Parte IV - Metal e Solidão. 20 - A metrópole.

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Arkon estava em uma mega cidade, pessoas andavam com pressa por todos o lados, todos tão preocupados com suas vidas, com seus problemas, com suas dívidas e seus dilemas. Ninguém sequer prestou atenção no homem que acabou de se materializar no meio da rua, eles não prestaram atenção, ou apenas não se impressionaram? Seria normal que isto acontecesse naquele lugar?

Coisas que Arkon nunca havia visto, brilhavam pelas gigantes construções, as construções pareciam refletir tudo a sua volta e eram tão altas que pareciam alcançar o céu, Arkon viu em um prédio a sua frente, um letreiro luminoso, que marcava o ano de 2100, a metrópole parecia linda e moderna, mas havia uma sensação de frio, não se sentia nada além do frio metálico das construções a sua volta, e uma espécie de solidão, que fazia parecer que toda humanidade que havia naquele lugar tinha desaparecido.

Arkon olhou para cima, admirando os gigantescos prédios, e percebeu que a cidade estava envolvida por algo transparente, um vidro talvez. O céu estava escuro algumas estrelas estavam visíveis, pois não havia nenhuma nuvem, mas algo chamou sua atenção o sol estava alto, como se fosse o começo da tarde, aquilo deixou Arkon sem ação, paralisado por minutos, ali de boca aberta olhando para cima.

Alguém passou correndo, e esbarrou em Arkon, que logo acordou de seu transe, em meio a multidão viu se, um caminho sendo aberto entre as pessoas, o homem que corria derrubava a todos em seu caminho, outro passou correndo ensanguentado, este estava rápido como uma flecha, vestia algo semelhante a uma armadura, era branca com detalhes vermelhos, e acoplado ao metal daquele traje, havia uma espécie de tecido, compondo o capuz por exemplo.

Arkon começou a correr atrás dos dois homens, após correrem por cerca de 3 minutos, os homens chegaram a um beco, Arkon ficou observando à uma distância segura, e pôde ouvir a conversa deles.

-Fim da linha Isaac.- Disse o homem da armadura.

-Você não pode deter a Ordem!- Disse Isaac, que retirou de seu bolso, um estranho punhal, com uma lâmina cristalina, e avançou contra o outro homem.

O homem da armadura se esquivou, e com um movimento de seu pulso, ativou uma lâmina que apareceu do nada, e parecia ser feita de uma luz avermelhada, seu funcionamento era semelhante ao da lâmina oculta. O homem enfiou com facilidade a lâmina na garganta de Isaac, que além de cortar, pareceu queimar o local, e então o viu cair enquanto murmurava "Descanse em paz" e desativou sua arma.

-Ei estranho, viu tudo que queria?- perguntou o homem a Arkon.

-Posso ver sua arma?- Disse Arkon impressionado.

-Como é? Ah okay , mas cuidado, ou será a última coisa que verá!- Disse o homem ativando a lâmina.

Arkon observou que o homem tinha uma marca de queimadura no dedo, feito por um anel que provavelmente foi colocado em alta temperatura no ânelar da mão esquerda, a marca estava no mesmo local que Arkon tinha perdido o dedo, e logo lembrou do que Odim lhe disse, "...você está dando origem a uma linhagem de pessoas que protegerão o seu mundo por muitas eras." , seria uma coincidência, este homem ter uma marca logo onde Arkon escolheu para que os seus fossem identificados?

Arkon mostrou ao homem sua lâmina, o que fez que ele logo a reconhecesse.

-Isto é muito antigo, onde conseguiu?- O homem perguntou.

-Eu mesmo a projetei, com a ajuda disto.- Disse Arkon mostrando a Maçã.

O homem arregalou os olhos e disse para Arkon o seguir, foram até a rua e entraram em um carro.

-Que meio de transporte interessante.- Disse Arkon.

-A propósito, sou Albert, mas pode me chamar de Wink, todos me chamam assim, não sei o por que, mas chamam, e você qual é o seu nome?- Disse Albert.

-Então... eu não intendi, por que o céu está escuro, se está de dia?- Disse Arkon ignorando a pergunta.

-Nossa, por onde você andou? Bem... Digamos que depois da terceira guerra, a camada de ozônio, meio que... sumiu.- Disse Wink.

-E você é da guilda dos ladrões?- perguntou Arkon.

-Como é? Nós somos assassinos.- Respondeu Wink com um sorriso bobo.

Arkon ficou perdido em pensamentos e fazia todas as perguntas que lhe vinham a mente, alguns minutos depois chegaram a seu destino, a base dos assassinos.

Após andarem um pouco pelas instalações, Wink entrou em uma sala e começou a conversar com um garoto de aproximadamente 19 anos que estava lá dentro.

-Ned, quero que veja uma coisa, tem um cara que... resumindo ele tem roupas e armas antigas, e... ahh é mesmo, outra Maçã.- Disse Wink.

-Ei, rapaz qual seu nome?- Perguntou Ned.

-Sou Arkon.- respondeu.

-Impossível!- falaram Ned e Wink juntos.

-Esse cara só pode ser doido.- comentou Wink.

-Deite aqui quero fazer alguns testes no Animus.- Disse Ned apontando para uma cadeira estranha.

Alguns minutos mais tarde saiu o diagnóstico.

-Ei! Wink! Vem ver isso. Esse cara realmente não é daqui, o ancestral mais próximo dele, viveu em uma aldeia chamada Okum, no território da Rússia.- Disse Ned.

-Sim, e?-. Perguntou Wink.

-Isto é... os pais dele são do século V!- Exclamou Ned.

-Tem mais, eu vasculhei as memórias dele, e ele tem viajado no tempo com a Maçã, ele é ou foi, o primeiro ser humano a ter contato com a Maçã, e a Irmandade, só existe graças a ele.- Completou Ned.

- Isso sim é incrível, mas, se ele é do século V, como ele deu origem a Irmandade, que é mais antiga que isso?- Perguntou Wink.

-Bom como eu disse ele viaja no tempo, e ele já esteve, ah vejamos- disse Ned mexendo em um computador. -Ah sim! Vou citar o nome dos territórios atuais e em seguida o ano aproximado, Rússia em 437, Brasil em 1500, Egito em 4.500 A.c, e agora aqui, Londres 2100. Só que também captei mais interações dele com assassinos de outras épocas, o que indica que ele ainda pode voltar e até avançar no tempo.

-Claro isso explica muito sobre outros usuários do Animus terem interações com o misterioso Arkon em diversas épocas, e em fim ele está aqui.- completou Wink.

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