vista de seus observadores, e de lá mesmo entraram na mata.

-Vamos ficar atentos- Avisou Arkon.

Dados alguns passos em meio a mata, os curiosos são localizados a poucos metros a frente, Arkon se aproxima devagar e fica parado nas costas de um deles, Niker faz o mesmo com tom de deboche, mas acaba empurrando um deles, os homens se viram assustados e imediatamente se ajoelham com as mãos trêmulas sob a cabeça.

-Quem são vocês?- Perguntou Arkon.

Nenhum dos homens ousavam olhar em seus olhos e um deles que parecia ser o lider, dizia algo em um dialeto estranho. Neste momento, Arkon tira sua atenção dos homens e repara na caixa da Maçã que cintilava na areia, sem pensar muito, se pôs a correr em direção a caixa. Ao abri la pega a Maçã e logo sente um formigamento nas mãos, antes que possa pensar em largar, percebe que não mais está na praia, Arkon se encontrava em um lugar totalmente branco e sem personalidade.

("-Olá?-

-Bem vindo Arkon...-

-Odim?-

-Sim, estou aqui para lhe ajudar. -

-Como?-

-Você não vai conseguir se comunicar com os habitantes locais, a menos que eu te ajude, agora volte e deixe que o líder deles segure a Maçã.-

-Qual deles é o líder?-

-Você saberá.-")

Arkon ouviu um leve som de ventania e voltou a si, quando olhou ao redor todos lhe olhavam assustados, ao seu redor estavam não só seus homens, mas também os curiosos da floresta. Arkon foi na direção dos homens e entregou a Maçã para aquele que estava falando em dialetos mais cedo, o homem pegou o artefato com as mãos ainda trêmulas quase o deixando cair, um brilho repentino fez com que todos fechassem os olhos.

Passados alguns segundos tudo estava de volta ao normal, exceto pelo fato de que, o homem que segurava a maçã estava... diferente.

-Piedade!...espere... o que fizeram comigo?

Arkon e os outros estavam tão surpresos quanto o homem que agora falava sua lingua perfeitamente, mas... em meio a agitação, houve uma coisa que ninguém percebeu... as manchas no horizonte! Elas aumentaram, e puderam ver que eram vários navios, tão grandes ou talvez maiores que o Gigante de Gelo...

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