15 - O salão.

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-Então eu ajudei uma fora da lei.- Disse Arkon refletindo sobre o que fez.

-Não exatamente, quer dizer... fora da lei, sim, mas não quer dizer que você agiu errado, afinal o que fazemos não é errado.- Disse Syrah tentando se explicar.

-Como assim, vai dizer que vocês são ladrões legais?- Perguntou Arkon.

-Nós roubamos porque não temos escolha, o governo está oprimindo todos os cidadãos, a maioria não tem o que comer, não estamos roubando, estamos recuperando o que é nosso por direito, não venha nos julgar sem saber de nada! Você é um forasteiro! Não sabe pelo que passamos!- Disse Syrah com o rosto vermelho de raiva.

-Ei calma ai, não estou julgando ninguém... parece que alguém aqui tem o temperamento explosivo!- Disse Arkon revirando os olhos.

-Tudo bem, vamos cuidar dessas feridas.- Disse Syrah que já estava entrando em outro cômodo.

Apesar da porta pequena e discreta na entrada do esconderijo dos ladrões, por dentro havia um salão principal que Arkon ficou positivamente surpreso ao vê lo, era um salão relativamente grande, retangular com três colunas dos lados esquerdo e direito a cerca de 1.5 metros das paredes que eram decoradas com plantas e uma pequena fonte no meio, assim como também haviam três portas em cada lado e uma porta maior no centro da parede da frente. Uma abertura quadrada no centro do teto também chamou a atenção de Arkon, mas ele logo passou a seguir Syrah que tinha entrando na terceira porta da direita.

-Marlin, quero que cuide deste gentil senhor, que agora pouco salvou minha vida.- Disse Syrah rindo enquanto olhava de Marlin para Arkon. -Arkon, este é Marlin o médico da casa.-

Marlin parecia distraído com alguns tubos e frascos, que provavelmente eram feitos de barro, e que pareciam conter algo que um dia já foi vivo.

-Olá...Marlin- Disse Arkon sem intender por que Syrah estava rindo.

-Bom... fique à vontade, vamos dar uma olhada nisso.- Disse Marlin se levantando depressa.

-Bom então salvou Syrah, isso não me admira ela está sempre em confusão, ei onde conseguiu este ferimento?- Disse Marlin com uma expressão de surpresa e dúvida.

-Bom, onde... Acho que você não entenderia, e eu não saberia te explicar direito- Disse Arkon pensando em seus amigos que estão a 6.000 anos a frente da época em que se encontra agora.

-Sabe pelo menos dizer como foi?- Disse o médico.

-Ainda não sei exatamente, mas minha teoria é que foi feito por uma espécie de arma que atira ferro e fogo.- Disse Arkon que ainda não sabia muito sobre as armas dos portugueses.

-Parece bastante engenhosa esta tal arma, eu não acreditaria se não estivesse vendo os ferimentos, nunca vi nada assim antes.- Disse o médico coçando a cabeça. -Bom, tudo que posso fazer é limpar o ferimento e colocar um curativo, Ah e é claro tentar tirar qualquer coisa que esteja ai dentro.-

-Os ferimentos já foram tratados por uma amiga, mas não sei se ela fez um bom serviço.- Disse Arkon pensando em Julyr.

Alguns minutos depois Arkon estava de volta ao salão principal com o curativo feito.

-Olá Arkon, vejo que o ferimento parece melhor, precisa de mais algo?- Perguntou Syrah.

-Na verdade preciso de algo que eu possa usar para escrever, após minha viagem tive algumas idéias.- Disse Arkon.

- Entre naquela porta terá tudo o que precisa lá dentro.- Disse Syrah apontando para a porta grande da parede da frente.

-Obrigado.- Disse Arkon.

Após usar a Maçã, Arkon teve seu potencial aumentado, então logo não demorou para começar a aproveitar o dom que recebeu, dentro da sala que acabara de entrar havia material o suficiente para começar seus projetos. E Arkon estava determinado a descobrir como a arma que lhe feriu funcionava.

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