Poucos minutos depois chegamos ao shopping. Eu e Agatha saímos correndo para as lojas e eu não resisti e comprei várias roupas.
Comprei um ursinho para Agatha que estava quase o pegando com os olhos. Logo depois fui a loja de decoração e Agatha me ajudou a escolher os papeis de parede, tapete, adesivos e entre outras coisas para decoração. E é claro, fiz dos dois armários ambulantes de burros de carga.
Fui em uma loja de sapatos, tomamos sorvete, comemos batata frita, um momento agradável. Eu definitivamente estava gostando de passar esse tempo com a pequena. Tudo o que via ao seu redor, os olhos brilhavam de admiração.
Quando os celulares de John e Jack começaram a tocar eu os destrai os fazendo ir com Agatha na área de brinquedos.
Joguei uma de:"Olhe, ela é uma inocente garotinha, que quer que dois homens de bom coração a acompanhe no carrossel."
Eles não caíram até eu dizer:
"Ou serão demitidos por negar passeio a filha do chefe."
E foi ai que eles foram. Mas é claro, consegui pegar seus celulares sem eles verem. Tinham diversas chamadas de Miller. Ele deve estar bem furioso, e não vou negar que ele tenha alguma razão sobre estar assim. Mas entenda, uma garotinha doce como Agatha praticamente implorando com os olhos para ter um pouco de cor na sua vida. Eu só dei uma de pintora e lhe dei um pouco de cor.
Assim que Agatha desceu de um dos brinquedos com um sorriso que nem coubia em seu rosto, eu tive a certeza de que mesmo que Miller me estrangule, valeu a pena tudo o que fiz.
Resolvi por fim que era hora de ir embora.
Durante todo o trajeto eu estava um pouco apreensiva. Mas ver o quão animada Agatha estava, me deixava um pouco relaxada.
Assim que adentramos a mansão, me senti sendo esfolada pelo olhar raivoso de Miller. Este, engoliu sua raiva quando viu o sorriso da filha diante de sí.
— Olha papai, Sam comprou para mim. – Agatha disse sorrindo enquanto estendia o ursinho. — Não é bonito?
— Sim, é lindo. – sorriu sem mostrar os dentes como de costume e me encarou. — Agora suba com a Anne, preciso falar com a Samantha.
— Tá bom. – respondeu ainda sorridente e enlaçou sua mão na de Anne subindo logo em seguida.
Assim que as duas desapareceram, a atenção de Miller se concentrou em mim.
— VOCÊ ESTÁ MALUCA? – gritou me dando um forte susto.
— Ei, ei, ei! Não estou gritando com você. E se não quiser assustar sua filha fale igual gente. – digo checando meu ouvido.
Ele suspira tentando controlar sua irritação e volta a me encarar.
— Qual é o seu problema em dar folga para a babá da minha filha e sair com ela sem minha autorização? – reduziu o tom de voz ainda vermelho de raiva.
— Eu só resolvi passar um tempo com a Agatha. Saímos para ir ao shopping, só isso. Não levei a Pilar pois não achei conveniente. – dei de ombros.
— Não achou conveniente? – riu debochado. — E quem é você para achar o que é ou não é conveniente para a minha filha?
— Alguém que enxerga o quão desconfortável ela se sente com aquela mulher. E você? – lhe encarei.
— Você enxergar o desconforto da Agatha com a Pilar? Você está indo longe de mais com a sua paranóia.
— Estou indo longe de mais em perceber algo que está estampado na sua cara e você não vê? Oh, tudo bem. Só não diga que eu não avisei, pois eu avisei.
— E vocês dois seus incompetentes? – encarou John e Jack que estavam atrás de mim. — Como saem assim sem minha ordem? Estão demitidos! – arregalei meus olhos.
— Calma ai Miller, eles não tem nada a ver. A culpa foi totalmente minha que os enganei.
— Por isso mesmo. Sendo enganados por você!
— Para sua informação, no curso de enganar pessoas eu sou graduada. Não se dirija a mim como se eu fosse pouca coisa!
— Olha aqui, Samantha...
— Olha aqui você! – lhe cortei. — A culpa foi unicamente minha e eles não têm que pagar por um erro que foi totalmente meu.
— Eu descido o que eu faço com eles, não você!
— Você é o rei das escolhas erradas e acha mesmo que eu vou deixar você decidir o futuro dos dois? – me virei para os dois armários ambulantes de cabeça baixa. — Podem ir, estão dispensados. – eles me olham sem saber o que fazer. — Vão! – ainda sem entender eles vão.
— O que pensa que está fazendo?
— Fazendo a coisa certa. Porque se dependesse de você a escolha seria errada novamente.
— Não fala do que você não sabe. – diz ríspido. — Eu sei tomar decisões certas.
— Não é o que parece. Por tudo que já vi. Mas como dizem, atire a primeira pedra quem nunca errou. Não sou a pessoa mais indicada para isso. – ele me encara por um momento.
— Você não sabe nada sobre mim, Samantha. Não fale do que você não sabe! – disse antes de se virar e deixar a sala.
Ele ficou magoado comigo? Ou mais irritado?
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SIMPLESMENTE SAMANTHA
RandomSamantha Campbell está de volta, e promete muitas surpresas. Depois de Sam testar seus limites, Heitor não pensa duas vezes antes de tomar uma importante decisão: Mandá-la para Nova York para iniciar seus estudos na faculdade de administração. O qu...