14 - SAMANTHA

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Logo depois de Agatha tomar seu café, subimos para seu quarto para que eu lhe ajudasse a se arrumar. Estávamos conversando quando Anne entrou.

— Com licença meninas, vim trazer as roupas já lavadas e passadas da Agatha. – diz colocando a pilha de roupas em cima da cama. — E então? Vão sair?

— Sim. – respondemos juntas.

— Isso é ótimo! – sorriu e começou a guardar as roupas de Agatha no armário. — Agatha nunca sai, e quando sai é para um lugar só. Ela não conhece metade da cidade.

— Por Miller ou Pilar? – questiono.

— Pelo Sr. Miller. Ele não gosta muito que Agatha saia de casa, por segurança.

— Pilar também tem sua parte nessa, aposto que é por preguiça. Falando nela, onde ela está que não a vi ainda?

— Peter lhe deu folga. Não entendi muito bem o por que, ele não é de dar folga assim no meio da semana.

— Mas se tratando dela... – fiz uma careta. — Agatha precisa sair e se divertir, precisa cair e se machucar, se sujar. Ela é uma criança. – digo. Anne para e me encara por um momento me abrindo um sorriso. — Que sorriso é esse?

— Sinto que você é a luz dessa casa.

— Ih, pode parar com esse sorriso. É o mesmo que Maria me dá quando quer aprontar comigo.

— Se é assim, acredito que essa Maria seja tão espertinha quanto eu e que sabe muito bem das coisas. – continuou sorrindo. Franzi o cenho.

— Pode ajudar a gatinha ali a tomar um banho e se arrumar enquanto eu vou trocar de roupa?

— Claro.

— Daqui a pouco eu volto. – lhe mandei um beijo no ar e sai do quarto.

Entrei em meu quarto e troquei de roupa colocando uma calça jeans clara e uma camisa branca com um uma caveira na frente.

Meu celular toca e eu vejo no visor que é Anna e atendo.

— O que deseja da minha humilde pessoa? – pergunto ao atender.

— Estou com saudades de você. – ela diz me fazendo rir.

— Eu também estou, você não imagina o quanto.

— Como vai? Está tudo bem?

— Bom, digamos que está dando para sobreviver né?

— E o amigo do seu pai? – posso sentir uma camada de curiosidade em sua voz.

— É um chato! Fica pegando no meu pé o tempo todo. Ele contratou seguranças para andar arás de mim o tempo inteiro, acredita? – me joguei na cama ficando de cabeça para baixo.

— Isso é realmente novo. – ela diz rindo.

— E o pior de tudo é que ele é um gato de morrer. – choraminguei.

— Isso quer dizer alguma coisa? – senti uma certa malícia em sua voz.

— Não, não quer dizer nada, ele é só um imbecil! – bufei. — Como vão meus sobrinhos piradinhos? – mudei de assunto.

— Bom, estão bem. Fazendo coisas de sobrinhos piradinhos. – soltei uma risada. — Brian estava preocupado com você.

— Awn, meu irmãozinho resolveu se preocupar comigo. – ironizei.

— Ai Sam, na sinceridade, eu sinto muitas saudades de você.

— Eu também.

— Mas sei que está bem. Então eu... – se interrompe e eu escuto barulho de algo se quebrando do outro lado. — THOMAS! – gritou.

SIMPLESMENTE SAMANTHA Onde histórias criam vida. Descubra agora