Assassin'S creed - Origem.

16 - Projetos.

Syrah decidiu ver o que Arkon fazia no escritório do "salão avançado leste", era como chamavam o esconderijo, que era o terceiro, de uma série de cinco salões dominados pela guilda.

-Arkon, você está aí à horas, o que tanto faz nessa sala?- Perguntou Syrah.

-Nada! Projetos!- Disse Arkon rodeado de pergaminhos e com um olhar beirando a psicose.

-Você ainda não comeu nada- Disse Syrah preocupada.

-Tá, tá, legal, já pode ir.- Disse Arkon sem nem mesmo olhar para ela.

Arkon, ainda não havia conseguido projetar uma arma semelhante a que havia lhe ferido, mas enquanto pensava, desenvolveu diversas outras armas, como algumas lâminas retrateis, desde lâminas simples, até lâminas que serviam para injetar veneno, e outras que injetam ar, cada uma com suas peculiaridades e vantagens, além de equipamentos de defesa como uma braçadeira feita de uma liga especial de metal, muito leve e resistente, também criou arcos mais precisos e potentes, espadas mais aerodinâmicas e leves, bestas mais ágeis, tudo o que se pode pensar foi para o papel, exceto sua desejada arma de fogo.

Dias se passaram e Arkon decidiu pôr em prática, um de seus projetos, o seu favorito que era a lâmina retrátil,  foi o escolhido para ser produzido.

-Syrah, preciso forjar um de meus projetos, onde devo ir?- Perguntou Arkon.

-Não sei se reparou, mas temos um ferreiro na segunda porta a direita.- Disse Syrah.

Arkon saiu depressa entrando na porta indicada, e por um momento pensou no que haveria atrás das outras portas, sendo que entrou em apenas três das sete portas do salão.

-Preciso fazer uma série de mecanismos, uma braçadeira e uma lâmina.- Disse Arkon sem nem mesmo se apresentar para o ferreiro, enquanto entrava depressa no cômodo.

-Sou Talion, a propósito, você deve ser Arkon, vamos ver o que podemos fazer.- Disse o ferreiro.

Dois dias de trabalho entre tentativas e erros, e finalmente a lâmina estava pronta, era linda e brilhante, mas deveria ter um acabamento fosco, pois seria usada de forma oculta, e precisaria ser discreta.

Arkon a pegou com as duas mãos a erguendo e a admirando, lentamente a foi colocando em seu braço esquerdo, se encaixava com perfeição, Arkon ativou a lâmina, e ao invés da lâmina ficar a mostra, ela perfurou o dedo anelar de Arkon, pela parte de trás atravessando o osso, aquela com certeza foi o pior sentimento de dor que ele já havia sentido, tendões e pele foram dilacerados pela força do mecanismo, um pequeno erro de cálculos, lhe custou um dedo para sempre,  Arkon olhava o sangue escorrendo, e sentia o gelado da lâmina em sua carne, com dificuldade desativou o mecanismo que ao voltar terminou de decepar seu dedo.

Rapidamente Arkon correu até a sala do médico, que prontamente iniciou os procedimentos para estancar o sangue, e deu algumas ervas anestésicas para Arkon mastigar, enquanto passava mais ervas no ferimento.

De repente, Arkon que parecia mais obcecado com seus projetos do que preocupado com a dor, faz uma pergunta a Marlin.

-No primeiro dia que estive aqui, você tirou algo do meu ombro... onde está?-

-Se refere as pedrinha pretas?- Perguntou o médico.

-Sim, onde estão?- Retrucou Arkon.

O médico pegou uma bandeja de prata suja de sangue que estava a sua direita, nela havia as tais pedras pretas e um pouco de ferro, que provavelmente era do projétil.

-Aqui estão.- Disse Marlin.

Arkon pegou um pequeno pedaço, que estava dentro da bandeja, e jogou em uma das tochas na parede, que momentaneamente teve uma pequena explosão, fazendo com que Arkon exclamasse em esperança.

-Incrível!-